Forma farmacêutica refere-se ao estado final no qual o medicamento se apresenta para dispensação. É o resultado das operações farmacêuticas realizadas com as substâncias ativas, visando facilitar sua administração e maximizar o efeito terapêutico desejado. A escolha da forma farmacêutica está diretamente relacionada às necessidades do paciente, buscando uma farmacoterapia mais eficaz, segura e conveniente, além de estar intimamente conectada à via de administração.
Finalidades das Formas Farmacêuticas:
Facilitar a administração, considerando as condições clínicas do paciente.
Garantir a precisão da dose.
Proteger o fármaco durante seu trajeto pelo organismo.
Assegurar a presença do princípio ativo no local de ação.
Melhorar a adesão ao tratamento.
Classificação das Formas Farmacêuticas:
1. Sólidas (Não contêm água na composição):
Cápsulas: Invólucros de gelatina ou amido que contêm o fármaco em pó ou líquido.
Comprimidos: Preparações compactadas que podem ser mastigáveis ou deglutidas.
Pós: Fármacos em forma pulverizada.
2. Líquidas (Para administração oral, tópica ou injetável):
Soluções: Mistura homogênea de soluto e solvente.
Suspensões: Soluto não completamente dissolvido; requer agitação antes do uso.
Xaropes: Soluções saturadas de sacarose (cariogênicos).
Elixires: Mistura de água, álcool e açúcar.
Tinturas: Preparações concentradas obtidas por maceração de vegetais ou animais.
3. Semissólidas (Contêm pouca água):
Pomadas: Mais oleosas que cremes (ex.: lanolina + vaselina).
Cremes: Emulsões com maior teor aquoso.
Géis: Preparações transparentes e não oleosas.
Linimentos: Mistura de pó e óleo (ex.: óleo calcário).
Géis-creme: Indicados para pele mista; não comedogênio.
4. Gasosas:
Aerossóis: Dispersões de partículas em um gás propelente.
5. Especiais:
Adesivos transdérmicos: Liberação controlada de fármacos (ex.: hormônios).
Sprays: Administração tópica ou nasal.
A diversidade de formas farmacêuticas permite adaptar os medicamentos às diferentes necessidades dos pacientes, promovendo maior eficácia e adesão ao tratamento. A escolha da forma ideal depende da via de administração, estabilidade do princípio ativo e características específicas do paciente.
Essa abordagem sistemática facilita o entendimento sobre as formas farmacêuticas e sua importância na prática clínica.
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