Cuidados com a Água para consumo humano

Ao utilizar água de poço, rios (que não seja da distribuição pública, ou seja, tratada) ou durante uma inundação é possível que a água e os alimentos não estejam em condições adequadas de consumo, exigindo, desta forma, procedimentos básicos para garantir sua qualidade para o consumo.
Sempre filtre (com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo) e ferva a água antes de beber. A fervura da água elimina bactérias, vírus e parasitas que podem causar doenças; por isso, é o método preferencial para tratamento da água de consumo humano. 
Caso não seja possível ferver, obtenha água de uma fonte que não tenha sido contaminada por esgoto e realize a filtração e coloque hipoclorito de sódio (2,5%).
http://media.fazfacil.com.br/2012/10/mat_agua.gif

Quais são as doenças mais comuns relacionadas com a água contaminada?
  • Intoxicação causadas por agentes químicos;
  • Febre tifóide;
  • Cólera;
  • Hepatite A;
  • Sintomas mais comuns: diarréias, vômitos, febre e dores abdominais.

Utilização do Hipoclorito de sódio 2,5%

A água pode transmitir doenças para as pessoas, especialmente para as crianças. Quando por exemplo, a origem da água é duvidosa ou uma cisterna é mal construída, é necessário protegê-la de possíveis contaminações e ainda desinfetar a água do poço. O melhor desinfetante para a água de consumo humano é o hipoclorito de sódio 2,5% e uma maneira prática de aplicá-lo é através do uso de cloradores por difusão.
O Hipoclorito de sódio 2,5% pode ser comprado nos mercados, quitandas, sacolão ou farmácias.

Preparo de Água para Consumo Humano:

Diluição: 2 gotas de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 1 litro de água filtrada;
  • Deixar repousar por 30 minutos.

CUIDADOS IMPORTANTES:

  1. Ferver a água de 1 a 5 minutos;
  2. Filtre a água e clore a água da parte inferior do filtro adicionando 2 gotas de água sanitária para cada litro de água;
  3. Nunca beber água não potável;
  4. Beber água filtrada e clorada;
  5. Lavar sempre as mãos antes das refeições;
  6. Use um filtro central e clore a água filtrada, no reservatório;
  7. Mantenha o filtro sempre limpo. Use SOMENTE água corrente para lavar as velas dos filtros domésticos, trocando-as quando estiverem gastas;
  8. Para cloração a ser realizada na sua caixa d’água, a mesma deve estar limpa. A aplicação do produto deve ser feita diariamente;
  9. Na cisterna use o clorador por difusão.

Recipientes para armazenamento de água
Diluição: 15ml de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 1 litro de água filtrada
  1. Lavar o recipiente com água e sabão;
  2. Enxaguar o recipiente;
  3. Misture o hipoclorito de sódio (2,5%) com a água (conforme diluição 
  4. acima) e jogue no recipiente; 
  5. Cubra o recipiente e agite a solução para que toque todas as superfícies 
  6. interiores;
  7. Deixe o recipiente coberto por 30 minutos; 
  8. Enxágüe com a água para consumo humano.

Lavagem habitual de frutas, verduras e legumes:
Diluição: 15ml de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 1 litro de água filtrada
  1. Lavar com água para consumo humano e sabão;
  2. Enxaguar com água para consumo humano;
  3. Desinfete usando a solução de hipoclorito de sódio 2,5% e água;
  4. Deixar secar naturalmente.


Embalagens, superfícies, pisos e utensílios domésticos que entraram em contato com a água da enchente:
Diluição: 200ml de Hipoclorito de sódio 2,5% a cada 800ml de água.

  1. Para utensílios: lavar normalmente e depois mergulhar os objetos na solução por uma hora;
  2. Pisos, paredes, bancadas, etc: umidecer um pano na solução e passar nas superfícies e deixar secar naturalmente.

Instruções para limpeza de uma caixa d'água
  1. Feche o registro impedindo que entre água na caixa d'água;
  2. Esvazie a caixa d'água abrindo todas as torneiras da casa;
  3. Quando a caixa estiver quase vazia, tampe as saídas para que a água suja que restou seja usada na limpeza e para que a sujeira não desça pelo cano. Esfregue as paredes e o fundo da caixa;
  4. Use somente panos e escova para a limpeza (nunca use sabão, detergente ou outros produtos de limpeza);
  5. Retire a água e o material que restaram da limpeza usando pá, balde e panos, deixando a caixa totalmente limpa;
  6. Deixe entrar água na caixa até encher, colocando um litro de água sanitária para cada mil litros de água;
  7. Não use de forma alguma esta água nas duas horas seguintes;
  8. Passadas estas duas horas feche o registro ou a bóia de entrada para não entrar água na caixa;
  9. Esvazie a caixa pelas torneiras usando esta água para limpar e desinfetar os canos;
  10. Tampe a caixa para que não entre pequenos animais e poeira;
  11. Anote do lado de fora a data da limpeza;
  12. Finalmente abra a entrada de água. Esta água já pode ser usada.


