Cálculo de DDD

               De acordo com a Organização Mundial de Saúde, assume-se que DDD, ou Dose Diária Definida, é a dose média de manutenção diária para determinado fármaco na sua principal indicação terapêutica em adultos de 70Kg (WHO, 2003). O DDD é uma unidade de medida e não reflete necessariamente a dose diária recomendada ou prescrita. As doses terapêuticas para pacientes individuais e grupos de pacientes geralmente diferem do DDD, pois serão baseadas em características individuais (como idade, peso, diferenças étnicas, tipo e gravidade da doença) e considerações farmacocinéticas.

A DDD é a unidade utilizada pelo Conselho Nórdico sobre Medicamentos, pioneiro nos estudos de utilização de medicamentos e desde 1996, esta classificação passou a ser reconhecida pela OMS como padrão internacional (WHO, 2003; Castro, 2000)
A ANVISA elaborou uma nota técnica (GVIMS/GGTES nº 05/2017) para monitorar e notificar os antimicrobianos nos hospitais com leitos de UTI, gerando um indicador, o DDD por 1000 pacientes-dia para cada antimicrobiano consumido:

                DDD/ 1000 pacientes-dia = (A/B)/P*1000
        A= Quantidade total do antimicrobiano consumido (expresso em gramas);
        B= Dose diária padrão estabelecida para o antimicrobiano (em gramas);
        P= Pacientes-dia (no período observados);
        X 1000 pacientes/dia.
               Para a realização de estudos dentro de unidades hospitalares, a OMS recomenda o uso da expressão dos resultados em DDD/100 leitos/dia (lê-se número de DDD por cem leitos-dia), o qual é determinado a partir da seguinte fórmula: (RODRIGUES, FA; BERTOLDI, AD 2010)

DDD / 100 leitos / dia=
A   x 100
B  x  P
Figura 1 - Cálculo de DDD
       A = Quantidade total do medicamento consumido no período de tempo considerado (UI / g)
       B = DDD estabelecida para o medicamento
       P = Pacientes /dia no mesmo período de tempo considerado
      100 = 100 leitos/dia
              Os resultados expressos dessa maneira fornecem uma estimativa do consumo percentual de determinado medicamento em um dado período. Nesse caso, os valores correspondentes ao número de unidades dispensadas, número de leitos e taxa de ocupação de leitos, devem corresponder ao período de um ano. 

              A DDD estabelecida pode ser encontrada no site da WHO pesquisando cada antimicrobiano por via de administração:
 https://www.whocc.no/atc_ddd_index/ 


REFERÊNCIAS
  • Castro, Claudia Garcia Serpa Osório de. 2000. Estudos de Utilização de Medicamentos: noções básicas. s.l.: FIOCRUZ, 2000. 94p. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/zq6vb/pdf/castro-9788575412657.pdf
  • Anvisa. Diretriz Nacional para Elaboração de Programa de Gerenciamento do Uso de Antimicrobianos em Serviços de Saúde. Brasília, 2017. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/Diretriz+Nacional+para+Elabora%C3%A7%C3%A3o+de+Programa+de+Gerenciamento+do+Uso+de+Antimicrobianos+em+Servi%C3%A7os+de+Sa%C3%BAde/667979c2-7edc-411b-a7e0-49a6448880d4
  • ATC/DDD Index 2019. https://www.whocc.no/ddd/definition_and_general_considera/

Classificação e Características dos Diferentes Tipos de Diabetes Mellitus

O Diabetes Mellitus (DM) constitui um importante desafio para a saúde pública mundial e para nós, profissionais de saúde. Compreender os diferentes tipos dessa síndrome metabólica é fundamental para o diagnóstico correto e a abordagem terapêutica individualizada.

 

O que é Diabetes Mellitus?

O DM é uma síndrome de etiologia múltipla caracterizada por hiperglicemia crônica resultante de defeitos na secreção de insulina, na ação desse hormônio, ou em ambos os mecanismos. A hiperglicemia persistente causa distúrbios no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas, podendo levar a complicações micro e macrovasculares ao longo do tempo.

Para contextualizar, é importante entender dois conceitos fundamentais:

  • Hiperglicemia: Elevação da glicose no sangue, que frequentemente resulta em sintomas como poliúria (aumento da frequência urinária), polidipsia (sede excessiva), polifagia (fome excessiva), perda de peso inexplicada e, em casos graves, cetoacidose diabética.
  • Hipoglicemia: Nível anormalmente baixo de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dL, que pode ocorrer como complicação do tratamento do diabetes e manifesta-se com sintomas como tremores, sudorese, taquicardia, confusão mental e, em casos graves, convulsões e coma.

