Método de Karl-Fisher

É um processo de determinação de umidade baseado em reações que ocorrem na presença de água.
Titulador Karl Fischer – equipamento para laboratório – utilizado em análises de umidade para amostras líquidas, sólidas ou gasosa.
O reagente Karl Fisher (RKF) é constituído por uma mistura de iodo, dióxido de enxofre e piridina em metanol, com este reagente podem ser determinadas pequenas quantidades de água. Ocorre uma reação onde o iodo é reduzido pelo dióxido de enxofre, na presença da água:
I2 + SO2 + 2 H2O   2 HI + H2SO4 (reação complexa e não estequiométrica)

O procedimento do método se baseia numa titulação visual ou eletrométrico. O I2 é reduzido para o Iodo na presença de água. Quando toda água da amostra for consumida, a reação cessa. A titulação direta usualmente fornece a água total, ou seja, água livre mais a água de hidratação. O volume de RKF gasto na titulação da amostra é então utilizado nos cálculos do teor de umidade.
Por ser o reagente de Karl Fischer um dessecante poderoso, a amostra e o reagente devem ser protegidos  contra a umidade atmosférica em todos os procedimentos.

Exemplo de aplicação: é aplicado em amostras que não dão bons resultados pelo método de secagem a vácuo. Os produtos que são analisados são geralmente produtos com baixo teor de umidade como frutas e vegetais desidratados, balas, chocolates, café torrado, óleos e gorduras. É também utilizado em produtos ricos em açúcares, como mel, e produtos ricos em ambos, açúcares redutores e proteínas, como cereais. O método pode ser aplicado também em produtos de níveis de umidade intermediários como produtos panificados, misturas prontas para bolos ricas em gorduras e também em produtos com altos níveis de óleos voláteis.

Fonte:

  • http://www.feagri.unicamp.br/ctea/manuais/analise_matbiologico.pdf

Destilação azeotrópica

A destilação azeotrópica é um processo de separação realizado quando a mistura contendo os componentes que precisam ser separados forma um azeótropo ou apresentam baixa volatilidade relativa.
Azeótropo é uma mistura de duas ou mais substâncias que, a certa composição, possui um ponto de ebulição constante e fixo, como se fosse uma substância pura, não podendo, por isso, seus componentes serem separados por processo de destilação simples.
A mistura azeotrópica entra em ebulição a uma temperatura constante T como se fosse uma substância pura. O gráfico do aquecimento da mistura azeotrópica mostra que durante a ebulição a temperatura T permanece constante.
Dean-Stark
Em um dos processos, um componente chamado componente de arraste é adicionado à mistura original, formando um novo azeótropo que deve ser do tipo heterogêneo, ou seja, deve ocorrer a formação de duas fases líquidas. Normalmente utiliza-se a montagem do tipo Dean-Stark.
O novo azeótropo formado é retirado no topo (azeótropo de mínimo) ou no fundo (azeótropo de máximo ponto de ebulição) da coluna de destilação, enquanto que um dos componentes da mistura original é obtido puro na outra extremidade da coluna. Uma segunda coluna deve ser utilizada para realizar a separação do componente de arraste.
Outro método de "quebra" do azeótropo se baseia no fato que a composição deste depende da pressão na qual é feita a destilação, ou seja, deve-se mudar a pressão na qual é feita a destilação da mistura para alterar a sua composição.
Etanol, mistura azeotrópica.
O álcool etílico e a água formam um azeótropo que possui 95,6 % de álcool (etanol). A adição de benzeno a mistura forma outro azeótropo que permite obter álcool anidro. Devido ao fato do benzeno ser tóxico e carcinogênico, ele tem sido substituído por outras substâncias, tais como etilenoglicol, n-hexano, dentre outras.
O ácido clorídrico forma um azeótropo com a água que possui cerca de 21% de HCl à pressão ambiente de 1 bar. Destilação a uma pressão diferente pode ser percebida pela titulação do destilado.
Dois tipos de Dean-Stark armadilhas existir - uma para utilização com solventes, com uma densidade inferior à da água (como mostrado na figura no lado esquerdo) e uma para uso com solventes, com uma densidade maior do que a água.
O aparelho de Dean-Stark em laboratório consiste tipicamente de pedaço cilíndrico vertical de vidro (na armadilha, acima de peça 9 ), muitas vezes com uma graduação volumétrica em seu comprimento total e uma torneira de precisão no fundo muito parecido com uma bureta . O topo do cilindro é um encaixe com o fundo do condensador de refluxo ( 5 ). Saliente a partir do topo do cilindro tem uma inclinação de braço lateral para o balão de reação ( 2 ). No final do lado do braço faz uma curva fechada de modo que a extremidade do braço lateral ( 3 ) é vertical. Esta extremidade se conecta com o reator.
Durante a reação em ( 2 ), os vapores que contêm o solvente da reação e do componente a ser removido viajar para fora do balão de reação para dentro do condensador ( 5 ), e, em seguida, por gotejamento na armadilha de destilação (acima de 9 ). Aqui, não miscíveis com líquidos separados em camadas. Quando o (menos superior densa camada) atinge o nível do braço lateral pode fluir de volta para o reator, enquanto que a camada de fundo permanece na armadilha. A armadilha está na capacidade máxima quando o nível inferior atinge o nível do braço lateral, para além deste ponto, a camada inferior começaria a fluir de volta para dentro do reator também. É, portanto, importante para sugar ou drenar a camada inferior do aparelho de Dean-Stark, tanto quanto necessário.