Água Sanitária: Soluções aquosas à base de hipoclorito de sódio ou cálcio, com teor de cloro ativo entre 2,0 a 2,5% p/p, durante o prazo de validade (máximo de 6 meses). Produto poderá conter apenas hidróxido de sódio ou cálcio, cloreto de sódio ou cálcio e carbonato de sódio ou cálcio como estabilizante. Pode ter ação como alvejante e de desinfetante de uso geral.
Para uso na água de consumo humano é utilizado a água sanitária à base de hipoclorito de sódio.


Você sabia?
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.




FONTE


  • http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/folder/agua_folder_novo.pdf
  • http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/cuidados_agua_consumo_humano_2011.pdf
  • http://cadernodefarmacia.blogspot.com/2012/12/norma-de-qualidade-da-agua-para-consumo_8150.html
  • http://www.cban.com.br/v2/?p=388
  • http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/A3.html
  • http://www.ct.gov/dph/lib/dph/drinking_water/pdf/water_boil_faq_brazilian_portuguese.pdf
  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Saneantes/Assunto+de+Interesse/Tipos+de+Produto/Agua+Sanitaria
  • http://www.tuasaude.com/hipoclorito-de-sodio/

Toxina Botulínica

A Toxina Botulínica ( Clostridium botulinum ) é uma exotoxina bacterianas, ao lado da toxina tetânica e da diftérica. É um dos venenos mais potentes. O tratamento com a antitoxina só é eficaz se realizado precocemente. Ocasiona paralisia dos músculos respiratórios, podendo levar a morte. A dose letal para adultos é de 0,000003 mg (3 x 10-6).



http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Clostridium+Botulinum&lang=3

As toxinas botulínicas são produzidas pela bactéria anaeróbia esporulada Clostridium botulinum. São bastonetes Gram-positivas e formam Neurotoxinas termossensíveis ou termolábeis.

MECANISMO DE AÇÃO

A toxina liga-se à membrana pré-sináptica colinérgica e cliva proteínas envolvidas na exocitose da acetilcolina.

A toxina botulínica (TB) provoca paralisação muscular inibindo a acetilcolina na junção neuromuscular (JNM) e provocando denervação química.

O mecanismo de inibição da liberação de acetilcolina segue um processo de três etapas:
  • A etapa inicial é a ligação da toxina a receptores específicos localizados no neurônio pré-sináptico da JNM. Embora a toxina seja mais específica para os receptores terminais da unidade motora, a ligação ocorre também nos gânglios colinérgicos autônomos, mas a um grau muito menor. Como resultado, apenas grandes exposições à TB estão associadas com efeitos simpáticos. A TB é normalmente incapaz de cruzar a barreira hematoencefálica e geralmente não exerce nenhum efeito no sistema nervoso central. O tempo “in vivo” necessário para a ligação da toxina a esses receptores é desconhecido, mas tem sido estimado em pelo menos 30 minutos. 
  • A segunda etapa envolve a internalização da toxina ligada no citosol nervoso por meio da endocitose mediada pelo receptor dependente de energia. 
  • Contudo, é no citoplasma no neurônio-alvo que ocorre a terceira etapa do envenenamento, a inibição da liberação de acetilcolina. Esse é um processo enzimático que requer o zinco como um co-fator. A TB é uma metaloendoprotease de zinco altamente conservada que inativa (por meio de clivagem enzimática) componentes específicos do mecanismo neuroexocitótico.


http://www.actafisiatrica.org.br/imagebank/images/v16n1a05-fig08b.jpg


SEROTIPOS

Oito serotipos distintos de toxina botulínica foram isolados. Sete serotipos (neurotoxinas) foram purificados e classificados de A a G. A toxina do tipo A é reconhecida como a mais potente. Os serotipos B e F também estão sendo estudados e explorados para fins terapêuticos. 
  • Tipos A, B, E, F e G causam doença em humanos;
  • Tipo C alfa e beta: causam botulismo em aves, gado e outros animais;
  • Tipo D: associado com intoxicações por ingestão de forragens pelo gado.