 

Classificação Atual dos Tipos de Diabetes

A Classificação Atual dos Tipos de Diabetes Mellitus, em conformidade com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), inclui: DM Tipo 1, DM Tipo 2, DM Gestacional, e Outros Tipos:

 

1. Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1)

1.1 DM1A (autoimune)

  • Resulta da destruição autoimune das células beta pancreáticas
  • Geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, mas pode ocorrer em qualquer idade
  • Presença de autoanticorpos (anti-GAD, anti-IA2, anti-insulina e anti-ZnT8)
  • Dependência absoluta de insulina para sobrevivência
  • Tendência à cetoacidose na ausência de tratamento adequado

1.2 DM1B (idiopático)

  • Deficiência de insulina sem evidência de processo autoimune
  • Etiologia desconhecida
  • Mais comum em indivíduos de origem africana ou asiática
  • Caráter fortemente hereditário em algumas famílias
  • Apresentação clínica semelhante ao DM1A

1.3 Diabetes Autoimune Latente do Adulto (LADA)

  • Considerado uma forma de DM1 que se desenvolve mais lentamente
  • Diagnóstico geralmente após os 30 anos
  • Presença de autoanticorpos, especialmente anti-GAD
  • Progressão mais gradual para dependência de insulina
  • Frequentemente confundido com DM2 no diagnóstico inicial


2. Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2)

  • Caracterizado por defeitos na secreção de insulina e resistência à ação desse hormônio
  • Representa 90-95% dos casos de diabetes
  • Geralmente diagnosticado após os 40 anos, mas com incidência crescente em jovens
  • Forte associação com obesidade, sedentarismo e histórico familiar
  • Evolução lenta e progressiva
  • Inicialmente assintomático na maioria dos casos
  • Tratamento envolve mudanças no estilo de vida, antidiabéticos orais e, eventualmente, insulina


3. Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)

  • Hiperglicemia de gravidade variável detectada durante a gestação, sem diagnóstico prévio de diabetes
  • Resulta da resistência à insulina induzida pelos hormônios placentários
  • Afeta aproximadamente 7% das gestações
  • Fatores de risco: idade materna avançada, obesidade, histórico familiar e DMG prévio
  • Geralmente desaparece após o parto, mas indica maior risco de desenvolvimento de DM2 no futuro


4. Outros Tipos Específicos de Diabetes

4.1 Defeitos Genéticos na Função da Célula Beta

4.1.1 Diabetes Monogênicos (MODY - Maturity-Onset Diabetes of the Young)

  • Transmissão autossômica dominante
  • Diagnóstico geralmente antes dos 25 anos
  • Distúrbios primários da função da célula beta
  • Subtipos principais:
    • MODY 1 (gene HNF4A): responde a sulfonilureias
    • MODY 2 (gene GCK): hiperglicemia leve, geralmente não requer tratamento
    • MODY 3 (gene HNF1A): mais comum, boa resposta a sulfonilureias
    • MODY 4 (gene IPF1): raro
    • MODY 5 (gene HNF1B): associado a malformações renais
    • MODY 6 (gene NEUROD1): raro

4.1.2 Diabetes Neonatal

  • Diagnóstico nos primeiros 6 meses de vida
  • Pode ser transitório ou permanente
  • Frequentemente causado por mutações nos genes KCNJ11 e ABCC8
  • Alguns casos podem responder a sulfonilureias

4.2 Defeitos Genéticos na Ação da Insulina

  • Resistência à insulina do tipo A
  • Leprechaunismo
  • Síndrome de Rabson-Mendenhall
  • Diabetes lipoatrófico

4.3 Doenças do Pâncreas Exócrino

  • Pancreatite crônica
  • Pancreatectomia ou trauma
  • Neoplasia pancreática
  • Fibrose cística
  • Pancreatopatia fibrocalculosa
  • Este tipo é também conhecido como "Diabetes tipo 3c" e frequentemente requer insulinoterapia

4.4 Endocrinopatias

  • Acromegalia (excesso de hormônio do crescimento)
  • Síndrome de Cushing (excesso de cortisol)
  • Glucagonoma
  • Feocromocitoma
  • Somatostatinoma
  • Aldosteronoma

4.5 Diabetes Induzido por Medicamentos ou Agentes Químicos

  • Glicocorticoides (prednisona, dexametasona)
  • Antipsicóticos atípicos (olanzapina, clozapina)
  • Imunossupressores (tacrolimus, ciclosporina)
  • Diuréticos tiazídicos
  • Betabloqueadores
  • Estatinas
  • Interferon alfa