Um aparelho de Dean-Stark em uso; folha de alumínio é utilizado para reduzir as perdas de calor por radiação

Fonte:

  •  http://pt.wikipedia.org/wiki/Destila%C3%A7%C3%A3o_azeotr%C3%B3pica
  • http://alfaconnection.net/pag_avsf/fqm0402.htm
  • http://en.wikipedia.org/wiki/Dean-Stark_apparatus



Isomeria Espacial Óptica

A isomeria espacial óptica é aquela que apresenta um carbono com quatro ligantes diferentes entre si. Para este carbono damos o nome de assimétrico ou Quiral. Está identificado com um asterisco (*).
 

Quiralidade

Quando falamos em moléculas com imagens especulares não superponíveis (enantiômeros), falamos em termos de quiralidade. Um objeto quiral é aquele que possui a propriedade de "lateralidade", ou seja, é um objeto que não pode ser colocado sobre a sua imagem especular de forma que todas as partes coincidam. Em outras palavras, um objeto quiral não é superponível à sua imagem especular. O exemplo mais comum é cada uma das nossas mãos, que guardam a relação de imagem especular entre si (esquerda e direita), mas não podem ser sobrepostas. A mão é, portanto, um objeto quiral.

ReproduçãoA quiralidade tem uma importância muito grande no dia-a-dia. Muitos medicamentos são quirais. Normalmente, apenas uma forma de imagem especular de uma droga fornece o efeito desejado. A outra forma de imagem especular é geralmente inativa, menos ativa, ou mesmo nociva à saúde, provocando efeitos colaterais sérios ou toxicidade.  


O polarímetro e a Luz polarizada

Uma das propriedades características de moléculas quirais é a capacidade de desviar o plano de propagação da luz polarizada. O aparelho utilizado para medir esse desvio é o polarímetro.
 Aparelho polarímetro: análise de uma amostra dextrogira. 
  1. Substâncias que desviam a luz polarizada para a direita chamam-se dextrógira (do latim dexter, direito), e nesse caso utiliza-se o símbolo (+) antes do nome do composto. 
  2. Substâncias que desviam a luz polarizada para a esquerda chamam-se levógira (do latim laevus, esquerda) , e nesse caso utiliza-se o símbolo (-)  antes do nome do composto.
  3. Um composto que não desvia o plano de luz polarizada é considerado opticamente inativo, e um que desvia é opticamente ativo.

Estereoisômeros com 1 carbono Assimétrico

Toda substância que apresenta um carbono assimétrico, ou seja, quatro grupos ligados a um carbono sp³  e possuem dois isômeros espaciais: um dextrógiro e um levógiro.
Enantiomorfos, Antípodas ópticos: são compostos que são imagens especulares um do outro, ou seja não são superponíveis, desviam a luz polarizada de um mesmo ângulo (ativos), só que para lados opostos.

 
 
Exemplo: ácido lático ou ácido 2-hidróxi-propanóico
Observe que há quatro grupos diferentes nesta molécula: H, CH3, OH, COOH.
Se pudéssemos colocar um espelho na frente da molécula do ácido lático, visualizaremos a seguinte molécula:

O ácido lático recebe o nome D e a sua imagem especular (imagem do espelho), o nome L.

