Reações de Oxidação-redução (Redox)

A oxidação é um processo no qual uma substância química perde um ou mais elétrons, tornando-se “oxidada”. A redução é um processo no qual uma substância química ganha um ou mais elétrons, tornando-se “reduzida”. A oxidação deve sempre ocorrer quando há redução e a redução está sempre presente durante a oxidação e, por isso, uma reação que envolve ambos os processos é chamado de reação de oxidação-redução (ou reação redox). As reações de oxidação-redução também são conhecidas como reações eletroquímicas, que podem ser definidas como reações que envolvem a troca de elétrons entre as substâncias químicas. O campo de estudo das reações eletroquímicas e suas aplicações é denominada eletroquímica.

Equação geral

Oxidação: Red¹ → Ox¹ + ne- 
Redução: Ox + ne- → Red 

Reação Global: Ox + Red¹→ Red + Ox¹ 

Ox: sofre redução 
Ox¹: forma oxidada de Red¹.
Red¹: se oxida enquanto n elétrons são transferidos de Red¹ para Ox. 
Red: forma reduzida de Ox.




Exemplo 1
Oxidação: 2Fe   →  2Fe² + 4e-
Redução: O2 + 4H + + 4e-  → 2H2O
Reação global: 2Fe + O2 + 4H + → 2Fe2 + 2H2O
  
Exemplo 2
 






Exemplo 3

Equação geral: 


  • A semi-equação de oxidação é: 
  • A semi-equação de redução é: 
  • O é a espécie que perde elétrons (oxidou), é o agente redutor.
  • O  é a espécie que ganha elétrons (reduziu), é o agente oxidante.


Os pares redox conjugados são e .


Fonte:

  • Vogel, A. Química Analítica Qualitativa. 5ª edição. Mestre Jou, 1981.
  • http://profs.ccems.pt/PauloPortugal/CFQ/redox/redox.htm


Leite de Magnésia

O hidróxido de magnésio [Mg(OH)2] quando disperso em água, numa concentração aproximada de 7%, dá origem a um líquido branco e espesso, muito conhecido como leite de magnésia. Trata-se de uma solução básica, de pH próximo de 10,5, densidade de 2,38 g/cm³, cor branca opaca, levemente viscosa e não tóxica.
 
 
 
 Existe uma série de utilizações para o leite de magnésia:
  • Por ser uma substância alcalina, o leite de magnésia é muito utilizado como antiácido, neutralizando a hiperacidez estomacal e reduzindo a sensação de queimação;
  • Essa suspensão possui propriedades laxativas: em reação com o ácido clorídrico (HCl) do suco gástrico, é produzido, além da água, o cloreto de magnésio (MgCl2), uma substância higroscópica, ou seja, capaz de absorver umidade, o que lubrifica as paredes do intestino e intensifica os movimentos peristálticos, eliminando a constipação intestinal (popularmente conhecida como prisão de ventre). Além disso, o leite de magnésia também estimula a liberação da colecistoquinina, um dos principais hormônios que controlam o processo de digestão.
  • Devido ao seu caráter adstringente, o leite de magnésia é largamente empregado como redutor da oleosidade da pele. Também atua como antisséptico, amenizando a acne.
  • Essa base é muito usada como substituinte do desodorante, uma vez que é capaz de neutralizar os ácidos carboxílicos que compõem o suor, responsáveis pelos odores desagradáveis da transpiração das axilas e dos pés.
  • Em laboratórios de Química, é frequente o uso do leite de magnésia como antídoto de ácidos fortes, entre eles, o ácido sulfúrico (H2SO4) e o ácido clorídrico (HCl).
  • É comum, ainda, a utilização do leite de magnésia na fabricação do primer, um tipo especial de pré-maquiagem que muito auxilia na fixação de bases e pós compactos. Existe também a tinta primer à base de leite de magnésia utilizada no preparo de superfícies, o que confere à pintura uma maior aderência.