4.6 Infecções

  • Rubéola congênita
  • Citomegalovírus
  • Enterovírus

4.7 Formas Incomuns de Diabetes Autoimune

  • Síndrome de Stiff-Man
  • Anticorpos antirreceptores de insulina

4.8 Síndromes Genéticas Associadas ao Diabetes

  • Síndrome de Down
  • Síndrome de Klinefelter
  • Síndrome de Turner
  • Síndrome de Wolfram
  • Ataxia de Friedreich
  • Coreia de Huntington
  • Síndrome de Prader-Willi

 

Prevenção: Depende do Tipo de Diabetes

Diabetes tipo 1

  • Atualmente, não existem intervenções comprovadamente eficazes para prevenir ou retardar o desenvolvimento do DM1
  • Estudos com imunomoduladores e outras abordagens estão em andamento, mas ainda sem resultados conclusivos

Diabetes tipo 2

  • Há evidências robustas de que mudanças no estilo de vida podem prevenir ou retardar significativamente o desenvolvimento do DM2 em pessoas com fatores de risco:
    • Redução de 5-7% do peso corporal em pessoas com sobrepeso/obesidade
    • Prática regular de atividade física (pelo menos 150 minutos semanais)
    • Alimentação equilibrada, rica em fibras e pobre em gorduras saturadas e açúcares refinados
    • Controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol
    • Abandono do tabagismo

Diabetes gestacional

  • Peso adequado antes da gravidez
  • Ganho de peso gestacional dentro dos parâmetros recomendados
  • Atividade física regular (sob orientação médica) pode reduzir o risco

Diabetes monogênicos

  • Por serem causados por mutações genéticas específicas, não são passíveis de prevenção
  • O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para o manejo adequado

Considerações para a Prática Farmacêutica

  • A abordagem terapêutica varia significativamente entre os tipos de diabetes, desde a dependência absoluta de insulina no DM1 até o controle primariamente não farmacológico em alguns casos de MODY
  • A monitorização glicêmica apresenta peculiaridades em cada tipo de diabetes, com necessidades de verificações mais frequentes no DM1 e LADA
  • Diversos medicamentos podem induzir ou agravar a hiperglicemia, sendo essencial a identificação proativa desses casos na prática clínica
  • A educação em saúde deve ser personalizada, considerando o mecanismo fisiopatológico específico de cada tipo de diabetes
  • O reconhecimento de formas atípicas de diabetes pode levar a ajustes terapêuticos significativos, como a possibilidade de transição de insulina para sulfonilureias em alguns casos de diabetes monogênicos
  • A classificação correta do tipo de diabetes não é apenas um exercício acadêmico, mas um passo fundamental para o tratamento personalizado e eficaz. 
  • Como farmacêuticos, podemos contribuir significativamente para a identificação de casos atípicos e para a otimização da farmacoterapia em cada perfil de paciente


Referências:

  • Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020.
  • American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes—2023.
  • International Society for Pediatric and Adolescent Diabetes (ISPAD). Clinical Practice Consensus Guidelines, 2022.
  • World Health Organization. Classification of diabetes mellitus, 2019.

 



    O Dia Mundial do Diabetes, comemorado no dia 14 ne novembro, é uma atividade mundial organizada pela OMS com o intuito de chamar a atenção de toda a população do Brasil e fora do Brasil para a necessidade do controle e prevenção da doença.


Volume de distribuição

Volume de distribuição: O volume de distribuição aparente, Vd, é o volume de líquido necessário para conter todo o fármaco do organismo na mesma concentração presente no plasma. O Vd é calculado dividindo-se a dose que alcança a circulação sistêmica pela concentração no plasma no tempo zero (C0): 

Vd = quantidade de fármaco no organismo / C0. 

Embora o Vd não tenha base física ou fisiológica, pode ser útil para comparar a distribuição de um fármaco com os volumes dos compartimentos de água no organismo.

O volume de distribuição não tem relação com o volume real do corpo ou com seus compartimentos líquidos, mas certamente com a distribuição do fármaco dentro do corpo. Para um medicamento com alta ligação tecidual, muito pouco do medicamento permanece na circulação; assim, a concentração plasmática é baixa e o volume de distribuição é alto. Fármacos que permanecem na circulação tendem a ter baixo volume de distribuição.
O volume de distribuição propicia uma referência para a concentração plasmática esperada para uma dose determinada, mas fornece pouca informação sobre o padrão específico de distribuição. Cada fármaco tem distribuição corporal única. Alguns fármacos dirigem-se, principalmente, para a gordura, outros permanecem no líquido extracelular e outros se ligam extensivamente a tecidos específicos.
Muitos fármacos ácidos (p. ex., varfarina e ácido acetilsalicílico) ligam-se amplamente às proteínas e, por isso, têm volume de distribuição aparentemente pequeno. Muitos fármacos básicos (p. ex., anfetamina e meperidina) são extensivamente captados pelos tecidos e, por isso, têm volume de distribuição aparentemente maior que o volume de todo o corpo.