Todas as toxinas botulínicas são termolábeis e podem ser inativadas por ebulição.

A Toxina botulínica A (TBA) é uma mistura de 880 K Dalton de proteínas não tóxicas e a neurotoxina toxina botulínica. A neurotoxina toxina botulínica consiste em duas subunidades: uma cadeia pesada de 100 K Dalton e uma cadeia leve de 50 K Dalton. A seguir, os complexos resultantes se dimerizam para formar o composto. Esse dímero inibe a liberação das vesículas de Ach dos neurônios pré-sinápticos nas terminações nervosas colinérgicas sem destruí-las, produzindo um músculo funcionalmente denervado. O início dos sintomas, caracterizado por enfraquecimento do músculo estriado, começa tipicamente dois a três dias após a aplicação local de uma solução diluída. A DL50 para uma pessoa de 70 kg é estimada entre 2500 e 3000 unidades (aproximadamente 40 U/kg). 

Utilização:
  • Tratamento da Hiperidrose;
  • Blefarospasmos e outros espasmos locais;
  • Distúrbios espásticos generalizados;
  • Distonias;
  • Hipersudorese;
  • Estrabismo;
  • Cefaleia tensional;
  • Redução das linhas de expressão.

Doenças causadas pela bactéria:
  • Botulismo;
  • Blefarospasmo: Piscar excessivo; espasmo tônico ou clônico do músculo oculi orbicularis;
  • Gangrena Gasosa: invasão de músculos sadios por bactérias adjacentes a músculo ou tecido mole traumatizados;
  • Enterocolite Pseudomembranosa: Inflamação aguda da mucosa intestinal;
  • Infecção dos Ferimentos: A invasão do local de trauma por microrganismos patogênicos;
  • Infecções por Clostridium: As infecções por bactérias do gênero clostridium.

O BOTULISMO


É uma doença causada por potentes neurotoxinas proteicas produzidas por clostridium botulinum que interferem com a liberação pré-sináptica de acetilcolina na junção neuromuscular. Entre as características clínicas estão dor abdominal, vômitos, PARALISIA aguda (incluindo paralisia respiratória), visão embaçada e diplopia. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, p1208)

Subtipos:
  • botulismo alimentar; 
  • botulismo por ferimentos; 
  • botulismo intestinal;
  • Outras formas: Uso terapêutico ou estético, bioterrorismo, Manipulação de material contaminado, em laboratório.

Sintomas:
  • Paralisia motora progressiva;
  • ressecamento da boca;
  • turvação da visão;
  • dificuldade de deglutição;
  • paralisia respiratória.


FONTE

  • http://www.uff.br/farmacobiomed/colinergicos.pdf
  • http://www.ordemfarmaceuticos.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/Doc6253.pdf
  • http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1693&fase=imprime
  • http://www.saude.rs.gov.br/upload/20120403161628agente_seminario_botulismo.pdf
  • http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Botulismo&lang=3
  • http://www.icb.ufrj.br/media/BMF320_noturno/SNA%20colinergico.pdf
  • http://www.denisesteiner.com.br/publicacoes/toxina_botulinica_cosmetics.htm

HPV: papiloma vírus


O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. No Brasil, a cada ano, 685, 4 mil pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.
Na figura ao lado veremos o papiloma humano (VPH ou HPV, do inglês human papiloma virus).

Infecção pelo HPV

A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

O HPV e o câncer

Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Já os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos.

Como os HPV são transmitidos?

  • A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
  • A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.
  • Também pode haver transmissão durante o parto.
  • Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.

Manifestações da infecção pelo HPV

Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação.
A infecção pode se manifestar de duas formas: clínica e subclínica.
Condiloma acuminado
  • As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões exofíticas, são tecnicamente denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos.
  • As infecções subclínicas (não visíveis ao olho nu) podem ser encontradas nos mesmos locais e não apresentam nenhum sintoma ou sinal. No colo do útero são chamadas de Lesões Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que refletem apenas a presença do vírus, e de Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que são as verdadeiras lesões precursoras do câncer do colo do útero.
O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é raro.
Não se sabe por quanto tempo o HPV pode permanecer inaparente e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. As manifestações da infecção podem só ocorrer meses ou até anos depois do contato. Por esse motivo não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo.


Como a infecção pelo HPV é diagnosticada em homens e mulheres?

A investigação diagnóstica da infecção latente pelo HPV, que ocorre na ausência de manifestações clínicas ou subclínicas, só pode atualmente ser realizada por meio de exames de biologia molecular, que mostram a presença do DNA do vírus. Entretanto, não é indicado procurar diagnosticar a presença do HPV, mas sim suas manifestações.
O diagnóstico das verrugas ano-genitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame clínico.
As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de magnificação (lentes de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia).

