Saiba reconhecer os sintomas da dengue

Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida e benigna: saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.




Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. “Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes”, explica o consultor de dengue da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ivo Castelo Branco.
“70% a 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma”, observa o consultor. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante. “No caso das fulminantes, a pessoa tem uma reação tão intensa que pode destruir o cérebro, o coração e levar à morte."
 
SINAIS DE ALERTA
Dor intensa na barriga
Sinais de desmaio
Náusea
Falta de ar
Tosse seca
Fezes pretas
Sangramento

Para identificar a gravidade da doença, Ivo destaca os chamados "sinais de alerta" da doença, que são: dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.
“As pessoas acham que dengue só é grave quando tem sangramento. A dor na barriga é tão importante quanto o sangramento, e os pacientes não valorizam isso”, explica.

Diagnóstico precoce
De acordo com a infectologista Patrícia Brasil, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue. A infectologista afirma que a contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.
“O exame de sangue sozinho não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente e ver se ele precisa ou não de internação. De qualquer maneira, o tratamento deve começar imediatamente”, destaca a infectologista.

Período crítico
O consultor da OMS observa que o período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. “Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramento”. Para Ivo, esse é um grande problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas prioritariamente. “Tem que definir uma estratégia no atendimento porque o correto é dar prioridade aos pacientes sem febre”, defende.
A infectologista diz que, ao passar a febre, a pessoa pensa que está curada, mas pode apresentar queda brusca de pressão, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. O número de plaquetas ainda continua baixo e, por isso, é preciso continuar o tratamento.
“O monitoramento clínico e laboratorial tem de ser constante, principalmente 72 horas após o período de febre. A complicação maior acontece no quinto dia da doença. O paciente tem de fazer pelo menos três exames de sangue, no início da dengue, depois da febre e uma terceira vez para ver se as plaquetas já voltaram ao normal."

Tratamento
Entende-se como parte do tratamento a hidratação do paciente. A dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos. Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.
Não existe um medicamento específico para a doença. Os sintomas são medicados para alívio das dores. “Se o paciente tiver dor, vai tomar remédio para dor. Se tiver náusea, remédio para náusea”, explica o consultor da OMS. O especialista alerta ainda para o uso de medicamentos antiinflamatórios, a base de ácido acetil-salicílico e fitoterápicos. “Alteram a coagulação e aumentam o risco de sangramento”, conclui.

Repelentes e mosquiteiros
A dengue, como ressalta a médica Patrícia, não escolhe vítima. Repelentes, mosquiteiros sobre as camas e roupas mais fechadas são recomendados a todos. Mas é preciso estar atento. “Os repelentes que existem no Brasil duram no máximo 3 horas, por isso, é preciso repassá-lo no corpo sempre que possível. Quanto menos áreas do corpo estiverem expostas, mais a pessoa estará protegida”, disse.

Para Ivo, a responsabilidade da prevenção é tanto da população como dos governantes. “Se 1% dos domicílios de determinada região tiverem foco do mosquito, já pode ter epidemia”, calcula. “Os governantes tem que orientar cada região de maneira diferente. Eu não posso combater o mosquito em Porto Alegre como eu faço no Espírito Santo ou no Ceará”.
“É normal acontecer isso no começo do ano, não é novidade”, diz o consultor. “Só não pode tomar providências apenas quando aparecer a epidemia, tem que ter uma continuidade para controlar o mosquito”, defende.
Ele acrescenta que o primeiro passo para o combate é a mudança de mentalidade das pessoas. “Se você encontrar uma barata ou um rato na tua casa, espera pelo governo para combater? Não. Então, quando as pessoas tiverem essa percepção com a dengue, vamos conseguir controlá-la”, finaliza.



Fonte:
http://g1.globo.com/luta-contra-a-dengue/noticia/2011/02/saiba-reconhecer-os-sintomas-da-dengue.html

Novo medicamento para o câncer de próstata pode ser usado a cada 6 meses

Notícia

Uma nova droga deve ser utilizada no tratamento de câncer de próstata no país. A injeção subcutânea chega ao Brasil em março de 2013 e atua no tratamento avançado da doença, quando até mesmo a cirurgia é descartada. O paciente deve receber a medicação a cada seis meses.
De acordo com urologistas, a ingestão do medicamento de forma periódica ajuda na adesão do tratamento, além de proporcionar mais conforto ao paciente. Se aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a droga deve ser usada em homens que possuam a doença em estágio avançado. A discussão sobre o novo medicamento aconteceu no 12º Congresso Paulista de Urologia.