  • https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/farmacologia-cl%C3%ADnica/farmacocin%C3%A9tica/distribui%C3%A7%C3%A3o-do-f%C3%A1rmaco-aos-tecidos
  • https://www.editorasanar.com.br/blog/farmacocinetica_tudo_que_voce_precisa_saber

Classificação ATC: Anatomical Therapeutic Chemical Classification System

Em 1981, o sistema ATC / DDD foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como padrão internacional para estudos de utilização de medicamentos e, em 1982, o Centro Colaborador da OMS para Metodologia Estatística de Medicamentos foi estabelecido e recebeu a responsabilidade de coordenar o desenvolvimento e uso do sistema ATC / DDD . Em 1996, o Centro foi reconhecido como um centro global. Isso foi considerado importante para permitir uma estreita integração dos estudos internacionais sobre utilização de drogas e das iniciativas da OMS para alcançar o acesso universal aos medicamentos necessários e o uso racional de medicamentos, particularmente nos países em desenvolvimento. O acesso a informações padronizadas e validadas sobre o uso de drogas é essencial para permitir a auditoria dos padrões de utilização de drogas, identificação de problemas, intervenções educacionais ou outras e monitoramento dos resultados das intervenções.

No sistema de classificação ATCas substâncias ativas são classificadas em uma hierarquia com cinco níveis diferentes. O sistema possui quatorze principais grupos anatômicos / farmacológicos ou 1º nível. Cada grupo principal do ATC é dividido em 2º níveis, que podem ser grupos farmacológicos ou terapêuticos.  Os terceiro e quarto níveis são subgrupos químicos, farmacológicos ou terapêuticos e o quinto nível é a substância química. Os níveis 2, 3 e 4 são frequentemente usados ​​para identificar subgrupos farmacológicos quando isso é considerado mais apropriado do que subgrupos terapêuticos ou químicos .



Grupos anatômicos/ Farmacológicos:

A: Aparelho digestivo e metabolismo
B: Sangue e órgãos hematopoéticos
C: Aparelho cardiovascular 
D: Medicamentos dermatológicos 
G: Aparelho geniturinário e hormônios sexuais 
H: Preparações hormonais sistêmicas, excluindo hormônios sexuais e insulinas
J: Anti-infecciosos para uso sistêmico 
L: Agentes antineoplásicos e imunomoduladores 
M: Sistema musculoesquelético 
N: Sistema nervoso 
P: Produtos antiparasitários, inseticidas e repelentes 
R: Aparelho respiratório 
S: Órgãos sensitivos 
V: Vários 
H*: Fitoterápicos 
* classificação Herbal ATC para alguns fitoterápicos. Obs.: não confundir “H* – Herbal” com “H – Preparados Hormonais Sistêmicos, exceto Hormônios Sexuais”, que é uma das divisões do Grupo Principal Anatômico (1º nível ATC/OMS) 

Uso terapêutico ou classe farmacológica 

Os medicamentos são classificados de acordo com o principal uso terapêutico do principal ingrediente ativo. O sistema ATC não é, contudo, estritamente um sistema de classificação terapêutica. Em muitos grupos principais do ATC, os grupos farmacológicos foram designados nos níveis 2, 3 e 4, permitindo a inclusão de medicamentos com vários usos terapêuticos sem especificar a indicação principal. Por exemplo, os bloqueadores dos canais de cálcio são classificados no grupo farmacológico C08 bloqueadores dos canais de cálcio, que evita especificar se a principal indicação é doença cardíaca coronária ou hipertensão . A subdivisão do mecanismo de ação, no entanto, costuma ser bastante ampla (por exemplo, antidepressivos), uma vez que uma classificação muito detalhada de acordo com o modo de ação geralmente resulta em ter uma substância por subgrupo que, na medida do possível, é evitada. Alguns grupos ATC são subdivididos em grupos químicos e farmacológicos (por exemplo, grupo ATC J05A - antivirais de ação direta). Será dada preferência ao estabelecimento de um novo 4º nível farmacológico, em vez de um subgrupo químico.