Qual o tratamento para a infecção pelo HPV?

Não há tratamento específico para eliminar o vírus.
O tratamento das lesões clínicas deve ser individualizado, dependendo da extensão, número e localização. Podem ser usados laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.
As lesões de baixo grau não oferecem maiores riscos, tendendo a desaparecer mesmo sem tratamento na maioria das mulheres. A conduta recomendada é a repetição do exame preventivo em seis meses.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. As diretrizes brasileiras recomendam, após confirmação colposcópica ou histológica, o tratamento excisional das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, por meio de exérese da zona de transformação (EZT) por eletrocirurgia.
Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.

Após passar por tratamento, a pessoa pode se reinfectar?

Sim. A infecção por HPV pode não induzir imunidade natural e, além disso, pode ocorrer contato com outro tipo viral.

Vacina contra o HPV

Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: 

  • A vacina quadrivalente, da empresa Merck Sharp & Dohme (nome comercial Gardasil), que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18.
  • E a vacina bivalente, da empresa GlaxoSmithKline (nome comercial Cervarix), que confere proteção contra HPV 16 e 18.

A eficácia da vacina contra HPV foi comprovada em homens para prevenção de condilomas genitais e lesões precursoras de câncer no pênis e ânus.
As vacinas são preventivas, tendo como objetivo evitar a infecção pelos tipos de HPV nelas contidos.
  • A vacina quadrivalente está aprovada no Brasil para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas de colo do útero, vulva e vagina e câncer do colo do útero em mulheres e verrugas genitais em mulheres e homens, relacionados ao HPV 6, 11, 16 e 18.
  • A vacina bivalente está aprovada para prevenção de lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero e câncer do colo do útero em mulheres, relacionados ao HPV 16 e 18.
Ambas são recomendadas em três doses, por via intramuscular:
  • A vacina quadrivalente tem esquema vacinal 0, 2 e 6 meses e, caso seja necessário um esquema alternativo, a segunda dose pode ser administrada pelo menos um mês após a primeira dose e a terceira dose pelo menos quatro meses após a primeira dose.
  • o colo do útero e câncer do colo do útero em mulheres, relacionados ao HPV 16 e 18. A vacina bivalente tem esquema 0, 1 e 6 meses, podendo ter a segunda dose administrada entre um mês e dois meses e meio após a primeira dose e a terceira dose entre cinco e 12 meses após a primeira dose.
Nenhuma das vacinas é terapêutica, ou seja, não há eficácia contra infecções ou lesões já existentes.

Após o início da atividade sexual a possibilidade de contato com o HPV aumenta progressivamente: 25% das adolescentes apresentam infecção pelo HPV durante o primeiro ano após iniciação sexual e três anos depois esse percentual sobe para 70%.

Não há, até o momento, evidência científica de benefício estatisticamente significativo em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV. Isso quer dizer que algumas mulheres podem se beneficiar e outras não. Nesses casos a decisão sobre a vacinação deve ser individualizada, levando em conta as expectativas e a relação custo-benefício pessoal.
Não existe risco à saúde caso uma pessoa que já tenha tido contato com o HPV for vacinada.

Existem contra-indicações para a vacinação?

A vacina está contra-indicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes (princípios ativos ou excipientes) de imunobiológicos.
Há pouca informação disponível quanto à segurança e imunogenicidade em indivíduos imunocomprometidos.

Leia também:


FONTE

  • http://www.brasil.gov.br/saude/2013/09/cobertura-da-vacina-hpv-sera-ampliada-a-partir-de-2014
  • http://blog.planalto.gov.br/vacina-contra-hpv-passa-a-fazer-parte-do-calendario-de-vacinacao/trackback/
  • http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2687
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/maioria-dos-estados-se-prepara-para-imunizacao-contra-o-hpvhttp://boaforma.abril.com.br/comportamento/saude-mulher/tira-duvidas-vacina-hpv-635297.shtml
  • http://spacesaude.com.br/wp-content/uploads/2011/07/hpv31.png

Campanha de Vacinação contra o HPV

A primeira etapa da Campanha Nacional de combate ao HPV começa no dia 10 de março. A partir deste ano, a vacina que previne contra o câncer de colo de útero passa a ser incorporada no calendário de vacinação de meninas de 11 a 13 anos.
Com exceção do Tocantins, na Região Norte, e de Pernambuco, na Região Nordeste, todos os demais estados já estão desenvolvendo atividades preparatórias à implantação da Campanha de Imunização contra o HPV.

