Ao Cavaleiro do Medicamento

Sua missão é em favor dos outros e livre de qualquer desprezo

Suas paixões terão a frente o compromisso e o dever social
A reputação adquirida deverá sempre fazer jus aos méritos recebidos
Suas doutrinas e ousadia mudarão paradigmas
Livros e candelabro serão seus companheiros na eterna jornada que tem a enfrentar

Veja cavaleiro, o brilhantismo de suas descobertas trarão esperança a quem dela necessita
Seu coração esbanjará nobreza e suas mãos empunharão o mágico poder da cura
Sinta cavaleiro, as magnitudes de seus atos fascinarão o mundo da ciência
O laboratório se transformará na nave erudita do conhecimento, quando sua meta for aniquilar a doença

Ouça cavaleiro, o clamor daqueles que necessitam de sua assistência
Doenças, pragas e pestes envolvem o mundo e suas funções estão postas em prova
A Farmácia é seu solene castelo imperial, e dela será sempre seu guardião



Trabalho e serenidade estarão presentes no seu pergaminho de formulações, pois este será seu mapa de orientação
Várias vezes, sobrepujará em suas cabeças o véu da incerteza, mentalidades infrutíferas tentarão abalar seus conceitos, indiferença e ausência de reconhecimento farás tu mesmo duvidar de suas reais dimensões



Neste momento, a meditação e seu propósito de vida trará de volta a radiante luz da inspiração
E as expectativas herdarão novos motivos para acreditar
Caminhos novos serão traçados e cavalgarás por nações, religiões, culturas e raças e em todas elas levará seu legado, legítimo e verdadeiro



Liberta-te das correntes do comodismo e assuma seu papel, ó farmacêutico !
Pois tu és o cavaleiro do medicamento
Faça da educação sua espada
Da honra seu escudo
E da ética, sua eterna armadura!

(Ricardo Ferreira Nantes - Farmacêutico bioquímico)


Tabela para dispensação de antiparkinsonianos e anticonvulsivantes


Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998: 
Art. 59 A quantidade prescrita de cada substância constante da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e “C5” (anabolizantes), deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente a no máximo 60 (sessenta) dias. 


Parágrafo único. No caso de prescrição de substâncias ou medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a quantidade ficará limitada até 6 (seis) meses de tratamento. 



Porém, a lei não especifica quais são esses medicamentos. Essa tabela foi feita pelo pessoal da ALFAJEQ:


Obs.: Os medicamentos em negrito não são referência, segundo lista oficial da Anvisa, mas são os únicos com esta substância no mercado.


FONTE
  • http://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/Portaria_344_98.pdf
  • https://www.facebook.com/photo.php?fbid=638286969540682&set=a.584227948279918.1073741833.489873574382023&type=1&relevant_count=1
  • http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/344_98.htm
  • http://www.slideshare.net/marinezesper/material-dispensao-de-produtos-controlados-verso-2
  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/08ea74804e47534cb197b3c09d49251b/Lista+A+Farmacos+Isolados_22_01_2013.pdf?MOD=AJPERES
  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/861bda004e62dd719e7dded762e8a5ec/Lista+B+Associações.pdf?MOD=AJPERES 
  • http://consultaremedios.com.br/

Cuidados com a Água para consumo humano

Ao utilizar água de poço, rios (que não seja da distribuição pública, ou seja, tratada) ou durante uma inundação é possível que a água e os alimentos não estejam em condições adequadas de consumo, exigindo, desta forma, procedimentos básicos para garantir sua qualidade para o consumo.
Sempre filtre (com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo) e ferva a água antes de beber. A fervura da água elimina bactérias, vírus e parasitas que podem causar doenças; por isso, é o método preferencial para tratamento da água de consumo humano. 
Caso não seja possível ferver, obtenha água de uma fonte que não tenha sido contaminada por esgoto e realize a filtração e coloque hipoclorito de sódio (2,5%).
http://media.fazfacil.com.br/2012/10/mat_agua.gif

Quais são as doenças mais comuns relacionadas com a água contaminada?
  • Intoxicação causadas por agentes químicos;
  • Febre tifóide;
  • Cólera;
  • Hepatite A;
  • Sintomas mais comuns: diarréias, vômitos, febre e dores abdominais.