Muitos medicamentos são usados ​​e aprovados para duas ou mais indicações, enquanto normalmente apenas um código ATC será atribuído. Além disso, os códigos ATC são frequentemente atribuídos de acordo com o mecanismo de ação e não com a terapia. Um grupo ATC pode, portanto, incluir medicamentos com muitas indicações diferentes, e medicamentos com uso terapêutico semelhante podem ser classificados em diferentes grupos.


Apenas um código ATC para cada via de administração


As substâncias medicinais são classificadas de acordo com o principal uso terapêutico ou classe farmacológica, segundo o princípio básico de apenas um código ATC para cada via de administração (por exemplo, formulações orais com ingredientes e força similares terá o mesmo código ATC). Este é um princípio importante para a classificação ATC, pois permite a agregação de dados no monitoramento e pesquisa da utilização de medicamentos, sem contar um produto farmacêutico mais de uma vez. Esse princípio é estritamente tratado pelo Centro da OMS, para que usuários de diferentes países possam classificar um produto farmacêutico (definido por ingrediente (s) ativo (s), via de administração e força) da mesma maneira.

Um produto farmacêutico pode ser aprovado para duas ou mais indicações igualmente importantes e o principal uso terapêutico pode diferir de um país para outro. Isso geralmente oferece várias alternativas de classificação. Esses medicamentos recebem apenas um código, sendo a principal indicação decidida com base nas informações disponíveis. Os problemas são discutidos no Grupo de Trabalho Internacional da OMS para Metodologia de Estatísticas de Medicamentos, onde a classificação final é decidida. Serão fornecidas referências cruzadas nas diretrizes para indicar os vários usos desses medicamentos.


Fonte:
  • https://www.whocc.no/atc/structure_and_principles/

Programação: Ciclo da assistência farmacêutica

Programar medicamentos consiste em estimar quantidades a serem adquiridas, para atender determinada demanda de serviços, em um período definido de tempo, possuindo influência direta sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento. É uma etapa imprescindível do ciclo da Assistência Farmacêutica. É necessário dispor de dados consistentes sobre o consumo de medicamentos, o perfil epidemiológico, a oferta e demanda de serviços na área de saúde, bem como, recursos humanos capacitados e a disponibilidade financeira para a execução da programação.



POR QUE PROGRAMAR?
  1. Para identificar as quantidades de medicamentos necessárias ao atendimento da demanda da população. 
  2. Para evitar compras e perdas desnecessárias, assim como descontinuidade no suprimento. 
  3. Para definir prioridades dos medicamentos a serem adquiridos, frente à disponibilidade de recursos.


ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS 
  1. Dados de consumo e demanda (atendida e não atendida) de cada produto, incluindo as sazonalidades, estoques existentes, e considerando a descontinuidade no fornecimento; os dados devem ser baseados num eficiente sistema de informações e gestão de estoques. 
  2. Perfil epidemiológico local (morbimortalidade) - para que se possa conhecer as doenças prevalentes e avaliar as necessidades de medicamentos para intervenção. 
  3. Dados populacionais. 
  4. Conhecimento prévio da estrutura organizacional da rede de saúde local (níveis de atenção à saúde, oferta e demanda dos serviços, cobertura assistencial, infra-estrutura, capacidade instalada e recursos humanos).Recursos financeiros disponíveis, para priorizar o que deve ser adquirido para a rede.
  5. Mecanismo de controle e acompanhamento.


ETAPAS DA PROGRAMAÇÃO 
  1. Integrar com as áreas técnicas afins. 
  2. Elaborar formulários apropriados para registrar todas as informações de interesse no processo. 
  3. Escolher os métodos e critérios a serem utilizados para elaborar a programação, definindo o período de cobertura. 
  4. Proceder a levantamentos de dados de consumo, demanda e estoques existentes de cada produto, considerando os respectivos prazos de validade. 
  5. Analisar a programação dos anos anteriores. 
  6. Estimar as necessidades reais de medicamentos. 
  7. Elaborar planilha constando a relação dos medicamentos, contendo as especificações técnicas, as quantidades necessárias e o custo estimado para a cobertura pretendida no período. 
  8. Encaminhar ao gestor planilha elaborada para que seja realizada a aquisição dos medicamentos.
  9. Acompanhar e avaliar.

MÉTODOS PARA PROGRAMAR 
Existem diversos métodos para programar medicamentos, sendo que, os mais comuns e utilizados são: perfil epidemiológico, consumo histórico e oferta de serviços. 