A vacina

A vacina a ser utilizada será a quadrivalente, que dá proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) de HPV. Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no país. É o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por essa razão, não tiveram nenhum contato com o vírus.
O órgão adverte, porém, que a vacina não substitui o exame preventivo (Papanicolau) a cada ano, nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

A campanha de imunização prevê mais duas fases. A segunda dose será aplicada seis meses depois, ou seja, em setembro, nas unidades de saúde, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Com a adoção do esquema estendido, como é chamado, será possível ampliar a oferta da vacina, a partir de 2015, para as pré-adolescentes entre 9 e 11 anos de idade, sem custo adicional.

Os pais que não quiserem que suas filhas sejam vacinadas terão que assinar um termo de recusa.

Ministério da Saúde reforça a importância da vacina contra o HPV para prevenir o câncer de colo do útero

Leia também sobre o HPV

FONTE

  • http://www.brasil.gov.br/saude/2013/09/cobertura-da-vacina-hpv-sera-ampliada-a-partir-de-2014
  • http://blog.planalto.gov.br/vacina-contra-hpv-passa-a-fazer-parte-do-calendario-de-vacinacao/trackback/
  • http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2687
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/maioria-dos-estados-se-prepara-para-imunizacao-contra-o-hpvhttp://boaforma.abril.com.br/comportamento/saude-mulher/tira-duvidas-vacina-hpv-635297.shtml

Medicamentos nas residências: uma arma contra o cidadão e um risco para o meio ambiente.

Medicamentos a vencer ou sem utilidades, pensamos que deve ser dispensados no lixo comum, e é feito pela maioria da população. Os medicamentos vencidos ou não podem ser interpretados como uma arma por estar matando pessoas lentamente ou rapidamente, pois o Brasil é um país com índice de intoxicação por medicamentos superior a agrotóxicos e por animais peçonhentos e temos que cuidar um pouco desta situação.

A maior preocupação com relação a estes medicamentos vencidos é o caminho que ele faz até chegar à água. O medicamento chega em casa também por córregos, a lagoa ou infiltrado no solo atingindo o lençol freático devido o incorreto descarte. O medicamento deveria ser encarado hoje com consciência para descarte onde exista uma forma correta, verdadeira e instituída, de forma segura fora das nossas casas. Hoje, ele é jogado em lixo comum embalados, vencidos e os meio utilizados por abandono do tratamento ou por sobras que são jogados no lixo comum, ou ainda colocados na pia com água corrente por hábito para não jogar no lixo por falta de conhecimento ou ainda dar descarga no vaso sanitário deste medicamento, tendo contato com nossa água contaminando-a por via esgoto diretamente.

Nosso organismo, quando ingerimos um medicamento ou produto químico ele faz um caminho, que é entrar e ser absorvido como fármaco, passando por todo nosso organismo faz as ações que deve fazer, é metabolizado, vai para o fígado, vai para os rins sendo eliminado, esta seria a cinética do medicamento, e após parte é combinada com outros produtos químicos e parte sai do jeito que entrou, ou seja um antibiótico é excretado do corpo através das fezes, lágrima, urina, suor pois o fármaco não fica para sempre no organismo. Assim, não é só jogando diretamente na água que a contaminamos, mas também a contaminamos pelas vias excretórias naturais. Por isso o uso racional do medicamento. 

Na rede de tratamento de água, na represa, córrego ou rio a água é captada passando por processo de Decantação onde são colocados produtos químicos nesta água que agrega partículas menores em partículas maiores que descem ao fundo (decantação da água). Após a água é filtrada onde a água sai limpa seguindo para adição de sistema químico como cloro e Flúor para limpeza de microorganismos que saem dos reservatórios direto para nossas casas. Em todo este processo, que acontece no mundo inteiro, observamos que não há retirada de produtos químicos presentes na água como hormônios, produtos químicos despejados na água, isso é um alerta pois nós que temos este conhecimento devemos disseminar esta informação para que as outra pessoas saibam do por que estamos preocupados com o descarte de medicamentos. 

