Setembro Amarelo e a prevenção do suicídio

A campanha Setembro Amarelo, que começou em 2015 no Brasil, é uma iniciativa crucial criada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Seu objetivo principal é conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio e destacar a importância da saúde mental.
Essa campanha não apenas promove a compreensão do tema, mas também incentiva o diálogo aberto, buscando quebrar os tabus e reduzir o estigma que ainda envolve o suicídio. Ao encorajar as pessoas a falarem sobre seus sentimentos e a procurarem ajuda quando necessário, o Setembro Amarelo cria um ambiente de apoio e solidariedade, essencial para a prevenção e tratamento de questões relacionadas à saúde mental. Promover essa conversa é um passo fundamental para que mais pessoas saibam que não estão sozinhas e que o apoio está disponível. Ao falar sobre saúde mental, contribuímos para uma sociedade mais acolhedora e empática, onde a vida é sempre valorizada.

Sinais de alerta para suicídio

Categoria	Descrição
Mudanças no Comportamento	Isolamento social e abandono de atividades prazerosas.
Alterações no Humor	Sentimentos de desesperança, tristeza profunda e irritabilidade.
Expressões Verbais	Comentários sobre querer morrer ou desespero.
Comportamento Autodestrutivo	Autoagressão e uso imprudente de substâncias.
Preparativos para a Morte	Organização de bens e despedidas.
Descuido com a Aparência	Abandono dos cuidados pessoais.
Sentimentos de Culpa ou Vergonha	Sentimentos excessivos de culpa e vergonha.

As ações recomendadas para a promoção da saúde mental e prevenção do suicídio incluem incentivar a procura por apoio profissional e emocional, além de orientar sobre serviços essenciais como o CVV e os CAPS. Também é fundamental promover a prática de exercícios físicos e estratégias de autocuidado, bem como estar sempre disponível para ouvir e oferecer apoio sem julgamentos. Escutar com empatia, considerando as experiências e necessidades únicas de cada pessoa, é crucial. Oferecer suporte com presença e sensibilidade, garantindo a privacidade das informações compartilhadas, fortalece a confiança e o bem-estar emocional de quem precisa de ajuda.

Os tratamentos para questões de saúde mental podem ser medicamentosos e/ou não medicamentosos, dependendo da condição clínica e das terapias prescritas. Entre os medicamentosos, incluem-se antidepressivos (ISRS e IRSN), que regulam neurotransmissores como serotonina e noradrenalina para tratar depressão, ansiedade e prevenir o suicídio; ansiolíticos, que reduzem a ansiedade severa e crises de pânico; antipsicóticos, indicados para distúrbios psicóticos e transtornos de humor, como bipolaridade e esquizofrenia; e estabilizadores de humor, como o lítio, que previnem episódios maníacos e depressivos. No âmbito dos tratamentos não medicamentosos, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) se destaca por modificar padrões de pensamento negativo, sendo utilizada no tratamento de depressão e ansiedade. Grupos de apoio oferecem suporte emocional e troca de experiências, enquanto os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) proporcionam atendimento multidisciplinar contínuo para transtornos mentais graves. O apoio familiar também é fundamental, oferecendo suporte psicológico e orientação aos familiares de pacientes com transtornos mentais. Essas práticas ajudam a reduzir o estresse, aliviar sintomas de ansiedade e depressão, melhorar o sono e promover um maior equilíbrio emocional. Os exercícios físicos, por sua vez, liberam endorfinas, neurotransmissores associados à sensação de bem-estar, além de melhorar a autoestima e a qualidade de vida. Além disso, práticas integrativas, como acupuntura, meditação e fitoterapia, aliadas aos exercícios físicos, desempenham um papel importante na saúde mental. Essas abordagens complementares proporcionam um cuidado holístico, promovendo a saúde mental de forma natural e eficaz. 

Exemplos de abordagens

Tipo de abordagem	Qual?	Descrição	Indicação
Medicamentosa	Antidepressivos (ISRS, IRSN)	Medicamentos que atuam na regulação dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina.	Tratamento de depressão, transtornos de ansiedade e prevenção do suicídio.
	Ansiolíticos	Medicamentos que reduzem a ansiedade e têm efeito sedativo.	Tratamento de ansiedade severa e crises de pânico.
	Antipsicóticos	Medicamentos que tratam distúrbios psicóticos e transtornos de humor.	Indicado para transtornos psicóticos, bipolaridade e esquizofrenia.
	Estabilizadores de Humor (Lítio)	Medicamento que estabiliza o humor, prevenindo episódios maníacos e depressivos.	Tratamento de transtorno bipolar e prevenção de suicídio.
Não Medicamentosa	Psicoterapia (TCC)	Terapia Cognitivo-Comportamental, focada em modificar padrões de pensamento negativo.	Tratamento de depressão, ansiedade, e outros transtornos mentais.
	Grupos de Apoio	Espaços de suporte emocional e troca de experiências entre pacientes.	Apoio para pessoas com transtornos mentais e seus familiares.
	Atenção Psicossocial (CAPS)	Centros de Atenção Psicossocial que oferecem atendimento continuado e multidisciplinar.	Cuidados para pacientes com transtornos mentais graves.
	Apoio Familiar	Suporte psicológico e orientação para familiares de pacientes.	Apoio para famílias de pacientes com transtornos mentais.

Neste Setembro Amarelo, lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem. A prevenção do suicídio começa com a abertura para o diálogo. Esteja presente, escute, e, se precisar, procure apoio. Sua vida é preciosa!

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 📞 Centro de Valorização da Vida (CVV): 188 (Atendimento 24h) 🌐 Site do CVV: cvv.org.br

Referências Bibliográficas 

• Centro de Valorização da Vida (CVV). Setembro Amarelo: Valorização da Vida. Disponível em: https://www.cvv.org.br/setembroamarelo/. Acesso em: 1 set. 2024. 
• Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Setembro Amarelo 2024: Manual da Campanha de Prevenção ao Suicídio. ABP, 2024. Disponível em: https://www.abp.org.br/setembroamarelo. Acesso em: 1 set. 2024. 
• Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo da Depressão na Atenção Básica: Linha de Cuidado para a Saúde Mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-mental. Acesso em: 1 set. 2024. 
• Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no SUS: Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/praticas_integrativas_complementares_sus.pdf. Acesso em: 1 set. 2024. 
• Organização Mundial da Saúde (OMS). Prevenção do Suicídio: Um Imperativo Global. Genebra: OMS, 2014. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/suicide-prevention/world_report_2014/en/. Acesso em: 1 set. 2024.