Então as duas moléculas de ácido lático desviam a luz plano polarizada porém uma para um lado e a outra para o outro.
Ambos provocam o mesmo desvio angular, porém em sentidos opostos. Ao olharmos estas duas estruturas vemos que são quimicamente e fisicamente iguais, mas fisiologicamente são diferentes. 
Como se faz a distinção entre elas? Como se tratam de isômeros opticamente ativos, usamos a classificação dextrogiro e levogiro. As letras “d e l” são usadas na nomenclatura:
  • Ácido levoláctico → ácido l-láctico ou ácido (-) lático: presente na fermentação de açúcares.
  • Ácido dextroláctico → ácido d-láctico ou ácido (+) lático: presente nos músculos. 
Os dois isômeros de ácido lático podem ser chamado de par de enantiomorfos ou antípodas ópticos.

Substâncias com dois átomos de carbono assimétricos diferentes

Existem algumas moléculas que possuem diversos carbonos assimétricos ou quirais. Teremos quatro moléculas espacialmente diferentes: duas dextrógiras e duas levógiras.
Veja o exemplo do ácido α-hidróxi-β-metil-succínico:
Text Box:                H     H                  |       |  HOOC – C* – C* – COOH                   |       |                OH   CH3
Nesta substância, temos dois carbonos assimétricos e diferentes entre si.
Este composto apresenta quatro isômeros opticamente ativos e distintos entre si, que podem ser representados desta forma:
Text Box:   COOH                     COOH                     COOH                  COOH         |                               |                               |                            |  H – C* – OH         HO – C* – H              H – C* – OH       HO – C* – H          |                               |                               |                             |  H – C – CH3            CH3 – C* – H           CH3 – C* – H            H – C – CH3         |                               |                               |                             |    COOH                     COOH                       COOH                 COOH                           A                              B                               C                           D
A diferença entre os quatro compostos é indicada pelas posições dos grupos OH e CH3, que as vezes estão na esquerda e outra vez à direita da fórmula.
  1. Os isômeros A e B são antípodas ópticos, sendo que um é dextrógiro e o outro levógiro.
  2. Os isômeros C e D são antípodas ópticos, sendo que um é dextrógiro e o outro levógiro.
  3. Observe que A e B; C e D são imagens especulares uma da outra. É como se houvesse um espelho na frente de cada uma destas moléculas. Elas são Enantiômeros.
  4. Os isômeros A e C; A e D; B e C; B e D não são imagens especulares um do outro. Eles são Diasteroisômeros



ReproduçãoDiasteroisômeros

São isômeros ópticos não enantiomorfos entre si, ou seja, não são imagens especulares um do outro, desviam a luz polarizada em Ângulos diferentes (ativos) e só ocorrem em compostos com mais de um C* na molécula. Apresentam propriedades físicas e químicas diferentes e podem ser separados por  destilação fracionada, cristalização ou cromatografia.
 

Para saber quantos isômeros ópticos existe, podemos calcular de acordo com o número de carbonos assimétricos. 
Na molécula do ácido α-hidróxi-β-metil-succínico existem dois carbonos assimétricos. Então aplicando a fórmula:
Text Box:                H     H                  |       |  HOOC – C* – C* – COOH                   |       |                OH   CH3
  • SOA = 2n, sendo n o número de carbonos quirais.
  • SOI = 2n-1, isômeros racêmicos.
Portanto, na estrutura acima temos 2 dois carbono quirais (C*), então:
  • SOA = 2n = 22 = 4 isômeros ativos (d1l1 e d2l2)
  • SOI = 2n-1 = 22-1 = 2 racêmicos (r1,r2)
 
Uma mistura racêmica ou Racemato é definida como uma mistura de dois enantiômeros, com quantidades iguais, sendo um dextrógiro (d-) e o outro levógiro (l-). Sendo assim, um feixe de luz que incide sobre essa mistura não é desviado para a direita e nem para a esquerda, seguindo paralelo ao eixo das abscissas. 

Substâncias com 2 átomos de carbono assimétricos iguais

Teremos 3 moléculas espacialmente diferentes: uma dextrógira, uma levógira e uma opticamente inativa chamada MESO.
Composto Meso: é um isômero inativo por compensação interna, ou seja é um composto que possui dois carbonos assimétricos (2C*) com ligantes iguais e um dos carbonos desvia a luz polarizada de um ângulo µ para a direita e o outro C* desvia a luz polarizada de um ângulo µ para a esquerda, portanto o desvio final será nulo.
Apesar de serem assimétricos, eles não são quirais, uma vez que são superponíveis. Compostos meso são opticamente inativos, ou seja, não desviam o plano da luz polarizada. 
Para identificar facilmente o composto meso, basta verificar a presença de um elemento de simetria, com um plano, na molécula. Plano de simetria é o plano que divide a molécula ou qualquer objeto em duas partes iguais, de modo que uma seja imagem especular (espelho) da outra.
 
