Introdução sobre Neoplasia (vídeo)

http://www.youtube.com/watch?v=252M5wqc234

Vídeo interessante para uma melhor compreensão sobre neoplasias.
De Fernando Mafra

Sulfato de Atazanavir terá produção nacional em 2013

A partir de 2013 começará a ser distribuído na rede pública de saúde mais um medicamento com o rótulo nacional para o tratamento da Aids: o Sulfato de Atazanavir.




Fórmula molecular: C38H52N6O7. H2SO4
Atazanavir é um fármaco antirretroviral da classe dos inibidores da protease (IP), utilizado para tratar a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), assim como para pessoas que não queiram adquirir tal infecção em seu organismo.




No dia 30 de Novembro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou, no Rio de Janeiro, da cerimônia de oficialização do processo de transferência de tecnologia para a produção do medicamento no país. A produção nacional do Atazanavir será possível graças a uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) firmada entre o Ministério da Saúde – por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) – e o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb. O antirretroviral, distribuído aos pacientes do SUS, é utilizado por cerca de 45 mil pessoas – cerca de 20% do total de pacientes. Padilha disse que, apesar dos avanços no tratamento e combate à epidemia, ainda há muito o que fazer. 
“De cada quatro brasileiros que contraíram o HIV, apenas um sabe que tem o vírus. Mas iniciativas como esta, que permitirá produzir o Atazanavir no país, representam um passo concreto e decisivo na estratégia que reúne produção, inovação tecnológica, prevenção e promoção da saúde. Também estamos no caminho certo para, até 2015, alcançarmos a meta de interromper a transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV. E quase metade dos antirretrovirais usados pelo programa do governo federal já são fabricados no país”, comemorou o ministro da Saúde. Atualmente, o Atazanavir é importado e a expectativa é de que o Ministério da Saúde economize cerca de R$ 385 milhões durante os cinco anos de parceria.
Os presidentes da Bristol-Myers Squibb, Gaetano Crupi, e da Fiocruz, Paulo Gadelha, também estiveram presentes à cerimônia. Gadelha lembrou que, há 25 anos, a Fundação foi pioneira no Brasil ao conseguir, por meio de uma equipe comandada pelo pesquisador Bernardo Galvão, o isolamento do HIV. Ele acrescentou que depois desse feito a Fiocruz continuou na vanguarda das pesquisas em HIV/Aids no Brasil e que a incorporação tecnológica advinda da parceria com a Bristol-Myers Squibb permitirá uma maior capacitação tecnológica do setor público, o que tornará possível manter a liderança do MS na área e reforçar as competências de Farmanguinhos. “A produção do Atazanavir reforça este papel diferenciado da instituição e o compromisso social da Fundação”, completou Gadelha. O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, disse que a parceria é um capítulo importante da luta contra a Aids no Brasil e parabenizou toda a equipe que participa do projeto que levará à produção do que chamou de "mais um medicamento verde-amarelo".

 O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, o ministro Alexandre Padilha, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o presidente da Bristol-Myers Squibb, Gaetano Crupi, na cerimônia, no <EM>campus</EM> da Fiocruz<BR>
(Foto: Peter Ilicciev)
O diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe, o ministro Alexandre Padilha, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o presidente da Bristol-Myers Squibb, Gaetano Crupi, na cerimônia, no campus da Fiocruz
(Foto: Peter Ilicciev)





Para Gaetano Crupi, o acordo reforça o compromisso da empresa em contribuir para ampliar o acesso a tratamentos para doenças graves como a Aids. “Para nós é uma honra estabelecermos a primeira PDP do Programa Nacional DST/Aids do Brasil, em reconhecimento ao comprometimento do governo com a saúde de seus cidadãos por meio de sua política universal de acesso ao tratamento do HIV/Aids”. Segundo o executivo, o Sulfato de Atazanavir é um medicamento de fundamental importância dentro do arsenal terapêutico para o tratamento do paciente com infecção por HIV. “Acreditamos que esta será uma parceria de muito sucesso”, completou.

