Grupos anatômicos/ Farmacológicos:
Uso terapêutico ou classe farmacológica
Apenas um código ATC para cada via de administração
- https://www.whocc.no/atc/structure_and_principles/
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- Situação de saúde local (dados de morbimortalidade por grupo populacional, faixa etária, prevalência e incidência das doenças).
- Medicamentos mais utilizados, demanda e custos.
- Referências bibliográficas para subsidiar o processo de trabalho, utilizando, por exemplo, a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - Rename, a Relação Estadual de Medicamentos Essenciais - Resme e outras.
- Utilizar a Denominação Comum Brasileira - DCB ou a Denominação Comum Internacional - DCI.
- Selecionar medicamentos que possuam eficácia e segurança terapêutica comprovadas.
- Observar: disponibilidade no mercado; menor risco/benefício; menor custo/tratamento; maior estabilidade e propriedade farmacocinética mais favorável; apresentação de melhor comodidade de uso para o paciente; facilidade de armazenamento.
Inibidor seletivo da neuraminidase (NAI). O oseltamivir se liga a Neuraminidase (NA) do Influenza e impede-a de clivar o ácido siálico. Assim, o vírus continua preso à célula após sair. |
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Suspensão oral |
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Cápsulas: 30mg, 45mg e 75mg |
A história da profissão farmacêutica revela-se como um fascinante entrelaçamento entre ciência, arte e humanismo. Desde os primeiros curandeiros, que empiricamente descobriram as propriedades medicinais de plantas, até os modernos farmacêuticos clínicos, integrados em equipes multidisciplinares de saúde, a história da farmácia reflete não apenas a evolução científica, mas também transformações socioculturais profundas.
Os
primórdios da farmácia remontam à antiguidade, quando o homem buscava na
natureza soluções para suas enfermidades. Hipócrates "o Asclepíade de
Cós" (460-377 a.C.), considerado o "Pai da Medicina",
estabeleceu as primeiras bases científicas para o tratamento de doenças,
afastando-se das explicações sobrenaturais e místicas. Seu legado ético
continua a inspirar profissionais de saúde em todo o mundo, recordando-nos que
o conhecimento técnico deve sempre caminhar lado a lado com princípios
humanistas.
No
primeiro século da era cristã, Pedanius Dioscórides, médico, farmacologista,
botânico grego, revolucionou o estudo das plantas medicinais, transformando a
botânica em uma ciência aplicada à farmácia. Seu tratado "De matéria
médica" tornou-se referência fundamental para gerações de praticantes,
lançando as bases da farmacognosia – o conhecimento sistemático sobre fármacos
naturais.
Cláudio Galeno (130-200 d.C.), por sua vez, é frequentemente considerado o "Pai da Farmácia" por suas contribuições excepcionais. Suas técnicas de preparação de substâncias vegetais foram tão inovadoras que originaram o termo "Farmácia Galênica", designando uma área específica da farmácia relacionada à arte de preparar medicamentos.
Um
dos momentos mais significativos na trajetória farmacêutica foi sua emancipação
da medicina. Inicialmente, as duas profissões eram indissociáveis – o mesmo
profissional diagnosticava doenças e preparava medicamentos. Como destaca o
Conselho Regional de Farmácia do Ceará, "a medicina e a farmácia eram uma
só profissão" até aproximadamente o século X.
A
separação começou a ocorrer gradualmente na Europa medieval. Em Arles, França,
posturas municipais de 1162 já indicavam uma distinção entre as duas
profissões. No entanto, o evento decisivo foi o Édito de Melfi, promulgado pelo
Imperador Frederico II em 1240, que oficializou a separação das profissões no
reino das Duas Sicílias.
Este
documento revolucionário reconheceu que "o fato de a prática da farmácia
requerer conhecimento, habilidades, iniciativas e responsabilidades especiais,
com o objetivo de garantir um cuidado adequado às necessidades medicamentosas
das pessoas" justificava a separação profissional.
No
Brasil, a história da farmácia tem contornos particulares que refletem nosso
desenvolvimento como nação. Segundo a Inovafarma, "na história colonial do
Brasil conduzido pelos portugueses, a farmácia (chamada até então de botica)
foi trazida para as terras tupiniquins logo após meados do ano de 1520, quando
enfim a coroa Portuguesa envia para as brasileiras medicamentos e produtos com
fins terapêuticos."
As
boticas não eram apenas locais de dispensação de medicamentos, mas verdadeiros
centros de conhecimento. Os boticários manipulavam remédios, estudavam plantas
medicinais e atuavam como conselheiros de saúde em suas comunidades. De acordo
com a Opus PAC, "as boticas não eram apenas pontos de venda de
medicamentos, eram verdadeiros centros de conhecimento e sabedoria."
Um
marco importante para a profissionalização da farmácia no Brasil foi a fundação
da Escola de Farmácia de Ouro Preto em 1839, considerada o primeiro curso de
farmácia da América Latina. Este foi um momento-chave para a
institucionalização do ensino farmacêutico no país.
A
Consolidação da Profissão Farmacêutica no Brasil
A
evolução da profissão farmacêutica no Brasil foi marcada por diversos marcos
regulatórios e institucionais. Em 1931, houve a publicação do Decreto nº19606
dispondo sobre o exercício da profissão farmacêutica no país. Em 1960, ocorreu
a criação do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e dos Conselhos Regionais de
Farmácia (CRF), estabelecendo bases sólidas para a regulamentação e
fiscalização profissional.
A
publicação do Anteprojeto de Lei nº 2.304, em 1970, representou outro avanço
significativo ao estabelecer que farmácias e drogarias devem funcionar
obrigatoriamente sob responsabilidade técnica de farmacêutico.
Nas
últimas décadas, testemunhamos uma transformação profunda no papel do
farmacêutico. Como observa o estudo "Tendências e desafios na evolução da
Farmácia Clínica", houve "uma transição do tradicional papel de
dispensador de medicamentos para um agente central na gestão integrada da
saúde, destacando a importância da abordagem centrada no paciente."
O
conceito de Atenção Farmacêutica ou Cuidados Farmacêuticos representa o ápice
dessa evolução, colocando o paciente como principal beneficiário da atuação
farmacêutica. O medicamento passa a ser visto como instrumento, não como fim, e
o farmacêutico integra-se ativamente às equipes multidisciplinares de saúde.
Revisado em 19/03/2025
Este guia foi desenvolvido para auxiliar farmacêuticos na orientação correta sobre dispensação, aplicação e armazenamento para uso no dia a dia profissional.
A insulina é dosada em Unidades Internacionais (UI ou U), com as seguintes apresentações padrão:
Informações Básicas
Tabela de Dispensação: Frascos-ampola de 10 mL (100 UI/mL - 1.000 UI total)
Dose Diária | Dose Mensal (30 dias) | Quantidade a Dispensar |
Até 33 UI/dia | Até 990 UI/mês | 1 frasco |
Entre 33 UI e 66 UI/dia | Entre 990 UI e 1.980 UI/mês | 2 frascos |
Entre 66 UI e 100 UI/dia | Entre 1.980 UI e 3.000 UI/mês | 3 frascos |
Entre 100 UI e 133 UI/dia | Entre 3.000 UI e 3.990 UI/mês | 4 frascos |
Tabela de Dispensação: Canetas de 3 mL (100 UI/mL - 300 UI total)
Dose Diária | Dose Mensal (30 dias) | Quantidade a Dispensar |
Até 20 UI/dia | Até 600 UI/mês | 2 canetas |
Entre 20 UI e 40 UI/dia | Entre 600 UI e 1.200 UI/mês | 4 canetas |
Entre 40 UI e 60 UI/dia | Entre 1.200 UI e 1.800 UI/mês | 6 canetas |
Entre 60 UI e 80 UI/dia | Entre 1.800 UI e 2.400 UI/mês | 8 canetas |
Procedimentos
Essenciais
Locais
de aplicação e suas características
Local |
Vantagens |
Desvantagens |
Abdome (evite 5 cm ao redor do umbigo) |
Fácil
acesso; absorção rápida e consistente |
Nenhuma
significativa |
Coxas (região frontal e lateral
superior) |
Absorção
mais lenta, ideal para insulinas basais |
Absorção
afetada por exercícios |
Nádegas (região superior lateral
externa) |
Absorção
mais lenta, ideal para insulinas basais |
Absorção
afetada por exercícios |
Braços (parte externa posterior) |
Segunda
região com absorção mais rápida após abdome |
Difícil
autoaplicação |
IMPORTANTE: O rodízio dos locais de aplicação previne lipodistrofias (alterações no tecido subcutâneo), que podem comprometer a absorção do medicamento e o controle glicêmico.