Fonte

http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/leite-de-magnesia/

Prática de Análise granulométrica

A análise granulométrica consiste na determinação das dimensões das partículas que constituem as amostras.
O método de tamisação envolve o uso de um conjunto de tamises padrão compreendendo a faixa de tamanho requerida. Os tamises são sobrepostos em ordem decrescente, o pó é colocado no tamis situado acima, os tamises são submetidos à agitação, a quantidade de pó retida sore cada um deles é pesada e é realizado o cálculo.

Granulometria de 100g de sacarose

Objetivo: Determinação do tamanho das partículas e da sua distribuição em determinado intervalo.

O objetivo da análise granulométrica em farmácia é obter dados quantitativos sobre o tamanho, a distribuição e a forma do fármaco e de outros componentes usados em formulações farmacêuticas.

Materiais e métodos

  • Vidro de relógio 
  • Espátula 
  • Balança semi-analítica de prato largo 
  • Tamis 
  • Gral 
  • Pistilo 
  • Analisador granulométrico
a) Agitador eletromagnético (Analisador granulométrico) e Tamis para análise granulométrica. 
b) Distribuição das partículas nos Tamis. 

Tamis: Formada por uma fina malha, circundada geralmente por bronze ou metal inoxidável por onde passam principalmente pós, com a finalidade de reduzir o tamanho de partícula e produzir pós com tamanhos desejados. A malha do Tamis tem tamanhos definidos, que produzem pós de diferentes tamanhos: Muito Grosso; Grosso; Moderadamente Grosso; Fino e Muito Fino. Ele também pode ser usado para fazer o controle granulométrico de pós.

Procedimento

  1. Pesa-se o Tamis vazio: nº 40, 60, 70, 80, 100. Anote o resultado de cada um; 
  2. Realiza-se 4 pesagens de 25g de sacarose, obtendo 100g ao final do processo; 
  3. Coloca-se 100g de sacarose no gral com pistilo para fazer a trituração; 
  4. Na base, em contato com o analisador granulométrico, coloca-se o coletor e, em seguida, os tamises. Empilhe os tamises em ordem decrescente (nº do Tamis: 100, 80, 70, 60, 40) no analisador granulométrico; 
  5. Coloca-se a sacarose triturada no primeiro Tamis e liga o analisador granulométrico por 30min; 
  6. Decorrido os 30min, desligue o aparelho e retire os tamises em ordem crescente; 
  7. Pesam-se os tamises cheios.


Analisador Granulométrico
Tamis de nº 40 cheio sendo pesado na balança semi-analítica de prato largo 


Tabela de Cálculo

Nº tamis
Abertura de mallha (mm)
Peso tamis pós equipo (g)
Peso tamis vazio (g)
Peso retido (g)
% retido
% retido x abertura de malha
40
425
460,62
426,22
34,4
35,22
14968,5
60
250
436,88
399,10
37,78
38,68
9670
70
212
413,98
400,65
13,33
13,65
2893,8
80
180
401,42
390,82
10,60
10,85
1953
100
150
384,06
382,50
1,56
1,60
240
Peso da amostra
100g


= 97,67
100%
= 29725,3
Peso do coletor

358,11
355,44
2,67



d= 29725,3 / 100 = 297,253 mm( mm por causa da abertura da malha)

Conclusão

As características físico-químicas relacionadas ao fármaco, tais como tamanho de partícula, forma cristalina e solubilidade, podem influenciar significativamente na velocidade de dissolução e biodisponibilidade das formulações farmacêuticas. Além disso, o conhecimento do tamanho e da distribuição do tamanho de partícula é um pré-requisito fundamental para muitas operações de produção e processamento envolvendo sistemas de materiais particulados.

A distribuição do tamanho de partícula influi significativamente em várias etapas da produção como o transporte, compactação, etc. além de afetar microestrutura do material, influenciando na resistência mecânica, na densidade e nas propriedades térmicas e elétricas dos produtos acabados. Portanto a sua determinação é uma etapa crítica em todos os processos que de alguma maneira envolvam materiais na forma de pós. Caso realizada incorretamente podem ser geradas perdas econômicas decorrentes de produtos de baixa qualidade.