  • Perfil Epidemiológico: Esse método baseia-se, fundamentalmente, no perfil nosológico e nos dados de morbimortalidade, considerando: dados populacionais, esquemas terapêuticos existentes e freqüência com que se apresentam as diferentes enfermidades em uma determinada população. O método inicia-se com um diagnóstico situacional de saúde da população. Nele são analisadas as enfermidades prevalentes, nas quais devem incidir as ações de intervenção sanitária, que possam gerar impacto no quadro de morbimortalidade. Devem-se, também, considerar a capacidade de cobertura e a captação dos serviços de saúde.
  • Consumo Histórico: Consiste na análise do comportamento de consumo do medicamento numa série histórica no tempo, possibilitando estimar as necessidades. Nesse caso, são utilizados os registros de movimentação de estoques, dados de demanda (atendida e não atendida), inventários com informações de, pelo menos, 12 meses, incluídas as variações sazonais (que são alterações na incidência das doenças, decorrentes das estações climáticas). Com esses dados, consolidam-se as necessidades, desde que não ocorram faltas prolongadas de medicamentos e que as informações fornecidas sejam confiáveis. A programação baseada exclusivamente em dados de consumo pode refletir equívocos decorrentes da má utilização de medicamentos, nem sempre adequados à terapêutica.

  • Oferta de Serviços: É utilizado quando se trabalha em função da disponibilidade de serviços ofertados à população-alvo. É estabelecido pelo percentual de cobertura, não sendo consideradas as reais necessidades existentes.



Recomenda-se utilizar a combinação de diversos métodos, para que se consiga uma programação com melhores resultados.

AVALIAÇÃO 
A programação é um processo dinâmico. Deve ser avaliada periodicamente, para que se possa fazer os ajustes necessários em tempo hábil. 

Sugestão de alguns indicadores: 

  • Percentual de itens de medicamentos programados x medicamentos adquiridos (em quantidade e recursos financeiros). 
  • Percentual de demanda atendida X não atendida. 
  • Percentual de medicamentos (itens e/ou quantidades) programados X não utilizados.

O planejamento é elemento essencial ao gerenciamento do serviço de abastecimento visto que a disponibilidade oportuna de medicamentos é um dos indicadores da qualidade dos serviços de saúde. Consiste, portanto, a base para definir prioridades, garantir a oferta de medicamentos e assegurar a efetividade das intervenções em saúde com o uso destes produtos. Antes de prover é necessário prever todos os fatores que possam implicar numa falha de planejamento e comprometer a credibilidade dos serviços no que se refere às atividades de programação e aquisição de medicamentos.


FONTE:
  • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica - Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Retirado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_15.pdf
  • Planejamento, Programação e Aquisição: prever para prover. Rebeca Mancini Pereira. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1538-planejamento-programacao-e-aquisicao-prever-para-prover-8&category_slug=serie-uso-racional-medicamentos-284&Itemid=
  • https://www.crf-pr.org.br/uploads/pagina/28611/ZQ2HMX-Gb75w6oHOo2KZnJ2WXKik9c7w.pdf


Seleção: Ciclo da assistência farmacêutica

Assistência Farmacêutica é um grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos (Portaria GM n° 3916/98-Política Nacional de Medicamentos).

O Ciclo da Assistência Farmacêutica é um sistema constituído pelas etapas de seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação, com suas interfaces nas ações da atenção a saúde.

SELEÇÃO 

A seleção constitui o ponto de partida, sendo, portanto, uma atividade fundamental. A seleção é um processo de escolha de medicamentos eficazes e seguros, imprescindíveis ao atendimento das necessidades de uma dada população, tendo como base às doenças prevalentes, com a finalidade de garantir uma terapêutica medicamentosa de qualidade nos diversos níveis de atenção a saúde. Deve estar fundamentada em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos como, também, na estrutura dos serviços de saúde. É um processo dinâmico e participativo, que precisa ser bem articulado e envolver um número representativo de profissionais da área da saúde.
Vantagens
  1. Possibilitar maior eficiência no gerenciamento do Ciclo da Assistência Farmacêutica. 
  2. Disponibilizar medicamentos eficazes e seguros, voltados para as necessidades da população. 
  3. Contribuir para promoção do uso racional de medicamentos. 
  4. Racionalizar custos e possibilitar maior otimização dos recursos disponíveis. 
  5. Permitir a uniformização de condutas terapêuticas, disciplinando o seu uso. 
  6. Facilitar o fluxo de informações. 
  7. Propiciar melhores condições para prática da farmacovigilância. 
  8. Desenvolver e facilitar o estabelecimento de ações educativas para prescritores, dispensadores e usuários. 