Utilização do Hipoclorito de sódio 2,5%

A água pode transmitir doenças para as pessoas, especialmente para as crianças. Quando por exemplo, a origem da água é duvidosa ou uma cisterna é mal construída, é necessário protegê-la de possíveis contaminações e ainda desinfetar a água do poço. O melhor desinfetante para a água de consumo humano é o hipoclorito de sódio 2,5% e uma maneira prática de aplicá-lo é através do uso de cloradores por difusão.
O Hipoclorito de sódio 2,5% pode ser comprado nos mercados, quitandas, sacolão ou farmácias.

Preparo de Água para Consumo Humano:

Diluição: 2 gotas de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 1 litro de água filtrada;
  • Deixar repousar por 30 minutos.

CUIDADOS IMPORTANTES:

  1. Ferver a água de 1 a 5 minutos;
  2. Filtre a água e clore a água da parte inferior do filtro adicionando 2 gotas de água sanitária para cada litro de água;
  3. Nunca beber água não potável;
  4. Beber água filtrada e clorada;
  5. Lavar sempre as mãos antes das refeições;
  6. Use um filtro central e clore a água filtrada, no reservatório;
  7. Mantenha o filtro sempre limpo. Use SOMENTE água corrente para lavar as velas dos filtros domésticos, trocando-as quando estiverem gastas;
  8. Para cloração a ser realizada na sua caixa d’água, a mesma deve estar limpa. A aplicação do produto deve ser feita diariamente;
  9. Na cisterna use o clorador por difusão.

Recipientes para armazenamento de água
Diluição: 15ml de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 1 litro de água filtrada
  1. Lavar o recipiente com água e sabão;
  2. Enxaguar o recipiente;
  3. Misture o hipoclorito de sódio (2,5%) com a água (conforme diluição 
  4. acima) e jogue no recipiente; 
  5. Cubra o recipiente e agite a solução para que toque todas as superfícies 
  6. interiores;
  7. Deixe o recipiente coberto por 30 minutos; 
  8. Enxágüe com a água para consumo humano.

Lavagem habitual de frutas, verduras e legumes:
Diluição: 15ml de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 1 litro de água filtrada
  1. Lavar com água para consumo humano e sabão;
  2. Enxaguar com água para consumo humano;
  3. Desinfete usando a solução de hipoclorito de sódio 2,5% e água;
  4. Deixar secar naturalmente.


Embalagens, superfícies, pisos e utensílios domésticos que entraram em contato com a água da enchente:
Diluição: 200ml de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 800ml de água.

  1. Para utensílios: lavar normalmente e depois mergulhar os objetos na solução por uma hora;
  2. Pisos, paredes, bancadas, etc: umidecer um pano na solução e passar nas superfícies e deixar secar naturalmente.

Instruções para limpeza de uma caixa d'água
  1. Feche o registro impedindo que entre água na caixa d'água;
  2. Esvazie a caixa d'água abrindo todas as torneiras da casa;
  3. Quando a caixa estiver quase vazia, tampe as saídas para que a água suja que restou seja usada na limpeza e para que a sujeira não desça pelo cano. Esfregue as paredes e o fundo da caixa;
  4. Use somente panos e escova para a limpeza (nunca use sabão, detergente ou outros produtos de limpeza);
  5. Retire a água e o material que restaram da limpeza usando pá, balde e panos, deixando a caixa totalmente limpa;
  6. Deixe entrar água na caixa até encher, colocando um litro de água sanitária para cada mil litros de água;
  7. Não use de forma alguma esta água nas duas horas seguintes;
  8. Passadas estas duas horas feche o registro ou a bóia de entrada para não entrar água na caixa;
  9. Esvazie a caixa pelas torneiras usando esta água para limpar e desinfetar os canos;
  10. Tampe a caixa para que não entre pequenos animais e poeira;
  11. Anote do lado de fora a data da limpeza;
  12. Finalmente abra a entrada de água. Esta água já pode ser usada.