A determinação de valores exatos de tamanho de partícula é extremamente difícil e encontra obstáculos diferentes para cada uma das técnicas. Por esta razão, para medidas de controle de processo a reprodutibilidade passa a ser mais importante; porém no desenvolvimento de novos produtos, a exatidão da análise pode ser fundamental.

Como cada técnica de análise é baseada em princípios físicos diferentes, os resultados obtidos por estas análises podem também ser diferentes. Além disso, os fabricantes de equipamentos de análise usam projetos de construção distintos, o que também pode acarretar em resultados diferentes mesmo entre equipamentos que utilizam o mesmo princípio físico básico.

Fonte

  • Formas farmacêuticas e sistema de liberação de fármacos. Loyd V. Allen Jr et al. 8ª ed. - Porto Alegre: Artmed, 2007. 
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Tamis 
  • http://farmacotecnico.blogspot.com.br/2009/04/granulometria.html

Azia? Não tome leite nem quente nem frio.

Mas qual é o problema do leite ? O leite é um alimento de grande polêmica quando se fala da azia. Há quem acredite que pode-se amenizar a situação, o que de fato acontece nas primeiras horas, piorando após algum tempo.

Quando ingerimos muitos alimentos ácidos é comum sentirmos azia. Mas por quê? Acontece que o nosso estomago produz o suco gástrico, que é responsável por ajudar na quebra dos alimentos, e o suco gástrico é composto de ácido clorídrico (HCl). Assim existe um acúmulo de ácidos no nosso estomago, proveniente de alimentos e também do suco gástrico, gerando assim a “azia”.

É comum tomarmos um antiácido estomacal quando sentimos azia, por exemplo sal de eno, leite de magnésia, bicarbonato de sódio, entre outros. Em geral esses antiácidos possuem em sua composição uma base, no caso do leite de magnésia a base é o Hidróxido de Magnésio [Mg(OH)2]. Ao chegar ao nosso estomago as bases reagem com o ácido clorídrico, neutralizando-o. Dessa forma cessa-se a azia. A reação de um ácido com uma base produz sal e água. 

Essa reação e chamada de reação de neutralização. A reação do ácido clorídrico com o leite de magnésia é a seguinte:
          2 HCl + Mg(OH)→ MgCl2 + 2 H2O
O sal formado é o Cloreto de Magnésio.

Então, e o leite? É o seguinte: as gorduras, proteínas e o cálcio no leite estimulam a produção de ácidos no estômago. Algumas pessoas aconselham o leite para a azia – mas há um problema. Sabe bem quando desce, mas estimula a secreção de ácidos no estômago. Outros alimentos que relaxam o esfíncter, e que devem ser evitados para aliviar ou evitar a azia, incluem a cerveja, vinho, outras bebidas alcoólicas e tomate.

FONTE: 
  • http://www.mundoeducacao.com.br/saude-bem-estar/azia.htm 
  • http://quipibid.blogspot.com.br/2011/05/o-que-e-um-acido.html
em 19/03/2013 ás 1h 35min

Cursos no Scientia

Conversei no dia 18/03/13 com Professor Valdir Tutunji onde tive toda segurança para recomendar e me inscrever nos simpósios e cursos do site.

O valor cobrado é simbólico para manutenção do site e o conteúdo é sensacional. Os certificados emitidos têm validade para o cumprimento de horas complementares, obrigatórias para a conclusão de cursos de graduação.

O Scientia faz parte de uma iniciativa para divulgar as ciências básicas e aplicadas, promovendo a formação, atualização e o aperfeiçoamento aos interessados nas áreas de educação, biologia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina, nutrição e a outras correlacionadas.

O Scientia foi idealizado, criado e é mantido pelo Prof. Valdi Tutunji, bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela Faculdade de Humanidades Pedro II, que possui pós graduação lato sensu em Laboratório de Saúde Pública, pela Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ. Foi Professor e Coordenador do Curso de Biomedicina do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Atualmente é professor das disciplinas de microbiologia médica, aspectos laboratoriais do diagnóstico clínico e clínicas integradas do Curso de Medicina da Faculdade Atenas (Paracatu/MG). É membro da Sociedade Brasileira de Microbiologia e da International Society for Human and Animal Mycology.


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Taquifilaxia x Tolerância medicamentosa

Caso clínico: 
Um paciente precisando fazer cirurgia bariátrica, com peso muito acima do desejável para cirurgia segura, começou um tratamento com anfepramona 25mg (Dualid), visando perder, pelo menos, 30 kg no período de 2 meses. Passados 1 mês de tratamento, com redução de peso de 10 kg, o medicamento não correspondia mais ao efeito desejado. Em nova visita ao médico, este aumentou a dose do medicamento para 75 mg, voltando o medicamento a fazer efeito. Com base neste relato, o paciente pode ter desenvolvido taquifilaxia ou tolerância? 

Para respondermos, precisamos compreender melhor o que é Taquifilaxia e Tolerância medicamentosa.

Tolerância medicamentosa

É a diminuição do efeito de uma medicação por exposição excessiva do paciente ao seu princípio ativo. 
Diz-se que a tolerância a drogas se desenvolve quando se torna necessário aumentar a dosagem da droga para atingir o mesmo nível de efeito terapêutico que era alcançado quando a droga foi introduzida pela primeira vez. A tolerância pode acompanhar a dependência da droga ou pode ter uma significância farmacoterapêutica especial quando é de natureza farmacodinâmica (envolvendo uma reduzida capacidade de resposta dos receptores) ou farmacocinética (envolvendo uma taxa aumentada de biotransformação). Por exemplo: morfina e drogas relacionadas, drogas bloqueadoras de adrenalina que são usadas no tratamento da hipertensão.

Taquifilaxia

Uma tolerância aguda aos efeitos de uma droga, devida a uma causa farmacodinâmica que se desenvolve rapidamente, é denominada taquifilaxia.
taquifilaxia em farmacologia é nome dado ao fenômeno de rápida diminuição do efeito de um fármaco em doses consecutivas. É a tolerância desenvolvida após poucas doses absorvidas do produto, por depleção do mediador disponível.



Então, o que você acha que aconteceu com o paciente?


Diethylpropion.png
(RS)-2-diethylamino-1-phenyl-propan-1-one 
A anfepramona (cloridrato), também conhecida como dietilpropiona, é um fármaco anorexígeno, auxiliar no tratamento da obesidade. Possui atividade similar mas de menor potência estimulante à anfetamina e trata-se de uma amina simpaticomimética. 

A anfepramona tem ação no Sistema Nervoso Central. Produz efeito anorexígeno-saciogênico ao atuar no centro hipotalâmico da saciedade. Além disso, provoca estímulo no SNC, pode elevar a pressão arterial e produz efeito de tolerância. Em associação com uma dieta alimentar ficou estabelecido ser mais eficaz que a administração de uma dieta e placebo.
Atua na liberação da noradrenalina. Este, age nos núcleos hipotalâmicos laterais inibindo a fome. Tem potencial de dependência e gera tolerância (são necessárias doses maiores com o passar do tempo para obter o mesmo efeito), além de alterações psíquicas.


O efeito do medicamento diminui com seu uso.



Fonte: 

  • http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/12465/dessensibilizacao-e-taquifilaxia#ixzz2NFfNcYD4
  • http://www.areaseg.com/toxicos/toxicologia.html


Atualizado por Patricia Dias

A Maldição da Profissão Farmacêutica

Conta a lenda que quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre medicina e medicamentos, determinou que aquele "SABER" ficaria restrito a um grupo muito pequeno e selecionado.
Entretanto, nesse pequeno grupo, onde todos se consideravam "semi-deuses", já havia aquele que trairia as determinações divinas... Foi aí que o pior aconteceu!

Deus, bravo com a traição resolveu fazer valer alguns mandamentos:

1º Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
2º Não verás teu filho crescer.
3º Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera.
5º A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o china in box.
6º Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho;
8º Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9º Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que entendem de remédio e as que não entendem. E verás graça nisso.
11º A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te farás mais efeito.
12º Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
13º Terás sonhos, com remédios, e não raro, resolveras problemas de trabalho neste período de sono.
14º Exibirás olheiras como troféu de guerra.
15º E, o pior... Inexplicavelmente gostarás de tudo isso!