Quando abrimos a torneira da nossa casa, temos a água potável que aparentemente é limpa, isenta de microrganismos, porém com antibióticos, hormônios, antiinflamatórios e toda esta carga de agrotóxicos que são jogados pela população. Não visualizamos os medicamentos presentes nesta água. Quando dizemos que a água do planeta está acabando, é uma grande mentira, nossa água não acaba nunca, mas é uma grande verdade que uma água limpa, pura e descontaminada , é que está chegando ao fim pois quase já não existe no mundo água isenta de produto químico. Estes produtos que são jogados na água fazem todo o processo para chegada em nossas casas, seja os medicamentos descartados incorretamente no lixo comum, no vaso sanitário ou na pia de casa, todos chegarão a água. Esta água será captada e estaremos ingerindo água contaminada com produtos químicos. Ou seja, a cada copo de água tomado estamos ingerindo sair minerais, hormônios, antibióticos e outros produtos indesejáveis.

Quando falamos em medicamentos vencidos pensamos em farmácia, hospitais, clínicas onde o medicamento está postado, mas pelo contrário, isso é aproximadamente 20% do montante dos produtos vencidos. É uma minoria os presentes nestes locais. A maioria como pouco mais de 80% estão nas residências, estes produtos estão dentro das nossas casas como uma arma, esperando para ser jogada fora para atingir a nossa água. Mais de 70% das pessoas não se importaram ou não se importam neste assunto, as pessoas acham que é um exagero e não querem saber, mas o poder público (vereadores, prefeitos, governadores) devem ter a verdadeira noção do que falamos e a preocupação em proteger o ambiente do que será dado aos nossos filhos, netos e a nós mesmos. Quando você joga um produto destes na água, no lixo ou em qualquer lugar você está se auto contaminando, pois ele vai embora por um tempo, mas ele voltará para casa.

POR QUE OCORRE SOBRA DE MEDICAMENTOS NAS RESIDÊNCIAS?

Brasileiros gostam de comprar medicamentos para estocar em casa, a Anvisa na RDC 44 proibiu a disponibilidade dos medicamentos como supermercado, não se pode mais pegar a “cestinha” e comprar tudo o que acha que falta em casa, pois o brasileiro gosta de comprar medicamentos para estoque em casa. Além disso, há farmácias que continuam com a prática da “empurroterapia” que são especialistas em vender para melhoria de suas comissões. Os farmacêuticos ainda estão um pouco afastados da linha de frente da farmácia para evitar estes “especialistas em empurroterapia”, que deveria ser uma prática abolida das farmácias por que não é vender muito, mas sim fazer com que as pessoas entrem na farmácia pelo trabalho que ela faz e não pela “empurroterapia” que ela apresenta para o cidadão.

Por que sobra medicamentos?
Temos a lei do fracionamento de medicamentos que é uma lei importantíssima que a pessoa somente levaria para casa a quantidade necessária para o tratamento. Terminou o tratamento, terminou o comprimido para não ocorrer sobras que futuramente serão descartadas no ambiente pelo cidadão. As indústrias ainda não são obrigadas a produzir as embalagens fracionáveis , vendido por unidades, pois não é o dono da farmácia ou o farmacêutico que são os responsáveis por isso, que irão cortar os medicamentos em quantidade como solicitado na receita, ele somente pode fazer este fracionamento na farmácia se houver a dispensação de fracionáveis onde deverá vir com número de lote, validade, nome do medicamento para todos, mas isso ainda não é validado apesar de a lei já ter sido aprovada, mas esta pratica ainda não existe em nosso país. A necessidade da atenção farmacêutica para adesão ao tratamento, quando o médico prescreve um medicamento e dá um prazo para o cidadão doente tomar, a pessoa normalmente começa a tomar o medicamento mas no 2º ou 3º dia em que apresenta melhoras, a pessoa para de tomá-lo, tendo consequências mais grave a resistência bacteriológica a este medicamento. Sendo que há necessidade da correta prescrição por médicos, dentistas e médicos veterinários, evitando sobras. Além disso, a população deve perder o hábito da automedicação.

Medicamentos na água
O medicamento quando em contato com a água se dilui. Mesmo havendo grande quantidade de água em pequena quantidade de antibióticos presente na água serão diluídos, e há as bactérias em contato com estes antibióticos, gerando as superbactérias. Estamos próximos de grandes epidemias causadas por infecções não tratáveis por medicamentos nenhum, pois as indústrias não conseguem acompanhar o desenvolvimento e o crescimento destas resistências bacterianas.  Novos antibióticos são produzidos e as bactérias já estão resistentes aos antibióticos em estudo.