Água Sanitária: Soluções aquosas à base de hipoclorito de sódio ou cálcio, com teor de cloro ativo entre 2,0 a 2,5% p/p, durante o prazo de validade (máximo de 6 meses). Produto poderá conter apenas hidróxido de sódio ou cálcio, cloreto de sódio ou cálcio e carbonato de sódio ou cálcio como estabilizante. Pode ter ação como alvejante e de desinfetante de uso geral.
Para uso na água de consumo humano é utilizado a água sanitária à base de hipoclorito de sódio.


Você sabia?
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.




FONTE


  • http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/folder/agua_folder_novo.pdf
  • http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/cuidados_agua_consumo_humano_2011.pdf
  • http://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/12/norma-de-qualidade-da-agua-para-consumo_8150.html
  • http://www.cban.com.br/v2/?p=388
  • http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/A3.html
  • http://www.ct.gov/dph/lib/dph/drinking_water/pdf/water_boil_faq_brazilian_portuguese.pdf
  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Saneantes/Assunto+de+Interesse/Tipos+de+Produto/Agua+Sanitaria
  • http://www.tuasaude.com/hipoclorito-de-sodio/

Toxina Botulínica

A Toxina Botulínica ( Clostridium botulinum ) é uma exotoxina bacterianas, ao lado da toxina tetânica e da diftérica. É um dos venenos mais potentes. O tratamento com a antitoxina só é eficaz se realizado precocemente. Ocasiona paralisia dos músculos respiratórios, podendo levar a morte. A dose letal para adultos é de 0,000003 mg (3 x 10-6).



http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Clostridium+Botulinum&lang=3

As toxinas botulínicas são produzidas pela bactéria anaeróbia esporulada Clostridium botulinum. São bastonetes Gram-positivas e formam Neurotoxinas termossensíveis ou termolábeis.

MECANISMO DE AÇÃO

A toxina liga-se à membrana pré-sináptica colinérgica e cliva proteínas envolvidas na exocitose da acetilcolina.

A toxina botulínica (TB) provoca paralisação muscular inibindo a acetilcolina na junção neuromuscular (JNM) e provocando denervação química.

O mecanismo de inibição da liberação de acetilcolina segue um processo de três etapas:
  • A etapa inicial é a ligação da toxina a receptores específicos localizados no neurônio pré-sináptico da JNM. Embora a toxina seja mais específica para os receptores terminais da unidade motora, a ligação ocorre também nos gânglios colinérgicos autônomos, mas a um grau muito menor. Como resultado, apenas grandes exposições à TB estão associadas com efeitos simpáticos. A TB é normalmente incapaz de cruzar a barreira hematoencefálica e geralmente não exerce nenhum efeito no sistema nervoso central. O tempo “in vivo” necessário para a ligação da toxina a esses receptores é desconhecido, mas tem sido estimado em pelo menos 30 minutos. 
  • A segunda etapa envolve a internalização da toxina ligada no citosol nervoso por meio da endocitose mediada pelo receptor dependente de energia. 
  • Contudo, é no citoplasma no neurônio-alvo que ocorre a terceira etapa do envenenamento, a inibição da liberação de acetilcolina. Esse é um processo enzimático que requer o zinco como um co-fator. A TB é uma metaloendoprotease de zinco altamente conservada que inativa (por meio de clivagem enzimática) componentes específicos do mecanismo neuroexocitótico.


http://www.actafisiatrica.org.br/imagebank/images/v16n1a05-fig08b.jpg


SEROTIPOS

Oito serotipos distintos de toxina botulínica foram isolados. Sete serotipos (neurotoxinas) foram purificados e classificados de A a G. A toxina do tipo A é reconhecida como a mais potente. Os serotipos B e F também estão sendo estudados e explorados para fins terapêuticos. 
  • Tipos A, B, E, F e G causam doença em humanos;
  • Tipo C alfa e beta: causam botulismo em aves, gado e outros animais;
  • Tipo D: associado com intoxicações por ingestão de forragens pelo gado.

Todas as toxinas botulínicas são termolábeis e podem ser inativadas por ebulição.