Estratégias
  1. Sensibilizar o gestor para a importância da seleção. A elaboração e a execução de uma seleção requerem decisão e apoio político do gestor. Para tanto, devem-se apresentar argumentos técnicos, que demonstrem a importância de uma Relação de Medicamentos Essenciais - RME mediante análise das prescrições na rede de saúde, número de itens de medicamentos, gastos efetuados/mês, dados de consumo e demanda, situação de saúde local, entre outras informações relevantes, para a racionalização do uso de medicamentos e da utilização dos recursos financeiros disponíveis. 
  2. Buscar o apoio dos profissionais de saúde. Envolver o número mais representativo possível de profissionais de saúde, para que a Relação de Medicamentos seja referendada.
  3. Levantar as informações necessárias ao desenvolvimento do trabalho. 

  • Situação de saúde local (dados de morbimortalidade por grupo populacional, faixa etária, prevalência e incidência das doenças). 
  • Medicamentos mais utilizados, demanda e custos. 
  • Referências bibliográficas para subsidiar o processo de trabalho, utilizando, por exemplo, a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - Rename, a Relação Estadual de Medicamentos Essenciais - Resme e outras.
Etapas
  1. Constituir Comissão de Farmácia e Terapêutica - CFT, por meio de instrumento legal, para legitimar o processo, envolvendo os profissionais de saúde (médicos, farmacêuticos, enfermeiros e dentistas) e estabelecendo normas e critérios para o seu funcionamento (Estatuto). 
  2. Estabelecer critérios para: a inclusão e exclusão de medicamentos; os medicamentos de uso restrito (exemplo: psicofármacos e antimicrobianos); a prescrição e a dispensação; a periodicidade da revisão. Obs: Somente incluir medicamentos se comprovada a vantagem em relação aos medicamentos já selecionados. 
  3. Identificar referências bibliográficas e disponibilizar material para subsidiar a execução dos trabalhos. 
  4. Selecionar os medicamentos de acordo com o perfil epidemiológico local 
  5. Priorizar os medicamentos considerados básicos e indispensáveis para atender à maioria dos problemas de saúde da população.
  6. Comparar custo/tratamento. 
  7. Analisar as informações levantadas e definir o elenco de medicamentos que irá constituir a RME. 
  8. Relacionar os medicamentos por grupo terapêutico, utilizando a denominação genérica e especificações (concentração, forma farmacêutica e apresentação). 
  9. Promover fórum de discussão para submeter a RME à apreciação dos demais profissionais de saúde da rede, que não tenham participado diretamente do processo. 
  10. Estruturar a apresentação da RME, definindo a forma e tipos de anexos a serem incluídos (formulários, portarias, legislação e informações complementares). 
  11. Publicar, divulgar, distribuir. 
  12. Avaliar a utilização na rede de saúde. Reconhecendo a importância da seleção para definição de uma Política de Medicamentos, a Organização Mundial da Saúde elaborou e publicou no Relatório Técnico n° 615, de 1997, critérios técnicos a serem observados na seleção de medicamentos, entre os quais: 
  • Utilizar a Denominação Comum Brasileira - DCB ou a Denominação Comum Internacional - DCI. 
  • Selecionar medicamentos que possuam eficácia e segurança terapêutica comprovadas. 
  • Observar: disponibilidade no mercado; menor risco/benefício; menor custo/tratamento; maior estabilidade e propriedade farmacocinética mais favorável; apresentação de melhor comodidade de uso para o paciente; facilidade de armazenamento.

Comissão de Farmácia e Terapêutica – CFT 
Instância colegiada, de caráter consultivo e deliberativo, que tem por finalidade assessorar ao gestor e equipe de saúde em assuntos referentes a medicamentos. 
A composição da Comissão vai depender da disponibilidade dos recursos humanos existentes. Recomenda-se contar com médicos, farmacêuticos, enfermeiros, dentistas, entre outros profissionais de saúde.
As funções de uma CFT vão além das atividades de seleção de medicamentos e da elaboração do Formulário Terapêutico. Deve atuar de forma permanente em diversas atividades, tais como:

  • Assessorar a Gerência de Assistência Farmacêutica nos assuntos referentes a medicamentos. 
  • Produzir material informativo sobre medicamentos. 
  • Validar protocolos terapêuticos. 
  • Desenvolver ações educativas. 
  • Promover e apoiar programa de educação continuada.