Neste caso teremos 4 isômeros:
SOA = dextrógira e levógira
SOI = racêmico e meso


 

Fonte

  • Barbosa, Luiz Cláudia de Almeida. Introdução à Química Orgânica. 2ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
  • http://www.soq.com.br/conteudos/em/isomeria
  • http://www.mundovestibular.com.br/articles/77/1/ISOMERIA-/Paacutegina1.html
  • http://www.infoescola.com/quimica/isomeria/
  • http://www.infoescola.com/quimica/mistura-racemica/
  • http://www.algosobre.com.br/quimica/isomeria.html

Isomeria CIS-TRANS

Os Estereoisômeros são os isômeros que só pode ser explicada por meio de fórmulas estruturais espaciais. As ligações dos átomos obedecem a mesma ordem mas tem geometria diferentes. Só ocorre em compostos que apresentam duplas ligações ou em compostos cíclicos, o que impede a livre rotação dos átomos.
Os estereoisômeros podem ser subdivididos em: Isomeria Geométrica CIS-TRANS, e Isomeria Óptica.

Isomeria Geométrica CIS-TRANS

A isomeria geométrica cis-trans ocorre quando um par de isômeros apresentam a mesma fórmula molecular, mas são diferentes em suas fórmulas estruturais.
  • Isomeria CIS: Indicando átomos iguais de um mesmo lado em relação aos carbonos da dupla. A palavra cis vem do latim e significa “aquém de”.
  • Isomeria TRANS: Indicando que os átomos estão em posições transversais ou opostas em relação aos carbonos da dupla. A palavra trans vem do latim e significa “além de”.
  cis-2-buteno                                                    trans-2-buteno 

Pode ocorrer CIS-TRANS em dois casos:
  • Em compostos com ligação dupla
  • Em compostos cíclicos
     

Compostos com ligação dupla

Os isômeros deverão ter carbonos unidos por uma dupla ligação e ligantes diferentes presos a cada carbono da dupla ligação.
Seja a ligação dupla entre C = C e seus ligantes a, b, c, d, a condição para que ocorra a isomeria geométrica cis-trans deve ter seus ligantes a e b diferentes e c e d diferentes.
Assim:
Text Box:   a           c      \         /               a ≠ b       C = C                c ≠ d       /         \     b         d
Exemplos:
A fórmula molecular C2H2Cl2 pode representar duas moléculas com fórmulas estruturais diferentes.
Text Box: Cl           Cl                 H          Cl     \           /                     \          /       C = C                        C = C      /           \                     /          \   H            H                Cl           H         1,2-dicloro-eteno          1,2-dicloro-eteno
Obseve que os átomos ligantes H e Cl estão no mesmo lado na fórmula à esquerda. Estão em posições opostas na fórmula à direita. Por este motivo, damos nomes diferentes para estes isômeros.
Nomenclatura correta destes isômeros:
Text Box: Cl           Cl                 H          Cl     \           /                     \          /       C = C                        C = C      /           \                     /          \   H            H                Cl           H

Compostos Cíclicos

Para que esta isomeria ocorra em compostos cíclicos é necessário que pelo menos dois carbonos do ciclo apresentem ligantes diferentes entre si.
Nesta molécula os ligantes dos carbonos são diferentes:

Exemplos:

Este caso especial de isomeria também pode ser chamado de isomeria baeyeriana, em homenagem ao cientista Adolf von Baeyer.

 

Fonte

  • Barbosa, Luiz Cláudia de Almeida. Introdução à Química Orgânica. 2ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
  • http://www.soq.com.br/conteudos/em/isomeria http://www.mundovestibular.com.br/articles/77/1/ISOMERIA-/Paacutegina1.html
  • http://www.infoescola.com/quimica/isomeria/
  • http://www.algosobre.com.br/quimica/isomeria.html
 

Desvio padrão amostral

Em probabilidade e Estatística, o desvio padrão é a medida mais comum da dispersão estatística. O desvio padrão define-se como a raiz quadrada da variância. É definido desta forma de maneira a dar-nos uma medida da dispersão que:
  1. seja um número não-negativo;
  2. use a mesma unidade de medida dos dados fornecidos inicialmente.
Faz-se uma distinção entre o desvio padrão σ (sigma) do total de uma população ou de uma variável aleatória, e o desvio padrão de um subconjunto em amostra.
O termo desvio padrão foi introduzido na estatística por Karl Pearson no seu livro de 1894: "Sobre a dissecção de curvas de frequência assimétricas".