Composto de acetato de leuprorrelina, o medicamento tem o nome comercial de Eligard. Ele integra o grupo de remédios usados na hormonioterapia. Sistema utilizado em pacientes que tem diagnóstico de estágio avançado do câncer, com metástase. Trata-se de uma terapia onde o hormônio masculino é a primeira alternativa terapêutica. Caso, esse método falhe, o tratamento é modificado e recorre-se a quimioterapia, considerada segunda linha do tratamento. Em câncer de próstata, a cirurgia só é indicada em casos que têm diagnóstico precoce.

O americano, David Crawford, especialista americano que participou do congresso, alega que o desenvolvimento dessa linha de tratamento, a partir de hormônios, vai levar o câncer de próstata a ser tratado como doença crônica no futuro. Ele salienta que os especialistas têm esperança em tornar esse tipo de câncer, mesmo em estágio avançado, em uma doença controlável, da mesma forma que se trata o diabetes e a pressão arterial.
O urologista, que é chefe da seção de Uro-Oncologia da Universidade do Colorado disse que aplicação da nova droga de maneira periódica é eficaz. Ele revela que possui experiência com pacientes que fizeram uso dessa estratégia nos EUA e os resultados são satisfatórios. Conforme Crawford não se trata apenas de tomar a medicação a cada seis meses e sim, ter um acompanhamento médico.
A nova droga ainda passa por processo de aprovação da Anvisa. Por enquanto, estão disponíveis no Brasil, doses mensais e trimestrais. O valor de cada dose semestral deve girar em torno de R$3 mil.

Prevenção

Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), somente neste ano, mais 60.180 novos casos de câncer de próstata devem ser registrados. Os números mostram que a taxa de incidência é alta, 62,5 casos para cada 10 mil homens. Segundo especialistas, falta aos homens uma educação de prevenção contra o câncer de próstata. Os homens ainda precisam entender a importância de consultar periodicamente um urologista. Mesma cultura já condicionada às mulheres quanto às consultas ao ginecologista.


Fonte:
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/novo-medicamento-para-o-cancer-de-prostata-pode-ser-usado-a_159846/

Teoria de repulsão dos pares eletrônicos na camada de valência (RPECV)

O modelo RPECV foi introduzido por Gillespie e Nyholm na década de 1950, com o intuito de auxiliar a previsão de geometrias moleculares a partir de estruturas de Lewis. O modelo RPECV é uma ferramenta extremamente poderosa na determinação de estruturas de moléculas de elementos representativos. As estimativas de geometria providenciadas pela teoria RPECV têm sido confirmadas por dados experimentais.
De acordo com o modelo RPECV, apenas a repulsão entre pares isolados (p.i.) e pares ligados (p.l.) ao redor do átomo central são relevantes na determinação das geometrias. Pode ser estabelecida a seguinte ordem crescente de influência na determinação de geometrias:

repulsão p.l-p.l. < p.l.-p.i. < p.i.-p.i.

Na molécula de amônia (NH3), a geometria é piramidal triangular (Figura 1). Se o par 
isolado tivesse a mesma influência que os pares ligados (as três ligações N-H), o ângulo de ligação ∠ HNH se assemelharia ao ângulo interno de um tetraedro regular: 109,5º. Entretanto, o ângulo ∠ HNH = 107º.
Resultado de imagem para molecula da amonia
Resultado de imagem para molecula da amonia
Molécula da amônia. ∠ HNH = 107º (Lp significa par isolado)

Desta forma os pares de elétrons se localizam o mais afastado possível, uns dos outros, para evitar uma repulsão brusca.

Tabela de Geometria Molecular


Observe na tabela abaixo, como estão organizados os pares de elétrons ao redor de um determinado átomo:
A = átomo central
L = átomo ou grupo ligado ao átomo central
E = pares de elétrons livres (átomo central)







Fonte:

Regra de três simples (Método simples)

A regra de três simples, na matemática, é uma forma de descobrir um valor a partir de outros três, divididos em pares relacionados cujos valores tenha a mesma grandeza (e unidade) diretas ou grandezas inversamente proporcionais.

A regra de três é muito utilizada na Física e na Química para o cálculo de conversão de grandezas: velocidade, massa, volume, comprimento, área. É utilizado também para alguns cálculos de fórmulas na Farmácia.
Existe um método simples para se fazer o cálculo da regra de três com grandeza diretamente prorpocional. Vejamos a seguir:


Exemplo 1: Um ingresso de show custa R$ 15,00 então, o custo de 06 bilhetes será?

Resolução: Montando a regra de três temos:

01 bilhete ______ R$ 15,00
06 bilhetes ______ x

1*X = 6 * 15,00
X= 90,00/1 = R$ 90,00

Método simples: 6/1*15 = R$ 90,00

Exemplo 2: Paulo trabalhou 30 dias e recebeu R$15.000,00. Quantos dias terá que trabalhar para receber R$ 20.000,00?

Resolução: Montando a regra de três temos:

15 000 ___________ 30
20 000 ___________ x

O 15 000 e o 30 são grandezas correspondentes, mas não da mesma espécie (15 000 é dinheiro e 30 são dias). Mas 15 000 e 20 000 são da mesma espécie, ou seja ambos são dinheiro.

15 000x = 30 * 20 000
x = 600 000 / 15 000
x = 40

Método simples:
20 000/ 15 000 * 30 = 40

Exemplo 3: A concentração de cálcio e fósforo, em mols por litro, no leite MUMU é, respectivamente: (dados: massas atômicas Ca = 40, P = 31) 

Composição média por litro:
Calorias: 651 kcal Cálcio: 1160 mg
Vitamina B1: 1,7 mg Carboidratos: 45 g
Proteínas: 31,7 g Fósforo: 960 mg
Gordura: 35 g

Resolução: Observe os dados, para o cálcio temos 1160 miligramas por litro e para o fósforo temos 960 miligramas por litro.
40 gramas é a massa de um mol de cálcio, logo 1160 mg ou 1,16 gramas corresponde a 0,029 partes do MOL. Monte a regra de três.

1 mol ____ 40 g
X ______ 1,16g

X=0,029 mol.

31 gramas de fósforo corresponde a um mol, logo 960 miligramas ou 0,96 gramas corresponde a "x". Monte a regra de três.

1 mol ___ 31 g
X ______ 0,96 g

X = 0,031

Obs:

 Para a regra de três inversamente proporcional esse método não é aplicável

Campanha "Vacinação em Dia"

O Ministério da Saúde realiza em todo o país, entre os dias 18 e 24 de agosto, a primeira Campanha para atualização da caderneta de vacinação de crianças menores de cinco anos.

O tema desse ano é “Leve seu Super-Herói ao Posto de Vacinação para Atualização da Caderneta”.

O dia de maior mobilização, chamado "Dia D", dá início à campanha e ocorrerá no próximo sábado (18), com o envolvimento de mais de 350 mil profissionais de saúde em postos, parques e escolas.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (14) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Melhorar a cobertura vacinal das crianças significa diminuir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas”, explicou o ministro.

De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, o objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal e reduzir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas. A expectativa é atingir 14,1 milhões de crianças. “Temos um calendário complexo, com mais de 14 vacinas, cada uma com duas ou três doses. Muitos pais acham que o esquema está completo, mas não está”, disse. “Esta será a oportunidade de conferir a caderneta da criança e completá-la, caso haja alguma vacina com o esquema incompleto”.

Vacinas

Na campanha estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), lançadas este ano. Também começará a ser distribuído suplemento de vitamina A para as crianças menores de cinco anos.

Pentavalente – A vacina pentavalente é injetável e reúne em uma única aplicação a proteção contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) e hepatite B. “A principal vantagem é facilitar para as crianças, que estarão protegidas contra várias doenças com o menor número de picadas possíveis. Mas também reduzimos os custos e a necessidade de estoque”, disse Padilha.

Vacina Inativada Poliomielite – Crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, a partir de agora, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses) e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

“Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral”, disse o ministro. Segundo o ministério, ainda existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a doença.

"A vacina inativada já era usada para situações muito especificas e agora estamos introduzindo para o conjunto das crianças. A indicação é para crianças que ainda não começaram o esquema de vacinação oral da poliomielite, até os 4 meses de vida, que é o período de maior risco”, explicou o ministro Padilha.

Vitamina A – Na distribuição de suplemento de vitamina A, durante a campanha, de acordo com o Ministério da Saúde, serão priorizados todos os estados das regiões Norte e Nordeste, e as cidades das regiões do Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, no total de 2.434 municípios. A estratégia faz parte da Ação Brasil Carinhoso, que pretende ampliar a cobertura dos programas de saúde para as crianças que vivem na faixa de extrema pobreza. Por isso, a prioridade é para os municípios incluídos no Plano Brasil Sem Miséria.

Para as demais regiões do país, no decorrer do ano, a suplementação de vitamina A será realizada durante a rotina de Atenção Integral à Saúde das Crianças que acontece nas Unidades Básicas de Saúde. Até o fim de 2012, a suplementação será ampliada às demais unidades da federação, contemplando 3.034 municípios em todos os estados brasileiros.

“Vamos usar a gotinha da vitamina A para proteger as crianças dos municípios com maior concentração de pobreza no país. A suplementação contribui para a redução de doenças infecciosas, diminui a mortalidade infantil e contribui para a saúde da visão e o pleno desenvolvimento cognitivo das crianças, que devem receber uma dose a cada seis meses”, explicou o ministro Alexandre Padilha.


Fonte:

  • http://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2012/08/multivacinacao-sera-realizada-no-proximo-sabado-em-se.html 
  • http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=137&pagina=dspDetalheCampanha&co_seq_campanha=4944 
  • http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/ministerio-da-saude-lanca-campanha-para-atualizar-caderneta-de-vacinacao/

Gripe A: Epidemia ou não?

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descarta risco de epidemia da gripe A:
"Não há epidemia nem risco de epidemia de H1N1 no Brasil ou nos Estados do Sul", voltou a afirmar na tarde de hoje. Ele já havia negado uma epidemia na semana passada.

O ministro disse que a situação epidemiológica deste ano é "absolutamente diferente" da que existiu durante a epidemia mundial, em 2009. E destacou que o Brasil atingiu a meta de vacinação contra a gripe este ano, o que, segundo ele, não ocorreu em outros países.
Ele destacou que a principal tarefa no momento é oferecer o oseltamivir (o Tamiflu, antiviral usado no tratamento da doença), o mais rápido possível para os grupos de risco e para pessoas que estejam fora do grupo de risco, mas em cidades onde há comprovação de circulação do H1N1.

"O Chile teve três vezes menos mortes que a região Sul do Brasil este ano, só com o uso do Tamiflu", disse.
Este ano, foram registrados 1.762 os casos da gripe A, concentrados nos Estados do Sul, em São Paulo e em Minas Gerais, segundo informações do Ministério da Saúde. Ao todo, 210 pessoas morreram pela doença.

Fonte:

Vacina contra a Dengue

A primeira vacina do mundo contra a dengue, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi SA, demonstrou a capacidade de proteger contra três das quatro cepas virais (linhagens do vírus) causadoras da doença, de acordo com resultados de um aguardado teste clínico na Tailândia.

 
A Sanofi disse nesta quarta-feira que a prova de eficiência é um marco importante nestas sete décadas de luta para desenvolver uma vacina viável contra a dengue, e que os resultados também confirmam que a fórmula é segura.
Outros laboratórios estão trabalhando em vacinas contra a doença, mas o produto da Sanofi está anos à frente. A dengue, transmitida por mosquito, ameaça quase 3 bilhões de pessoas no mundo, sendo milhões delas no Brasil. A contaminação por uma cepa viral não garante imunidade contra as outras três.


  
 A vacina da Sanofi gerou uma resposta imunológica às quatro cepas, mas só houve comprovação da sua eficácia contra três delas. A Sanofi disse estar realizando análises para entender a resistência do quarto tipo, e que a Fase 3 do teste clínico poderá indicar se isso tem relação com alguma situação específica da Tailândia.

 
O estudo da Fase 2B, envolvendo 4,2 mil crianças tailandesas de 4 a 11 anos, foi realizado durante um surto de dengue, o que pode explicar o resultado inesperado. O analista Mark Clark, do Deutsche Bank, disse que a falta de proteção contra o quarto tipo do vírus significa que o lançamento comercial da vacina é mais provável em 2015 do que em 2014, pois a Sanofi aguardará a Fase 3 antes de protocolar o pedido de registro em alguns países.

 
"Mais positivamente, como a proteção contra pelo menos três dos quatro tipos virais foi demonstrada, os dados amparam a possibilidade de lançamento dessa enorme necessidade clínica não-atendida", disse Clark em nota de pesquisa.

 
A Sanofi Pasteur, unidade de vacinas do laboratório, já investiu 350 milhões de euros (423 milhões de dólares) em uma nova fábrica na França para produzir a vacina, que é administrada em três doses. A empresa prevê um faturamento anual de 1 bilhão de euros com o produto.

 
Os dados completos do estudo ainda estão sendo revistos por especialistas e autoridades de saúde, e devem ser divulgados ainda neste ano. A Fase 3 do estudo, com 31 mil participantes, está sendo realizada em dez países da Ásia e América Latina.

 
Nos últimos 50 anos, o número de casos da dengue no mundo se multiplicou por 30. A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos por ano, mas muitos especialistas avaliam que essa cifra, da década de 1990, está subestimada. A doença mata cerca de 20 mil pessoas por ano, especialmente crianças.

 
Para Michel de Wilde, vice-presidente executivo da Sanofi, esses resultados representam um marco fundamental na busca por uma vacina segura e eficaz contra a dengue. “O estudo também é importante para a saúde pública global, uma vez que não há atualmente nenhum tratamento específico ou método de prevenção para a dengue. Estamos totalmente empenhados em fazer da dengue uma doença evitável pela vacinação", afirmou Wilde no comunicado da empresa.

 

 

 

 

 
Fonte:
  • http://veja.abril.com.br/noticia/saude/em-testes-clinicos-vacina-contra-dengue-combate-tres-dos-quatro-tipos-do-virus-da-doenca
  • http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6018517-EI8147,00-Primeira+vacina+contra+a+dengue+imuniza+contra+tres+cepas+virais.html