CONSEQUÊNCIAS

A contaminação dos lençóis freáticos pela infiltração destes medicamentos que vão para o lixo, as águas pluviais por efluentes não tratadas serão contaminadas, e a atmosfera pelos gases que são colocadas no ar que são contaminadas pelos gases na queda de chuva na precipitação pluviométrica também contaminarão o solo e vão atingir nossas casas. A fertilidade do solo começa a ser afetada, as nossas plantas e o crescimento da agricultura serão contaminados através de agrotóxicos e medicamentos que também são trazidos pela chuva, aparecimento de problemas de saúde como alergias e outras doenças que cada vez aparecem em grande quantidade pela ação silenciosa destes produtos ingeridos todos os dias, aparecimento de bactérias de múltiplas resistências e a incapacidade de a indústria acompanhar este crescimento.

A SOLUÇÃO

  • O estabelecimento de políticas e conscientização da população sobre o uso racional de medicamentos, não somente da população mas de médicos e profissionais de saúde e políticos também para que entendam a importância da seriedade para ação neste assunto.
  • Que os governos e prefeituras abram Postos de coleta voluntária para retirada de medicamentos das residências e recolhimento adequado, que devem estar nas mãos de farmacêuticos para que sejam tratados de forma diferenciada de pilhas, óleos etc. E como idéia poderiam ser descartados nas próprias farmácias.
  • Destinação correta para este medicamento, que deve ser colocado em incineração que não é somente jogar no forno ou em uma caldeira qualquer, mas em fornos apropriados para reduzir os medicamentos a 3% de cinzas para serem levadas a aterros sanitários apropriados longe de nossas vias e para não contaminação do solo.

(Ronaldo Abrão - presidente do CRF/MS)




FONTE

- http://www.portaleducacao.com.br/palestras/detalhes-palestra/51/medicamentos-nas-residencias-uma-arma-contra-o-cidadao-e-um-risco-para-o-meio-ambiente

Estoque doméstico de Medicamentos

É comprovado que o impacto que os resíduos de medicamentos causam ao meio ambiente é um problema grave. Muitas pessoas, por falta de alternativas e de informação, ainda jogam medicamentos vencidos ou que não serão mais usados no lixo comum ou na rede de esgoto. Os medicamentos contêm substâncias químicas que contaminam o solo, a água e colocam em risco o meio ambiente. Alguns, ainda, inalterados, irão ser utilizados indevidamente por outras pessoas e animais.
Riscos do descarte inadequado de medicamentos:
  • Riscos à saúde de crianças ou pessoas carentes que possam reutilizá-los;
  • Reuso indevido de sobras de medicamentos: reações adversas graves, intoxicações, entre outros problemas.
 Saiba como jogar fora os medicamentos vencidos


POR QUE SOBRAM MEDICAMENTOS?


Os medicamentos são classificados como resíduos do grupo B, que engloba substâncias químicas que podem apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente dependendo de suas características, de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Vários Estados e Municípios possuem legislação própria específica sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, estabelecendo normas para classificação, segregação, armazenamento, coleta, transporte e disposição final destes resíduos. Contudo as legislações em vigor não são claras e muitas vezes são conflitantes, gerando dúvidas e impossibilitando a adoção de normas práticas e eficazes em todo o País. E ainda, esta legislação se torna deficiente por não mencionar a destinação final adequada de resíduos líquidos que direciona a estabelecimentos de saúde e não engloba a população no geral e não possui uma coleta adequada destes resíduos por parte das prefeituras de nada adiantando as normas se esta não é aplicada. 


ESTOQUE DOMÉSTICO


É importante refletir sobre os possíveis fatores relacionados ao estoque doméstico de medicamentos, pois é daí que se originam os produtos para o descarte. Entre eles, podemos citar:

  • Apresentação inadequada do produto: por exemplo, o usuário necessita e 21 comprimidos para um determinado tratamento com antibiótico e a caixa a ser vendida contém 28 cápsulas, logo, após terminar o tratamento restam 7 cápsulas que não devem ser utilizadas;
  • Reações adversas ao medicamento: neste caso, o indivíduo necessita interromper o uso do medicamento, se este não for descartado, a pessoa pode vir a utilizar novamente e sofrer os mesmos efeitos;
  • Falha/interrupção no tratamento: ocorre principalmente no caso de medicamentos de uso crônico, como anti-hipertensivos, antirretrovirais, entre outros;
  • Automedicação: é o uso de medicamentos sem prescrição médica ou auxílio de qualquer profissional da saúde, que pode acarretar em diversos problemas, e está diretamente relacionado com o item abaixo;
  • Farmácia caseira: é o “estoque” de medicamentos armazenados em casa, que ocorre principalmente quando a pessoa compra medicamentos para dor de cabeça, febre, dor de barriga, para ser usado de acordo com a necessidade, ou quando a pessoa utiliza medicamentos de uso contínuo e compra o tratamento para diversos meses;
  • Amostras grátis muitas vezes (quando não são medicamentos de uso crônico), acabam sendo esquecidos na farmácia caseira.