O ministro Padilha destacou que essa é a primeira PDP para a produção de um medicamento, para o tratamento de HIV/Aids, em que a patente ainda está vigente. A iniciativa fortalece o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde, garantindo acesso universal e gratuito aos antirretrovirais desde 1996. “Essa iniciativa consolida o compromisso do Ministério de reforçar o Complexo Industrial da Saúde e possibilita a autonomia do país na produção de medicamentos. Com a parceria, o Brasil terá capacidade para se tornar autossuficiente na produção do Atazanavir e fortalecer a indústria farmoquímica nacional”, afirmou.

O Sulfato de Atazanavir é um antirretroviral da classe dos inibidores de protease (IP), e constitui uma importante droga para o tratamento de pacientes com infecção por HIV/Aids. Atualmente, ele é indicado para início de terapia como medicamento preferencial entre os inibidores de protease na composição de esquemas terapêuticos das diretrizes internacionais do Departamento de Saúde dos Estados Unidos (DHHS, na sigla em inglês), da Sociedade Internacional Antiviral (IAS, na sigla em inglês), da Sociedade Clínica Europeia de Aids (EACS, na sigla em inglês) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Acordo


O acordo para a produção nacional do Atazanavir foi firmado em novembro de 2011. A parceria inclui a transferência da tecnologia, a fabricação e a distribuição pelo período de cinco anos. Nesse período, o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb irá transferir a tecnologia do insumo ativo a um laboratório privado nacional e do medicamento a Farmanguinhos, que passará a fabricá-lo.

Serão adquiridos maquinários e equipamentos e haverá a capacitação dos profissionais brasileiros por especialistas do laboratório internacional. A partir de 2013, o medicamento será distribuído com a embalagem de Farmanguinhos, mas a sua produção com a tecnologia nacional terá início em 2015. Até 2017 serão produzidas 99 milhões de cápsulas de Atazanavir na apresentação de 300 mg, sendo 19,9 milhões delas, a cada ano; e 28 milhões das cápsulas de 200 mg, sendo 5,6 milhões, também a cada ano.

Combate ao vírus


O Brasil é referência mundial no enfrentamento ao HIV/Aids. Há 16 anos, o SUS garante acesso universal a todos os medicamentos necessários para o combate ao HIV, além de exames e acompanhamento médico, que beneficiam 217 mil brasileiros. Além disso, o SUS oferece tratamento antirretroviral a 97% dos brasileiros diagnosticados com Aids.

O Ministério da Saúde disponibiliza gratuitamente 20 antirretrovirais, que representam investimentos de R$ 850 milhões por ano na aquisição dos medicamentos. Desses 20, oito são objeto de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo. Além do Atazanavir, o país terá Tenofovir, Raltegravir, Ritonavir Termoestável, Lopinavir + Ritonavir, Ritonavir Cápsula Gel. Mole, Tenofovir + Lamivudina (2 em 1) e Tenofovir + Lamivudina + Efavirenz (3 em 1), anunciados este ano.


Fonte

  • http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/medicamento-usado-por-20-dos-soropositivos-ter%C3%A1-fabrica%C3%A7%C3%A3o-nacional

Dia Mundial do Combate à Aids

O dia 1 de dezembro foi internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Combate à Aids e é quando o mundo une forças para a conscientização sobre essa doença. 


Combate ao Preconceito e ao Estigma


Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988.

O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/Aids são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento da Aids e ao seu diagnóstico. Os estigmas são desencadeados por motivos que incluem a falta de conhecimento, mitos e medos. Ao discutir preconceito e discriminação, o Ministério da Saúde espera aliviar o impacto da Aids no País. O principal objetivo é prevenir, reduzir e eliminar o preconceito e a discriminação associados à Aids. O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza. Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas.

O que é Aids

Uma deficiência no sistema imunológico, associada com a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV – (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunísticas e câncer.

Transmissão

O vírus HIV pode ser transmitido por:

- relações sexuais homo ou heterossexuais, com penetração vaginal, oral ou anal, sem proteção da camisinha, transmitem a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e alguns tipos de hepatite;
- compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis;
- transfusão de sangue contaminado;
- instrumentos que cortam ou furam, não esterilizados;
- da mãe infectada para o filho, durante a gravidez, o parto e a amamentação.

Epidemiologia

Existem hoje cerca de 30 milhões de pessoas vivendo com HIV/AIDS no mundo.
Mais de 1 milhão delas são crianças.
Cerca de 12 milhões de pessoas já morreram desde o início da epidemia em 1981.
Só em 1997, cerca de 6 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV no mundo.
A velocidade estimada de crescimento da epidemia é de 16 mil casos por dia.
No Brasil, estima-se que cerca de 500 mil pessoas vivam com HIV/AIDS.
Cerca de 130 mil pessoas já tiveram seu diagnóstico de Aids confirmado no Brasil.
Hoje, a proporção de casos é de 2 homens para cada mulher contaminada. No início da epidemia essa relação era de 20 homens para uma mulher. 


Tratamento

O advento do "coquetel" de remédios contra o HIV fez com que as complicações e mortes pela doença caíssem, pelo menos, 50% nos últimos anos.
O coquetel é uma combinação de mais de um tipo de medicação antiviral (o esquema clássico utiliza um inibidor de protease e dois inibidores de transcriptase reversa)
Protease transcriptase reversa são duas enzimas (ferramentas) essenciais ao vírus para que ele mantenha seu processo de replicação.

Conheça os medicamentos existentes:

  • Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa: AZT, ddC, ddI, 3TC, d4T
  • Inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa: Nevirapina, Delavirdina
  •  Inibidores da Protease: Saquinavir, Indinavir, Ritonavir, Nelfinavir, Abacavir

A monoterapia (uso de uma só droga) para tratar o HIV caiu. Ela induzia resistência do vírus aos medicamentos muito precocemente

Carga Viral

  • É o exame que quantifica como está o nível (quantidade) de vírus no organismo
  • Desde que o coquetel passou a ser usado em larga escala, a carga viral tornou-se um dos principais parâmetros para o médico avaliar se o tratamento está funcionando
  • Outro parâmetro é a contagem das células de defesa (conhecidas como CD-4)

Vacinas

  • Vários estudos com vacinas estão em fases iniciais de pesquisa
  • Existem pelo menos duas novas vacinas sendo testadas em larga escala para checagem de eventual proteção contra o vírus HIV. No entanto, dentro da próxima década, é pouco provável que uma vacina altamente eficaz e segura esteja à disposição da população

Fique sabendo

A Aids não é transmitida pelo beijo, abraço, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina, praia e, antes de tudo, não se pega aids dando a mão ao próximo, seja ele ou não soropositivo.


Fontes: 
  • Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.
  • Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal
  • http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/aids/atualidades.htm
  • http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/11/brasil-passa-fabricar-medicamento-usado-no-tratamento-da-aids.html
  • http://www.velhosamigos.com.br/datasespeciais/diaaids.html

Linfopoiese e Monopoiese

Agranulócitos são células leucocitárias (parte do sistema imunitário do corpo humano) caracterizadas pela ausência de grânulos no citoplasma.

Existem dois tipos de agranulócitos:
  • Linfócito: apresenta núcleo esférico, levemente basófilo.
  • Monócito: possui um núcleo ovóide, com a cromatina clara, invaginações, citoplasma basófilo. Tem a função fagocitária e de se diferenciar em macrófagos ao migrar do sangue para os outros tecidos do corpo.

Linfopoiese

É o processo mediante o qual se formam os linfócitos.
Engloba os linfócitos T e B.Os linfócitos B saem maduros da medula óssea enquanto os linfócitos T precisam migrar para o Timo onde irão sofrer o processo de maturação.Os linfócitos B ainda se diferenciam em plasmócitos quando encontram um antígeno num órgão linfóide secundário e secretam anticorpos nos tecidos.
O linfoblasto está presente nos tecidos linfóides ou medula óssea. Os linfoblastos B na medula óssea e nos órgãos linfóides dão origem aos pro-linfócitos B. Os pro-linfócitos B estão na medula óssea e muitos migram para os tecidos linfóides e os que estão nos tecidos linfóides permanecem neles. Estas células dão origem aos linfócitos B (esse conjunto de células vão formar as estruturas nodulares típicas dos órgãos linfóides, com exceção do timo). Essa maturação dos linfócitos B é estimulada pela IL-7. A partir dos linfoblastos na medula óssea também se formam os pro-linfócito NK que amadurecem nela sem migrar para órgãos linfóides e formam os linfócitos NK. 
Os linfoblastos T estão predominantemente no timo e vão sofrer maturação e originar pro-linfócitos T, que se dirigem ao sangue e atingem o baço, onde formam a bainha periarterial da polpa branca (ou corpúsculo de Malpighi). Os linfócitos T maduros que saem direto do timo ainda não estão capazes de reconhecer o que é antígeno e o que é normal (próprio do organismo). Os pro-linfócitos T também atingem os linfonodos, onde formam a zona paracortical. Os linfócitos T maduros nos órgão linfóides se diferenciam em subtipos: LT-helper, LT-supressor, LT-citotóxico.



Monopoiese

Por monopoiese se conhece a formação dos monócitos a partir das UFC-M (unidade formadora de colônias monocíticas ou monócitos). Os monócitos podem se localizar como células fixas em órgãos como no baço, alveólos pulmonares, e nas células de Kupffer do fígado. Sua função principal consiste em fagocitar bactérias, micobactérias, fungos, protozoários ou vírus.
Sua formação está caracterizada por duas fases de maturação que se consideram as mais importantes:
  • Monoblastos
  • Promonócitos
O promonócito derivado da diferenciação do monoblasto dá origem ao monócito. O promonócito é uma célula grande, que se divide em 2 monócitos que passam a circular no sangue. Estes monócitos podem formar macrófagos e todo sistema monocítico fagocitário (antigamente conhecido como sistema retículo endotelial ). Os monócitos podem se unir e formar células gigantes, osteoclastos, que são multinucleadas.






Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agranul%C3%B3cito

Mielopoiese


Mielopoiese é o processo de formação de células granulocíticasO desenvolvimento dos leucócitos granulócitos é mais complexo, ocorre à partir das células formadoras de colônia granulocítica (GCFC para neutrófilos, ECFC para eosinófilos, BCFC para basófilos). Todas essa etapas se passam na medula óssea.

Promielócito: Contém grânulos específicos junto com as granulações azurófilas. É específico porque cada classe de leucócito possui seus grânulos distintos que caracterizam cada tipo de célula, porém não pode ser diferenciado pelo microscopia. A cromatina nuclear é mais condensada, núcleo esférico, com nucléolos visíveis. Esta célula dá origem ao mielócito.

Mielócito: Este é o verdadeiro precursor dos granulócitos específicos, ou seja, podendo diferenciar morfologicamente o granulócito basófilo, granulócito eosinófilo e granulócito neutrófilo a partir de uma célula única (UFC-G) ou unidade de colônias granulocíticas.. Na microscopia óptica se observa o núcleo em forma de rim (reniforme). A grande concentração de grânulos específicos é que permite diferenciar os tipos de mielócitos.

Com o desenvolvimento do mielócito neutrófilo se forma o metamielócito, onde se inicia a formação de lóbulos. Nesta célula, os lóbulos se apresentam em forma de chanfradura. O metamielócito forma a "célula com núcleo em bastão", onde os lóbulos nucleares tem aspecto de bastão recurvado. Este dá origem ao neutrófilos maduro circulante.
Os neutrófilos em maturação se localizam em compartimentos do organismo denominados de compartimentos funcionais dos neutrófilos. Este processo de maturação pode ser estimulado por diversos fatores como a IL-3, GMCSF e GCSF.