Formulário Terapêutico: Documento com informações científicas sobre os medicamentos selecionados, extraídas de fontes seguras e atualizadas, visando subsidiar os profissionais de saúde na prescrição e dispensação dos medicamentos da RME. 
Estas informações se dividem em: 
  • Informações terapêuticas e farmacológicas – manifestações gerais das doenças, descrição do medicamento, características farmacológicas do medicamento, indicação, contra-indicação, precauções, posologia, via de administração, duração do tratamento, interações, efeitos adversos. 
  • Informações farmacêuticas - nome genérico, grupo terapêutico, forma farmacêutica, concentração, apresentação; recomendações gerais quanto à prescrição, dispensação e cuidados com os medicamentos.

Relação Nacional de Medicamentos Essenciais − Rename: é o documento oficial de referência nacional. Integram o elenco dos medicamentos essenciais aqueles produtos considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população. A referência nacional serve de parâmetro para os estados e municípios selecionarem seus medicamentos. 


Sugestão de alguns indicadores: 

  • Percentual de redução no número de especialidades farmacêuticas, após implantação da Relação de Medicamentos Essenciais - RME. 
  • Percentual de redução dos custos por tratamento. 
  • Percentual dos profissionais que prescrevem pela RME. 
  • Percentual de prescrição pela RME

REFERÊNCIAS

  • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gerência Técnica de Assistência Farmacêutica - Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Retirado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_15.pdf

Fosfato de Oseltamivir para influenza

O oseltamivis se liga a Neuraminidase (NA) do Influenza e impede-a de clivar o ácido siálico. Assim, o vírus continua preso à célula após sair.
Inibidor seletivo da neuraminidase (NAI). O oseltamivir se liga a Neuraminidase (NA) do Influenza e impede-a de clivar o ácido siálico. Assim, o vírus continua preso à célula após sair. 

O Fosfato de Oseltamivir é uma pró-droga. Após ser metabolizado pelo fígado e trato gastro-intestinal (TGI) transforma-se em um metabólito ativo, o Carboxilato de oseltamivir. 
É indicado para o tratamento e para a profilaxia de influenza A e B, síndrome gripal (SG ou sazonal) e Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em adultos e crianças.
A hemaglutinina (HA) é uma proteína que se situa na camada mais externa do vírus, o envelope. Ela reconhece um açúcar da nossa membrana celular, o ácido siálico, e é a responsável pelo reconhecimento e ligação do vírus a nossas células do sistema respiratório. Seu nome vem desta capacidade de reconhecer e se ligar à células e aglutinar hemácias (os glóbulos vermelhos do sangue), um dos primeiros testes desenvolvidos para diagnosticar o vírus. Sua numeração é dada com base na variação dos aminoácidos e são conhecidos mais de 15 tipos de HA, sendo H1, H2 e H3 as mais comuns em vírus que infectam humanos. 
neuraminidase (NA) reconhece a mesma molécula que a hemaglutinina, o ácido siálico da membrana celular. Mas realiza sua função de maneira oposta, seu papel é ajudar o vírus a deixar a célula invadida. 
Fazer uso desta afinidade da Neuraminidase pelo ácido siálico traz algumas vantagens. A primeira dela é a especificidade, ambas as drogas são muito bem reconhecidas pela enzima viral, agindo tanto no Influenza A quanto no B, e são pouco reconhecidas por enzimas humanas, o que diminui as chances de efeitos colaterais. Por fim, como elas imitam o substrato natural da enzima (molécula onde ela atua), a Neuraminidase perder a afinidade por elas implica em perder a afinidade pelo nosso ácido siálico. Assim, vírus com NA resistentes também são menos eficientes, pois se ligam menos à droga e ao substrato.

Para prescrição é utilizado o Receituário simples. A ANVISA em 2009, após a pandemia, colocou o oseltamivir na lista C1 da Portaria 344, porém em 2012 retirou da lista.
Suspensão oral

Cápsulas: 30mg, 45mg e 75mg













Para pacientes com comprometimento renal, é necessário ajuste de dose:


Quimioprofilaxia com antiviral
Não é recomendada se o período após a última exposição a uma pessoa com infecção pelo vírus for maior que 48 horas.
Posologia: 1x ao dia conforme peso, por 10 dias. 
Menos de 3 meses: não é recomendado a menos que a situação seja julgada crítica. 
Um surto de gripe da comunidade: Pode ser continuado por até 6 semanas.
A proteção contra a influenza é enquanto se há o uso do medicamento.
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Efeitos colaterais

Náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais, além de cefaleia.
Raros: hepatite, enzimas hepáticas elevadas, erupções cutâneas e reações alérgicas, incluindo entre elas a anafilaxia e a Síndrome de Stevens-Johnson, arritmia cardíaca, convulsão, confusão mental, agravamento de diabetes, colite hemorrágica.

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BIBLIOGRAFIA: