Além de garantir a prevenção da mulher com o calendário de vacinação recomendado para todas as pessoas em idade adulta, o esquema de imunização das gestantes beneficia o bebê ainda no útero, já que ele recebe os anticorpos preparados da mãe.
Se a carteira estiver atualizada antes da gestação, não é necessário tomar outra dose ao engravidar. Nesse caso, as mães só tomariam as vacinas específicas para o público, como acontece com a vacina contra a Influenza, por exemplo.
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(Westend61/Getty Images) |
Veja, abaixo, a tabela de vacinação recomendada para as gestantes.
Vacinas recomendadas para gestantes
Intervalo | Vacina | Esquema |
Início |
Dupla adulto: dT
Hepatite B
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1ª dose
1ª dose
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2 meses depois do início |
Dupla adulto: dT
Hepatite B
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2ª dose
2ª dose
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6 meses depois do início |
Dupla adulto: dT
Hepatite B
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3ª dose
3ª dose
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Em qualquer fase da gestação | Influenza | - |
A cada dez anos | Dupla adulto: dT | Reforço |
Descrição das vacinas
Vacina Dupla do tipo Adulto – dT
São três doses, com intervalo de 60 dias entre as doses . (Também é possível considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, para não haver perda de oportunidade de vacinação). Caso a gestante tenha recebido a última há mais de 05 anos, deve-se antecipar o reforço tão logo seja possível. A última dose deve ser feita no máximo até 20 dias antes data provável do parto
O uso da vacina dT durante a gestação deve seguir o esquema recomendado nos calendários de vacinação do adolescente e do adulto:
gestante não vacinada e ou com situação vacinal desconhecida: iniciar esquema o mais precocemente possível, independente da idade gestacional;
esquema incompleto (1 ou 2 doses): em qualquer período gestacional, completar esquema, com intervalo de 60 dias entre as doses. Fazer a última dose no máximo até 20 dias antes da data provável do parto;
esquema completo, sendo a última dose feita há mais de 5 anos: administrar dose de reforço tão logo seja possível, em qualquer período gestacional;
esquema completo, com a última dose feita há menos de 5 anos: não vacinar.
Vacina Hepatite B (recombinante)
Também são três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira. Na impossibilidade de realizar a sorologia anti-HBs, deve-se sempre avaliar o estado vacinal da gestante e vacinar.
Por considerar os riscos da gestante não vacinada de contrair a doença o Programa Nacional de Imunizações reforça a importância da mesma receber a vacina hepatite B em qualquer período gestacional, independente da faixa etária.
Recomendação de acordo com a situação apresentada:
gestantes com esquema incompleto: completar esquema;
gestantes com esquema completo: não vacinar.
Vacina Influenza
A vacina influenza é recomendada a todas as gestantes em qualquer período gestacional. O Programa Nacional de Imunizações disponibiliza a vacina na rede pública de saúde a todas as gestantes, durante a campanha anual contra influenza sazonal. Esta recomendação deve-se ao ocorrido anteriormente durante a epidemia da influenza sazonal, pandemias anteriores e com a pandemia pela influenza A (H1N1) 2009, nas quais a gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a necessidade da vacinação.
Vacinas que o Benefício é maior que o Risco:
Algumas vacinas não fazem parte do calendário do pré-natal, mas podem ser solicitadas caso o médico entenda que existe algum risco para a mãe ou para o bebê.
Essas vacinas somente devem ser realizadas com a indicação clara do médico.
São elas:
- Hepatite A e Hepatite A e B: a Hepatite B faz parte do calendário padrão, mas a Hepatite A pode ser considerada se a gestante estiver muito exposta às situações de risco.
- Pneumocócicas: esse conjunto de vacinas, realizadas em sequência, protegem contra doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae como pneumonia, otite média aguda, sinusite, meningite, e bacteremia. Devem ser aplicadas em gestantes de risco.
- Meningocócica Conjugada ACWY e Meningocócica B: as vacinas que protegem contra a meningite meningocócica poderá ser aplicada na gestante caso ela viva em uma região de risco epidemiológico e se houver recomendação médica.
- Febre Amarela: a vacina contra febre amarela é, geralmente, contraindicada para gestantes. No entanto, se o risco de infecção for maior que o risco potencial da vacina, o médico poderá indicar a aplicação.
- DTPa: vacina tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é a única vacina contra coqueluche que pode ser administrada de maneira segura em adultos. A vacina DTP tradicional e a vacina pentavalente, que inclui a DTP, só podem ser administradas até os seis anos de idade.
- Vacina contra raiva humana: em situações de pós-exposição ao vírus.
Vacinas que a gestante NÃO pode tomar:
Vacinas de vírus e bactérias vivos:
Tríplice Viral – que combate o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola
Varicela (Catapora)
Febre Amarela
BCG (contra a Tuberculose).
Essas vacinas são elaboradas a partir do vírus ou da bactéria (no caso da BCG) vivos e atenuados, por isso há o risco, mesmo que seja baixo, de a mulher grávida, que já está com a imunidade alterada por conta da gestação, desenvolver a doença.
No entanto, há exceções para a vacinação dessa mulher quando, por exemplo, ela mora em uma região com foco de transmissão (como nos casos de febre amarela), de modo que é o médico que deve avaliar o risco. Se a mulher tomar a vacina sem saber que está grávida, deve comunicar imediatamente o seu médico para ser acompanhada
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Referências