A Toxina botulínica A (TBA) é uma mistura de 880 K Dalton de proteínas não tóxicas e a neurotoxina toxina botulínica. A neurotoxina toxina botulínica consiste em duas subunidades: uma cadeia pesada de 100 K Dalton e uma cadeia leve de 50 K Dalton. A seguir, os complexos resultantes se dimerizam para formar o composto. Esse dímero inibe a liberação das vesículas de Ach dos neurônios pré-sinápticos nas terminações nervosas colinérgicas sem destruí-las, produzindo um músculo funcionalmente denervado. O início dos sintomas, caracterizado por enfraquecimento do músculo estriado, começa tipicamente dois a três dias após a aplicação local de uma solução diluída. A DL50 para uma pessoa de 70 kg é estimada entre 2500 e 3000 unidades (aproximadamente 40 U/kg). 

Utilização:
  • Tratamento da Hiperidrose;
  • Blefarospasmos e outros espasmos locais;
  • Distúrbios espásticos generalizados;
  • Distonias;
  • Hipersudorese;
  • Estrabismo;
  • Cefaleia tensional;
  • Redução das linhas de expressão.

Doenças causadas pela bactéria:
  • Botulismo;
  • Blefarospasmo: Piscar excessivo; espasmo tônico ou clônico do músculo oculi orbicularis;
  • Gangrena Gasosa: invasão de músculos sadios por bactérias adjacentes a músculo ou tecido mole traumatizados;
  • Enterocolite Pseudomembranosa: Inflamação aguda da mucosa intestinal;
  • Infecção dos Ferimentos: A invasão do local de trauma por microrganismos patogênicos;
  • Infecções por Clostridium: As infecções por bactérias do gênero clostridium.

O BOTULISMO


É uma doença causada por potentes neurotoxinas proteicas produzidas por clostridium botulinum que interferem com a liberação pré-sináptica de acetilcolina na junção neuromuscular. Entre as características clínicas estão dor abdominal, vômitos, PARALISIA aguda (incluindo paralisia respiratória), visão embaçada e diplopia. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, p1208)

Subtipos:
  • botulismo alimentar; 
  • botulismo por ferimentos; 
  • botulismo intestinal;
  • Outras formas: Uso terapêutico ou estético, bioterrorismo, Manipulação de material contaminado, em laboratório.

Sintomas:
  • Paralisia motora progressiva;
  • ressecamento da boca;
  • turvação da visão;
  • dificuldade de deglutição;
  • paralisia respiratória.


FONTE

  • http://www.uff.br/farmacobiomed/colinergicos.pdf
  • http://www.ordemfarmaceuticos.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/Doc6253.pdf
  • http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1693&fase=imprime
  • http://www.saude.rs.gov.br/upload/20120403161628agente_seminario_botulismo.pdf
  • http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Botulismo&lang=3
  • http://www.icb.ufrj.br/media/BMF320_noturno/SNA%20colinergico.pdf
  • http://www.denisesteiner.com.br/publicacoes/toxina_botulinica_cosmetics.htm

HPV: papiloma vírus


O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. No Brasil, a cada ano, 685, 4 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.
Na figura ao lado veremos o papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês human papiloma virus).

Infecção pelo HPV

A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

O HPV e o câncer

Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos.

Como os HPV são transmitidos?

  • A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
  • A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.
  • Também pode haver transmissão durante o parto.
  • Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.

Manifestações da infecção pelo HPV

Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação.
A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.
Condiloma acuminado
  • As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões exofíticas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.
  • As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. No colo do útero são chamadas de Lesões Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero.
O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é raro.
Não se sabe por quanto tempo o HPV pode permanecer inaparente e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. As manifestações da infecção podem só ocorrer meses ou até anos depois do contato. Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo.


Como a infecção pelo HPV é diagnosticada em homens e mulheres?

A investigação diagnóstica da infecção latente pelo HPV, que ocorre na ausência de manifestações clínicas ou subclínicas, só pode atualmente ser realizada por meio de exames de biologia molecular, que mostram a presença do DNA do vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas sim suas manifestações.
O diagnóstico das verrugas ano-genitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico.
As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de magnificação (lentes de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia).

Qual o tratamento para a infecção pelo HPV?

Não há tratamento específico para eliminar o vírus.
O tratamento das lesões clínicas deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.
As lesões de baixo grau não oferecem maiores riscos, tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. A conduta recomendada é a repetição do exame preventivo em seis meses.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia.
Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.

Após passar por tratamento, a pessoa pode se reinfectar?

Sim. A infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral.

Vacina contra o HPV

Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: 

  • A vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18.
  • E a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.

A eficácia da vacina contra HPV foi comprovada em homens para prevenção de condilomas genitais e lesões precursoras de câncer no pênis e ânus.
As vacinas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos.
  • A vacina quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas de colo do útero, vulva e vagina e câncer do colo do útero em mulheres e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionados ao HPV 6, 11, 16 e 18.
  • A vacina bivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero e câncer do colo do útero em mulheres, relacionados ao HPV 16 e 18.
Ambas são recomendadas em três doses, por via intramuscular:
  • A vacina quadrivalente tem esquema vacinal 0, 2 e 6 meses e, caso seja necessário um esquema alternativo, a segunda dose pode ser administrada pelo menos um mês após a primeira dose e a terceira dose pelo menos quatro meses após a primeira dose.
  • o colo do útero e câncer do colo do útero em mulheres, relacionados ao HPV 16 e 18. A vacina bivalente tem esquema 0, 1 e 6 meses, podendo ter a segunda dose administrada entre um mês e dois meses e meio após a primeira dose e a terceira dose entre cinco e 12 meses após a primeira dose.
Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes.

Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato com o HPV aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.

Não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não. Nesses casos a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada, levando em conta as expectativas e a relação custo-benefício pessoal.
Não existe risco à saúde caso uma pessoa que já tenha tido contato com o HPV for vacinada.

Existem contra-indicações para a vacinação?

A vacina está contra-indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos.
Há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos.

Leia também:


FONTE

  • http://www.brasil.gov.br/saude/2013/09/cobertura-da-vacina-hpv-sera-ampliada-a-partir-de-2014
  • http://blog.planalto.gov.br/vacina-contra-hpv-passa-a-fazer-parte-do-calendario-de-vacinacao/trackback/
  • http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2687
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/maioria-dos-estados-se-prepara-para-imunizacao-contra-o-hpvhttp://boaforma.abril.com.br/comportamento/saude-mulher/tira-duvidas-vacina-hpv-635297.shtml
  • http://spacesaude.com.br/wp-content/uploads/2011/07/hpv31.png

Campanha de Vacinação contra o HPV

A primeira etapa da Campanha Nacional de combate ao HPV começa no dia 10 de março. A partir deste ano, a vacina que previne contra o câncer de colo de útero passa a ser incorporada no calendário de vacinação de meninas de 11 a 13 anos.
Com exceção do Tocantins, na Região Norte, e de Pernambuco, na Região Nordeste, todos os demais estados já estão desenvolvendo atividades preparatórias à implantação da Campanha de Imunização contra o HPV.

A vacina

A vacina a ser utilizada será a quadrivalente, que dá proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) de HPV. Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no país. É o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por essa razão, não tiveram nenhum contato com o vírus.
O órgão adverte, porém, que a vacina não substitui o exame preventivo (Papanicolau) a cada ano, nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

A campanha de imunização prevê mais duas fases. A segunda dose será aplicada seis meses depois, ou seja, em setembro, nas unidades de saúde, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Com a adoção do esquema estendido, como é chamado, será possível ampliar a oferta da vacina, a partir de 2015, para as pré-adolescentes entre 9 e 11 anos de idade, sem custo adicional.

Os pais que não quiserem que suas filhas sejam vacinadas terão que assinar um termo de recusa.

Ministério da Saúde reforça a importância da vacina contra o HPV para prevenir o câncer de colo do útero

Leia também sobre o HPV

FONTE

  • http://www.brasil.gov.br/saude/2013/09/cobertura-da-vacina-hpv-sera-ampliada-a-partir-de-2014
  • http://blog.planalto.gov.br/vacina-contra-hpv-passa-a-fazer-parte-do-calendario-de-vacinacao/trackback/
  • http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2687
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/maioria-dos-estados-se-prepara-para-imunizacao-contra-o-hpvhttp://boaforma.abril.com.br/comportamento/saude-mulher/tira-duvidas-vacina-hpv-635297.shtml