Variância

A variância é a soma dos quadrados dividida pelo número de observações do conjunto menos uma. A variância é representada por s2, sendo calculada pela fórmula:
∑ (xi – Média)2 / (n – 1)
Ou seja,
s2 = SQ / (n-1)

Desvio padrão amostral

Se uma variável aleatória \operatorname{X} toma os valores  \operatorname{x}_1,\dots,\operatorname{x}_n , então o desvio padrão para esta amostra de n números (ou desvio padrão amostral) pode ser calculado da seguinte forma. Primeiro calcula-se a média de  \operatorname{X}, \overline{x}, através de:
\overline{x} = \dfrac{1}{n}\sum_{i=1}^n x_i = \dfrac{x_1+x_2+\cdots+x_n}{n}
Depois, o desvio padrão amostral é calculado como:
s = \sqrt{\dfrac{1}{n-1} \sum_{i=1}^n (x_i - \overline{x})^2}
A divisão por n-1 aparece quando exigimos que a variância amostral \operatorname{s}^2 seja um estimador não tendencioso da variância populacional \operatorname{\sigma}^2.
Quando os dados estão agrupados(frequência) temos:
s = \sqrt{\dfrac{1}{(\sum_{i=1}^k {f_i})-1} \sum_{i=1}^k ((x_i - \overline{x})^2 \times f_i)}
onde k é o número de observações diferentes.
Em outras palavras, o desvio padrão amostral de uma variável aleatória X pode ser calculada como:
  1. Para cada valor  x_i calcula-se a diferença x_i - \overline{x} entre  x_i e o valor médio \overline{x}.
  2. Calcula-se o quadrado dessa diferença. No caso dos dados estarem tabelados (com frequências), multiplica-se cada um destes quadrados pela respectiva frequência.
  3. Encontra-se a soma dos quadrados das diferenças. No caso dos dados estarem tabelados (com frequências), a soma é a dos produtos dos quadrados das diferenças pela respectiva frequência.
  4. Divide-se este resultado por: (número de valores - 1), ou seja,  (n-1). Esta quantidade é a variância  s^2 .
  5. Tome a raiz quadrática deste resultado.
O desvio padrão também pode ser calculado quando não se sabe a média dos dados. O cálculo é feito conforme a fórmula:

s = \sqrt{\frac{\sum x_i^{2} - \frac{1}{n} (\sum x_i)^{2}}{n-1}}



Ou seja:
desvio-padrao-formula-magistral


Em que:
s = desvio padrão da amostra;
\overline{x}. = média dos valores obtidos nas unidades testadas;
n = número de unidades testadas;
x1; x2; x3 ..............xn = valores individuais xi das unidades testadas;
n –1 = número de cápsulas testadas menos um. Exemplo: 20 cápsulas testadas: n -1 = 19.

De acordo com a literatura técnica farmacêutica e farmácia galênica, recomenda-se adotar como tolerância para o desvio padrão o valor de 5%.

Exemplo:

Como calcular o desvio padrão de 3,5,2,1,3,4,6,9,3?
  • O primeiro passo para o cálculo do desvio padrão é calcular a média () dos valores.


Assim:
\overline{x}. = ∑ xi/n
\overline{x}.= 3+5+2+1+3+4+6+9+3 / 9
\overline{x}. = 36/9
\overline{x}. = 4


  • O segundo passo é calcular (xi - \overline{x}., onde xi é cada um dos valores. Assim teremos:

(3-4)² = (-1)² = 1
(5-4)² = (1)² = 1
(2-4)² = (-2)² = 4
(1-4)² = (-3)² = 9
(3-4)² = (-1)² = 1
(4-4)² = (0)² = 0
(6-4)² = (2)² = 4
(9-4)² = (5)² = 25
(3-4)² = (-1)² = 1


  • O terceiro passo é calcular a variância (s²):

s² = ∑ (xi – \overline{x}.)2 / (n – 1)
s² = 1+1+4+9+1+0+4+25+1
s² = 46/(n-1)
s² = 46/(9-1)
s² = 46/8
= 5,75
Esse valor é chamado de variância.


  • Finalmente, o desvio padrão (s) é a raiz quadrada da variância, isto é,

s= √s²
s = √5,75 = ~ 2,3979

FONTE


  • http://www.racine.com.br/portal-racine/farmacias-e-drogarias/manipulacao-magistral/a-importancia-da-analise-do-peso-medio-desvio-padrao-e-coeficiente-de-variacao-na-manipulacao-de-medicamentos-para-a-farmacia-com-manipulacao
  • http://www.infoescola.com/estatistica/variancia-e-desvio-padrao
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Desvio_padr%C3%A3o