Evolução Celular:


Mielopoiese


Mielopoiese Basofílica


Mielopoiese Eosinofílica

 

 

Fonte




Eritropoiese

A eritropoiese é o processo que corresponde a formação dos eritrócitos. Este processo é dinâmico e envolve os processos de mitose, síntese de DNA e hemoglobina, incorporação do ferro, perda de núcleo, organelas e resulta na produção de glóbulo vermelho sem núcleo e com reservas energéticas. 
Este processo nos seres humanos ocorre em diferentes lugares dependendo da idade da pessoa. Na vida intra-uterina, os eritrócitos são produzidos pelo saco vitelino no primeiro trimestre, pelo fígado, no segundo, e pela medula óssea a partir do terceiro trimestre e continua após o nascimento. 
A contagem eritrocítica no sangue periférico de indivíduos normais permanece relativamente constante, implicando em equilíbrio entre as taxas de produção e destruição de eritrócitos. 

Eritrócitos: Também é conhecido como hemácias ou glóbulos vermelhos, são encarregados das trocas gasosas (O2 e CO2) entre os tecidos e o meio ambiente por meio da hemoglobina.

Características:
  • Possuem formato de disco bicôncavo; 
  • Não possuem núcleo; 
  • Medem 0,007 milímetros de diâmetros; 
  • Possui borda mais corada e centro mais claro; 
  • A membrana é formada por duas camadas;
  • Uma hemácia vive, em média, de 100 a 120 dias.;
  • Os homens possuem mais hemácias;
  • São produzidas cerca de 2,4 milhões de hemácias por segundo em nosso corpo;
  • A contagem de hemácias presentes no sangue é feito através de um exame laboratorial conhecido como hemograma;
  • A diminuição no tamanho das hemácias é chamada de microcitose. Já o aumento é conhecido por macrocitose;
  • A cor vermelha do sangue é explicada pela presença das hemácias;
  • A Hemoglobina é o principal componente das hemácias. De coloração avermelhada, ela possui a função de fazer o transporte de oxigênio pelos diferentes tecidos do corpo humano. Transporta também uma pequena quantidade de gás carbônico;
  • Além da hemoglobina, as hemácias também são compostas por íons, glicose, água e enzimas.


Maturação dos eritrócitos






A partir da produção de Hemoglobina para-se a divisão celular, dando origem ao amadurecimento da célula até a formação do eritrócito.
A linhagem da Stem Cell até se transformar em eritrócito demora 7 dias para ficar pronta, ou seja, as células são produzidas hoje para serem utilizadas na próxima semana. Para cada stem cell, são formados 16 eritrócitos. Determinadas patologias podem alterar o tempo de produção da eritropoese.


BLASTOS (CÉLULAS JOVENS)
  • Proeritroblasto: é uma célula grande, redonda, com núcleo grande e redondo. Cromatina “frouxa”, onde é visualizado de 1 a 2 nucléolos, geralmente circulares e mais claros que o núcleo. O citoplasma é escasso e basófilo. O núcleo do proeritroblasto é grande, devido ao alto metabolismo (utilização de muita energia para seu desenvolvimento) e grande atividade celular. 
  • Eritroblasto basófilo: é uma célula menor que a anterior, redonda, encontrado na medula óssea. O núcleo é grande, redondo, com cromatina frouxa, e com apenas 1 nucléolo (nem sempre visível). Citoplasma escasso e extremamente basófilo. 
  • Eritroblasto policromático: encontrado na medula óssea, menor que o anterior, redondo, com núcleo redondo e central (bem no meio da célula), cromatina densa, sem nucléolo. O citoplasma é, geralmente, abundante, acinzentado (por possuir afinidade pela eosina e azul de metileno). É nessa fase que começa a produção de hb. 
  • Eritroblasto ortocromático: encontrado na medula óssea, menor que o anterior, é redondo, com núcleo picnótico (pequeno) redondo e periférico (longe do centro, pois é necessário tal localização para que seja expulso da célula), não possui nucléolo, cromatina muito densa (a mais densa de todos os eritroblastos). O citoplasma é abundante e acidófilo, da mesma cor que o das hemácias. 
  • Reticulócitos corados: são eritroblastos que perderam os núcleos. Após perder o núcleo sobra somente o citoplasma contendo resto de organelas. Podemos encontrar reticulócito, geralmente, no sangue periférico. Depois perde as organelas e se transforma em eritrócito.