“uso racional de medicamentos”, de acordo com a OMS, quando "os pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.



FONTE

  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/81588400474586d89032d43fbc4c6735/Apresentac%CC%A7a%CC%83o+Anvisa.ppt?MOD=AJPERES (Acesso em 12/11/13 às 10h45min) 
  • http://www.uff.br/sbqrio/novidades/Novidades03_10_2008.html (Acesso em 10/11/13 às 23h12min) 
  • http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/132/014a016_artigo_dr_walter.pdf 
  • (Acesso em 12/11/13 às 12h35min) 
  • http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=9187&n_link=revista_artigos_leitura (Acesso em 10/11/13 às 11h35min) 
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-06/anvisa-alerta-para-riscos-do-descarte-incorreto-de-medicamentos (Acesso em 10/11/13 às 14h45min) 
  • http://www.descarteconsciente.com.br (Acesso em 12/11/13 às 13h45min) 
  • http://www.academia.edu/1844377/caracterizacao_dos_medicamentos_descartados_por_usuarios_da_farmacia_popular_do_brasil_farmacia-escola_da_ufrgs (Acesso em 10/11/13 às 10h45min)

Cromatografia

A cromatografia é um método físico-químico de separação. O objetivo da cromatografia é separar individualmente os diversos constituintes de uma mistura de substâncias seja para identificação, quantificação ou obtenção da substância pura para os mais diversos fins.
A separação é por migração da amostra através de uma fase estacionária por intermédio de um fluido (fase móvel).
Após a introdução da amostra no sistema cromatográfico, os componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e viajam mais lentamente que a fase móvel devido ao efeito retardante da fase estacionária.O equilíbrio de distribuição determina a velocidade com a qual cada componente migra através do sistema.


História e Significado

O nome Cromatografia (χρωματογραφία) é de origem grega:
  • χρώμα: chroma, cor;
  • γραφειν: grafein, grafia.
No início do século XX, o Botânico russo M.S. Tsver encontrou  uma maneira de separar os vários pigmentos de flores e folhas. Ele moeu as plantas e dissolveu os pigmentos e, então, despejou a solução no topo de um tubo vertical cheio de giz moído. os diferentes pigmentos percorreram a coluna de giz em diferentes velocidades, produzindo bandas coloridas no tubo e inspirando o nome cromatografia (escrita em cores). A separação ocorreu porque o giz absorveu os diferentes pigmentos em diferentes graus.

Cromatografia em Coluna Aberta
Experimento de Tswett



Princípio Básico

  • A separação depende da interação dos componentes da mistura com a fase móvel (líquida ou gás) e com a fase estacionária (líquida ou sólida);
  • A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, dipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade;
  • A fase estacionária é a força resistiva e a fase móvel é a força propulsiva.
  • A identificação se dá mediante a comparação da interação de padrões com as fases estacionárias;
  • A quantificação é feita também pela comparação com padrões de concentrações conhecidas, através de curvas analíticas.


Classificação

A classificação da cromatografia é de acordo com:
  • O objetivo (analítica ou preparativa)
  • O sistema cromatográfico (em coluna ou planar);
  • A Fase Móvel (líquido, gás ou gás pressurizado: com composição constante ou variável);
  • A Fase Estacionária (líquida, sólida ou quimicamente ligada);
  • O modo de separação (adsorção, partição, troca iônica, exclusão ou afinidade);
  • O modo de operação (frontal, deslocamento ou eluição).
Classificação da cromatografia


Aplicação

A cromatografia desempenha um papel importante em diversas áreas, como a química orgânica, bioquímica, química inorgânica, química ambiental e a química alimentícia. Utilizada em Investigação criminal, industria química, farmacêutica, do petróleo e de alimentos, entre outras, para:
  • Quantificação das impurezas de um produto;
  • Determinação da composição e da formulação de um produto;
  • Controle de qualidade de ativos e formas farmacêuticas;
  • Outros.


Fonte

  • Princípios de Química: Questionando A Vida Moderna e o Meio Ambiente/ Peter Atkins, Loretta Jones. - 5 ª Ed. - Porto Alegre: Bookman, 2012.
  • http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf
  • http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=451&id=103&option=com_content&task=view
  • http://cromatografialiquida.com.br/Clae/colunaaberta.htm