Leia também:
Hematopoiese
Contagem de Hemácias e índices hematimétricos
Contagem de Reticulócitos


FONTE

  • http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Eritropoese&lang=3 
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Hematopoiese 
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Eritr%C3%B3cito
  • http://pt.slideshare.net/andersongalvao2012/resumo-hemato

Hematopoiese

A hematopoese é um sistema altamente organizado responsável pela produção das células sanguíneas (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) . O controle da proliferação, diferenciação e maturação destas células é feito através de uma complexa interação molecular das células com o microambiente da medula óssea. Este microambiente complexo produz glicoproteínas solúveis genericamente chamadas de citocinas, que controlam a mitose e a diferenciação das células hematopoéticas.

Local de formação

Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente 15º-18º dia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o fígado e o baço são os principais órgãos envolvidos e continuam a produzir os elementos figurados do sangue até cerca de duas semanas após o nascimento.
A medula óssea dos ossos chatos, é o local mais importante a partir de seis a sete meses de vida fetal e, durante a infância e a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados. As células em desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a partir daí, na circulação geral
No período da lactação, toda a medula óssea é hematopoética, mas durante a infância há substituição progressiva da medula por gordura nos ossos longos, de modo que a medula hemopoética no adulto é confinada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur e do úmero. Mesmo nessas regiões hematopoéticas, aproximadamente 50% da medula é de gordura. A medula óssea gordurosa (amarela) remanente é capaz de reverter para hematopoese e, em muitas doenças , também há expansão da mesma nos ossos longos. Além disso, o fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoético fetal (hematopoese extramedular).

Ontogenia da Hematopoese:

  1. Fase mesoblástica: Fase inicial, no saco vitelino (10ª semana).
  2. Fase hepato-esplênico: No fígado (6ª semana), no baço  e linfonodos (12ª semana)
  3. Fase Medular: Medula óssea fetal (16ª semana).

Medula óssea

A medula óssea contém um estroma complexo, consistindo de uma rede de tecido conjuntivo e uma variedade de tipos celulares, incluindo fibroblastos, macrófagos, adipócitos-like, células musculares lisas, células reticulares e endoteliais. Os adipócitos medulares aparentemente possuem a função mecânica de controlar o volume hematopoético, que por sua vez controla o aumento de inclusões gordurosas na medula.

  • Microambiente medular: células estromais, tecido conjuntivo (células de fronteira), células adventícias (células de sustentação da medula óssea - citoesqueleto da medula), tecido adiposo.
Na medula óssea, esta célula primordial, na presença de células do estroma, matriz extracelular e sob a ação de diversos fatores de crescimento e citocinas, dão origem a células progenitoras de linhagens mielocíticas, linfocítica, megacariócitos e eritroblastos.
  • O progenitor mieloide dá origem aos eritrócitos, plaquetas, granulócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos), mastócitos e os monócitos.
  • O progenitor linfoide da origem a linfócitos T e B e células NK (natural killer).

Citocinas


São glicoproteínas que tem como função a regulação da hematopoese por mecanismos complexos. Elas estimulam e controlam a produção de células sanguíneas. Os genes responsáveis pela síntese de alguns (GM-CSF, MK-CSF, IL-4, IL-45, IL-9) localizam-se no braço longo do cromossomo 5 e os genes que codificam a eritroportina (EPO), no cromossomo 7.

Eritropoetina: Secretada pelos rins, estimula a produção de hemácias.
Trombopoetina: Secretada pelos rins, estimula a produção de megacariócitos.

Abaixo um esquema de como interagem citocinas e fatores de crescimento para a formação das células sanguíneas:







Fonte: