Embalagem, rótulo e bula dos medicamentos

A embalagem, o rótulo e a bula dos medicamentos devem transmitir todas as informações relevantes sobre o produto, contribuindo para o seu uso adequado.
Eles devem conter informações obrigatórias sobre o medicamento, estabelecidas por resoluções publicadas pela Anvisa. A indústria responsável pelo medicamento tem obrigação legal de prestar todas as informações necessárias para o uso adequado e os possíveis problemas e cuidados relacionados ao produto.

EMBALAGEM

Quais informações devem constar na embalagem?

• Nome comercial do medicamento (ausente em genéricos). Em caso de medicamentos fitoterápicos, deve ser apresentado o nome botânico da planta. 
• Denominação genérica. 
• Nome, endereço e CNPJ da empresa produtora. 
• Nome do fabricante e local de fabricação do produto. 
• Número do lote. 
• Data da fabricação (mês/ano). 
• Data de validade (mês/ano). 
• Número de registro (MS seguido do número, constando 13 números, iniciando com 1). 
• Composição do medicamento, quantidade e via de administração. 
• Nome do Farmacêutico Responsável Técnico e número da inscrição no CRF. 
• Telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC. 
• Lacre de Segurança (toda a embalagem deve estar lacrada). 
•Tinta Reativa, que quando raspada com metal deve apresentar a palavra QUALIDADE E NOME DO LABORATÓRIO; ou selo de rastreabilidade.



Importante:
A ausência de alguma dessas informações na embalagem, é sinal de que há algo errado com o medicamento. 
Caso falte qualquer informação, o produto deve ser encaminhado, em sua embalagem original, ao serviço de vigilância sanitária, a fim de verificar se é falsificado ou não.


RÓTULO

Os rótulos devem apresentar informações adequadas para a dispensação e o uso do medicamento, armazenamento correto e rastreamento, desde a sua fabricação até o consumo. Em algumas situações, devem alertar sobre os riscos do uso do produto para alguns grupos como diabéticos, celíacos e alérgicos, podendo conter orientações adicionais.

Importante

• O nome do medicamento deverá ser impresso em braile nas caixas.
• A impressão do número do lote e data de validade e de fabricação nas caixas deverá possuir cor ou contraste legível.
• Frases de alerta sobre alteração dos cuidados de conservação ou redução do prazo de validade serão incluídas.
• A idade mínima aprovada para uso seguro do medicamento será detalhada.
• um selo de rastreabilidade que possibilitará acompanhar o medicamento desde a fabricação até a dispensação.

BULA

A bula do medicamento descreve, de forma mais detalhada, as informações necessárias para a utilização mais segura do produto pelo paciente Além disso, apresenta informações para que os profissionais de saúde orientem os usuários sobre a forma de uso adequada, os cuidados e possíveis problemas relacionados aos medicamentos.

Novas regras para bulas

• Separação de bulas para pacientes, com linguagem mais acessível.
• Apresentação mais legível, com definições sobre fonte, tamanho, cor de impressão, espaçamento entre linhas, entre outros parâmetros.
• Definição de bulas-padrão de informação para todos os medicamentos.

As novas bulas dos pacientes estarão em forma de perguntas e respostas:

• Como este medicamento funciona?
• Por que este medicamento foi indicado?
• Quando não devo usar este medicamento?
• Como devo usar este medicamento?
• Quais os males que este medicamento pode causar?
• O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez?
• Onde e como devo guardar este medicamento?

O acesso à bula de medicamentos é um direito reconhecido pela Constituição Federal de 1988 e ratificado pelo Código de Defesa do Consumidor! Portanto, exerça o seu direito e leia as Informações constantes na bula, mas se tiver alguma dúvida, fale com o seu médico e farmacêutico.


Leia também: 

Qual a diferença entre os medicamentos genéricos, de referência e similares?


FONTE

  • O que devemos saber sobre medicamentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/92aa8c00474586ea9089d43fbc4c6735/Cartilha%2BBAIXA%2Brevis%C3%A3o%2B24_08.pdf?MOD=AJPERES


Precisão e Exatidão

Refere-se a todo procedimento em que se mede o volume de um reagente, que é usado para reagir com um analito. Em alguns casos estes termos possuem o mesmo significado, mas no trabalho de análise química são diferentes e precisam estar acompanhados um do outro. Um método, ou uma análise que não contenha erros sistemáticos é dita exata, isto é, seus resultados refletem perfeitamente o valor real do componente em estudo. Mas para que esta análise seja considerada precisa, é necessário que haja uma repetibilidade de seus resultados. Então, uma análise ou um método será exato e preciso quando seus resultados forem corretos e se repetirem, confirmando a realidade de seus dados.

Precisão: 
É uma medida da reprodutibilidade de um resultado. É o grau de variação das medidas que você faz. Ou seja, se você tirar 10 medidas com cada um de dois equipamentos diferentes, o que apresentar menos medidas diferentes é o que terá maior precisão. Ex. se uma grandeza for medida várias vezes e os valores forem muito próximos uns dos outros, a medida é precisa. 


Exatidão: 
Se refere a quão próximo um valor de uma medida está do “valor real”. 
É quando a medida se aproxima da realidade, ou seja, a parte que é constante no erro. Por exemplo, se você tem uma diferença de 2 milímetros em uma régua, com relação ao valor exato, você terá um erro sistemático de 2 milímetros em todas as medidas (desvio máximo do valor exato). Esse valor fornece a exatidão da régua.

Um dado constituinte em um mesmo material é determinado por três métodos diferentes, (a), (b), e (c), onde foram feitas 5 medidas em cada método.


Exemplo: 

  • Você tem que pesar 1g de uma substância, mas ao colocar na balança o produto, você pesou 0,999g. Esse valor foi preciso mas não exato.
  • Ao pesar uma massa de 1 kg, toda vez que for pesada poderá dar um resultado igual a 985g até 1005g, ou seja, ela terá uma precisão 99,5 %.

Resumindo: precisão é a capacidade da balança em fornecer resultados reprodutíveis, mesmo que não sejam corretos e; exatidão é a capacidade que a balança tem de fornecer resultados corretos. Uma boa balança, ou qualquer outro instrumento de medição,  deve ser precisa e exata.


Fonte

  • Análise Química Quantitativa. Harris, Daniel C. 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
  • http://www.infoescola.com/quimica/precisao-e-exatidao-na-quimica-analitica/ 
  • https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:zmuzUQIsg-oJ:www.cpact.embrapa.br/eventos/2010/met/palestras/26/261010_PALESTRA3_ADRIANE_NUNES.pdf+&hl=pt&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjiIcJIFi2b_eDVcqPjOxCh4cyRNZzeBDiU-Jc8KWTYkZ3xKgtaeK6md3eVZWBH8OQMWFLT9VKKjm_kj1N5IJOK2JJz5MeQsMU2zxfAp4LGetJK9jbxyADVqgMF24Zp5qOdKnvn&sig=AHIEtbTySIVoMfKsdYqIC1d_-Nc6U754Qg

9 motivos para você procurar um farmacêutico

Os farmacêuticos são profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários, peritos no uso de fármacos e medicamentos e suas consequências ao organismo humano ou animal. De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, cosméticos, agricultura, prevenção de pragas, distribuição, transporte e desenvolvimento de medicamentos, entre outras funções e lugares.

Peritos no desenvolvimento, produção, manipulação, seleção e dispensação de medicamentos, este profissional, presta o trabalho de assistência farmacêutica, e pode assumir responsabilidade técnica de laboratórios de análises clínicas, distribuidoras, farmácias, etc.

Conheça os 9 motivos para você procurar um farmacêutico:


1º Evitar o uso incorreto de medicamentos

O farmacêutico está entre os profissionais da saúde mais acessíveis e confiáveis para garantir o uso racional dos medicamentos, ou seja, garantir que o paciente receba o medicamento adequado para suas necessidades clínicas, na dose correspondente aos seus requisitos individuais, durante o período adequado e ao menor custo possível para ele e para sua comunidade.
Para evitar o uso incorreto de medicamentos, o farmacêutico pode esclarecer:

• Para que o medicamento foi receitado?
• Qual o efeito esperado?
• Adequação da posologia, horário e duração à sua rotina diária
• Por quanto tempo o medicamento deverá ser usado, para fazer efeito?
• Interações com alimentos – o medicamento deve ser tomado em jejum ou durante as refeições? Algum tipo de alimento deve ser evitado durante o tratamento?
• Interações com outros medicamentos – os medicamentos devem ser tomados separadamente? Podem ser tomados juntos?
• Interações com bebidas alcoólicas – o que pode acontecer se houver ingestão de bebida alcoólica durante o tratamento?
• Como pode afetar outras doenças presentes?
• Efeitos adversos – o que pode sentir ao utilizar o medicamento?
• Precauções – o medicamento afeta a habilidade de dirigir veículos ou máquinas? Causa sonolência? Causa enjôo?
• Condições de armazenamento – o medicamento deve ficar na geladeira? Deve ficar protegido da luz direta? Pode ser guardado
• Cuidados na administração – o comprimido pode ser partido? A cápsula pode ser aberta? O frasco deve ser agitado antes? As gotas devem ser ingeridas diluídas em água?
• O que fazer se sobrar medicamento após o final do tratamento?

2º Qualidade em seus exames

O farmacêutico bioquímico nas análises clínicas trabalha com os conhecimentos técnicos-científicos necessários e a responsabilidade de garantir que o resultado dos exames realizados seja de extrema segurança, para o auxílio diagnóstico, estabelecimento de tratamentos e acompanhamento terapêutico.




3º Assistência ao Hipertenso

A hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica que envolve vários fatores, caracterizada por níveis elevados constantemente da pressão arterial. Está frequentemente associada a alterações em alguns órgãos (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações no metabolismo, levando a aumento no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.

A hipertensão é muito comum: estima-se que atinja em torno de, no mínimo, 25% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
As graves conseqüências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento com adequado controle da pressão, no que podem contar com o auxílio do farmacêutico para saber:

• Quais são os valores para pressão arterial considerados dentro do normal?
• O que faz a pressão arterial subir?
• Há sintomas quando a pressão arterial está alta?
• O que pode ocorrer se a pressão arterial não estiver bem controlada?
• Com qual frequência deve-se aferir a pressão arterial?
• Qual valor de pressão arterial que deve ser buscado com o tratamento?
• Qual o melhor horário para tomar os medicamentos?
• É melhor tomar seus medicamentos em jejum ou com alimentos?
• Os medicamentos podem ser tomados juntos ou devem ser tomados separadamente?
• Outras medicações podem interferir com o tratamento da pressão arterial?
• Se começar a sentir algo diferente, pode ser reação ao medicamento que está tomando?
• Se estiver se sentindo bem, pode parar a medicação?
• O que fazer se a pressão arterial baixar demais?
• Como cuidar da sua alimentação?

4º Atendimento à Gestante

Muitas mudanças fisiológicas ocorrem durante a gravidez, alterando o funcionamento e a percepção do próprio corpo pela gestante e mesmo o uso de medicação nesse período.
Quando necessário um tratamento farmacológico, devem ser levados em conta o período de gestação, a posologia e duração do tratamento, afinal, a maioria dos medicamentos utilizados pelas gestantes atravessa a placenta e chega até a corrente sanguínea do feto. Então, quando uma gestante toma um medicamento, ela não só está dando o medicamento para si mesma como também para seu filho.

O conhecimento deste sistema integrado mãe-placenta-feto ajuda na escolha de atitudes terapêuticas, seja com medicamentos ou não. Para construção desse conhecimento, o farmacêutico pode informar sobre questões como:

• O que muda no corpo durante a gravidez?
• Como aliviar pequenos sintomas sem recorrer a medicamentos?
• Como prevenir hipertensão?
• Caso esteja presente, como controla-la?
• Como prevenir diabetes gestacional?
• Caso diabetes esteja presente, como controlar?
• Quando é possível utilizar medicamentos?
• Quais medicamentos devem ser evitados?
• Cremes e pomadas podem ser usados livremente?
• Se o médico prescrever alguma medicação, como deve ser feito o tratamento?
• Quais alimentos devem ser evitados durante a gravidez?

5º Orientação Farmacêutica


O aconselhamento ao paciente é um dever fundamental do farmacêutico, sempre com ampla capacidade de ouvir e de perguntar, empatia, respeito e busca de entendimento com o paciente. O farmacêutico pode ajudar pessoas a manter sua saúde e a obter o máximo de benefícios dos seus medicamentos.
Com a orientação farmacêutica, o paciente:

• Entende porque um medicamento é útil para manter ou promover seu bem-estar.
• É capaz de tomar decisões apropriadas relacionadas a medicamentos, no que diz respeito ao seu regime terapêutico (quando tomar, quanto tomar, por quanto tempo tomar).
• Melhora as estratégias para lidar com efeitos adversos e interações dos seus medicamentos (como evitar, como amenizar).
• Torna-se mais informado e participa ativamente no tratamento da sua doença e no manejo do autocuidado, buscando atividades para si mesmo a fim de manter a vida, a saúde e o bem-estar.

6º Atendimento ao Idoso

Com o avanço da medicina e uma melhor cura e prevenção de diversas patologias, a população brasileira tem sobrevivido por mais tempo. O aumento do número de anos de vida, no entanto, precisa ser acompanhado pela melhoria ou manutenção da saúde e qualidade de vida!

Com o envelhecimento, aumenta a probabilidade de ocorrência de doenças crônicas; por isso, as pessoas idosas em geral tomam mais medicamento que os adultos jovens – em média, uma pessoa idosa toma quatro ou cinco medicamentos de receita obrigatória e dois de venda livre.

O envelhecimento também traz alterações no funcionamento do corpo que modificam as características do medicamento no organismo. Por isso, os idosos são duas vezes mais suscetíveis a reações medicamentosas adversas que os adultos jovens e têm maior probabilidade de reações adversas mais severas.

Levando-se essas questões em consideração, o idoso deve buscar a qualidade de vida por meio da alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercícios físicos, convivência social estimulante, busca de atividades prazerosas e/ou que atenuem o estresse, redução dos danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco e diminuição significativa da automedicação, com o entendimento sobre possíveis doenças presentes e a concordância com o tratamento necessário.

O farmacêutico pode ser de grande valia nessa busca por um envelhecimento ativo e saudável. Afinal, um idoso saudável tem sua autonomia preservada, tanto a independência física, como a psíquica. E assim, o idoso torna-se um recurso cada vez mais valioso para suas famílias, comunidades e país.

7º Cuidados Farmacêuticos

Na prática dos “Cuidados Farmacêuticos”, há uma busca pela qualidade de vida do paciente pela interação direta com farmacêutico, visando a promoção da saúde e o acompanhamento da terapêutica farmacológica, com a concordância do paciente com o tratamento e a prevenção, detecção e controle de problemas relacionado a medicamentos. Tem como objetivo a obtenção de resultados definidos, sejam estes a cura, o controle ou o retardamento de uma enfermidade, mensuráveis através dos serviços farmacêuticos.

8º Serviços Farmacêuticos

Os serviços que podem ser oferecidos, nas farmácias, vão além da dispensação de medicamentos. A legislação nacional permite a aferição de determinados parâmetros fisiológicos e bioquímicos e a administração de medicamentos, sempre com o objetivo de melhoria da qualidade de vida do paciente.
Verifique a disponibilidade dos seguintes serviços:

• Aferição de pressão arterial;
• Aferição de temperatura corporal;
• Aferição de glicemia capilar.


9º Assistência ao Diabético

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras de diabetes e 500 novos casos surgem a cada dia. A diabetes mellitus, doença metabólica caracterizada pelo aumento anormal de glicose no sangue, está entre as cinco doenças que mais matam, chegando cada vez mais ao topo da lista.
Embora ainda não haja uma cura definitiva, há vários tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida, como a prática do autocuidado: monitoramento da glicemia, conhecimento da doença e da medicação utilizada no tratamento, seguimento de um plano alimentar e a realização de atividades físicas.
Deve-se procurar um farmacêutico para que ele ajude a entender:

• O que causa diabetes?
• Quais são as complicações?
• Como evita-las?
• Por que se deve ter cuidado com os pés?
• Que tipo de dieta deve ser seguido?
• Qual a importância de atividade física?
• Qual a influência do hábito de fumar?
• Com qual a frequência deve-se medir a glicemia?
• Quais são os valores de glicemia considerados dentro dos limites?
• Qual o melhor horário para tomar os medicamentos?
• Onde os medicamentos devem ser guardados?
• Como deve ser feita a aplicação de insulina?
• Os diferentes tipos de insulina podem ser misturados na mesma seringa?
• Por quanto tempo a insulina pode ser utilizada depois de aberta?
• Foi observada alguma reação depois de ter começado o tratamento?
• O que fazer caso a glicemia abaixe demais?


Fonte

http://www.portalararuna.com.br/2011/coluna.php?id=28#sthash.I2Buscyj.dpuf

Everolimo e o câncer de mama

A ANVISA liberou o tratamento do câncer de mama avançado aqui no Brasil com o Everolimo, que era utilizado para o câncer renal.

Estrutura química de Everolimo
dihydroxy-12-[(2R)-1-[(1S,3R,4R)-4-(2-hydroxyethoxy)-3-methoxycyclohexyl]propan-2-yl]-19,30-dimethoxy-15,17,21,23,29,35-hexamethyl-11,36-dioxa-4-azatricyclo[30.3.1.04,9]hexatriaconta-16,24,26,28-tetraene-2,3,10,14,20-pentone
Everolimo é um fármaco utilizado no tratamento avançado de câncer renal com metástases e pacientes na pós-menopausa, com câncer de mama avançado, receptor hormonal positivo. Comercializado sob o nome de Afinitor® da Novartis, possui como mecanismo de ação a inibição da proteína mTor que proporciona avanço de crescimento das células tumorais. O medicamento também está sendo investigado para tratamento de outros tipos de câncer e é usado na prevenção de rejeição de órgãos em transplantes. Em 2010 foi aprovado pelo FDA contra o astrocitoma subependimário de células gigantes (SEGA).

A Anvisa segue o entendimento de agências reguladoras de remédios nos EUA e na Europa que aprovaram, no segundo semestre de 2012, o uso do medicamento everolimo (Afinitor) para mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado e hormônio-dependente (RH+).

Segundo Maira Caleffi, presidente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama), a droga é uma opção para quem teve metástase, fez tratamento com terapias hormonais, mas se tornou resistente às drogas.

Desenvolvido pela Novartis, o everolimo é uma droga oral comercializada exclusivamente pela marca Afinitor. Um pedido do laboratório que ele seja incorporado à rede pública de saúde será enviado nos próximos dias e a expectativa é de que o remédio atenda 15% das pacientes com câncer de mama (O medicamento e o tratamento hormonal que o acompanha custam R$ 8.000 por mês). Algumas mulheres vinham tendo acesso ao remédio por alguns planos de saúde e pela via da Justiça. 

Os resultados mostraram que o tratamento com o medicamento mais que dobra a sobrevida livre de progressão da doença e o paciente chega a ter uma redução do risco de recorrência na ordem de 55%.

 

O grupo de pacientes na pós-menopausa, com câncer de mama avançado, receptor hormonal positivo, tem disponível um novo tratamento que utiliza um inibidor de aromatase (Aromasin ou Exemestano) associado a um inibidor mTOR everolimus (Afinitor). O Afinitor foi aprovado para esta indicação pelo Food and Drug Administration (FDA).
A segurança e a eficácia de Afinitor foram avaliadas em um estudo clínico com 724 pacientes com câncer de mama avançado, receptor hormonal positivo, com CERB-2 (HER-2) negativo. Todas as pacientes já estavam na menopausa e tinham recebido anteriormente tratamento com Femara ou Arimidex (hormonioterapia) e se tornaram resistentes à hormonioterapia. As pacientes foram selecionadas para receber Afinitor e Aromasin ou Aromasin e placebo. A adição do inibidor mTOR (Afinitor), aparentemente reverteu a resistência adquirida por estas pacientes, fazendo com que voltassem a responder ao tratamento hormonal.
O estudo foi desenhado para medir o tempo de sobrevida livre de progressão do câncer. As pacientes que foram designadas a receber a combinação Afinitor mais Aromasin tiveram um aumento de 4,6 meses no tempo médio de progressão da doença ou morte em comparação com pacientes que receberam o placebo mais Aromasin.
Os efeitos colaterais mais comuns do Afinitor usado para o câncer de mama foram úlceras da boca, infecções, erupção cutânea, fadiga, diarreia e diminuição do apetite. Doentes com 65 anos ou mais devem ser cuidadosamente monitoradas, pois apresentam uma maior taxa de efeitos colaterais graves.
O FDA já havia aprovado o Afinitor para tratar pacientes com carcinoma avançado de células renais que progrediu após tratamento com VEGFR – TKI, quimioterápicos ou imunoterápicos; em pacientes adultos com tumores neuroendócrinos progressivos avançados de origem pancreática; em pacientes com angiomiolipoma renal e complexo da esclerose tuberosa (TSC) não necessitando de cirurgia imediata e para adultos e crianças com astrocitoma subependimário de células gigantes associados à esclerose tuberosa, que requerem tratamento, mas não são candidatos à cirurgia curativa.
Afinitor é comercializado pela East Hanover, NJ-Novartis Pharmaceuticals Corporation.

 

Fonte

  • http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/09/02/eua-e-europa-aprovam-novo-tratamento-para-cancer-de-mama-avancado.htm
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Everolimo
  • http://msn.minhavida.com.br/saude/galerias/16095-anvisa-aprova-uso-de-mais-um-medicamento-contra-cancer-de-mama#.USeFgrrNjIU
  • http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1234817-anvisa-aprova-uso-de-remedio-oncologico-para-cancer-de-mama.shtml
  • http://www.news.med.br/p/pharma-news/310530/fda+aprova+afinitor+para+cancer+de+mama+avancado.htm

Vacinas recomendadas para as gestantes

Além de garantir a prevenção da mulher com o calendário de vacinação recomendado para todas as pessoas em idade adulta, o esquema de imunização das gestantes beneficia o bebê ainda no útero, já que ele recebe os anticorpos preparados da mãe. 
Se a carteira estiver atualizada antes da gestação, não é necessário tomar outra dose ao engravidar. Nesse caso, as mães só tomariam as vacinas específicas para o público, como acontece com a vacina contra a Influenza, por exemplo.
 
(Westend61/Getty Images)


Veja, abaixo, a tabela de vacinação recomendada para as gestantes.

Vacinas recomendadas para gestantes
IntervaloVacinaEsquema
Início
Dupla adulto: dT

Hepatite B
 1ª dose

 1ª dose
 2 meses depois do início
Dupla adulto: dT

Hepatite B
 2ª dose

 2ª dose
6 meses depois do início
Dupla adulto: dT

Hepatite B
 3ª dose

 3ª dose
Em qualquer fase da gestaçãoInfluenza - 
A cada dez anosDupla adulto: dT Reforço    

Descrição das vacinas
Vacina Dupla do tipo Adulto – dT
São três doses, com intervalo de 60 dias entre as doses . (Também é possível considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, para não haver perda de oportunidade de vacinação). Caso a gestante tenha recebido a última há mais de 05 anos, deve-se antecipar o reforço tão logo seja possível. A última dose deve ser feita no máximo até 20 dias antes data provável do parto
O uso da vacina dT durante a gestação deve seguir o esquema recomendado nos calendários de vacinação do adolescente e do adulto:
  • gestante não vacinada e ou com situação vacinal desconhecida: iniciar esquema o mais precocemente possível, independente da idade gestacional;
  • esquema incompleto (1 ou 2 doses): em qualquer período gestacional, completar esquema, com intervalo de 60 dias entre as doses. Fazer a última dose no máximo até 20 dias antes da data provável do parto;
  • esquema completo, sendo a última dose feita há mais de 5 anos: administrar dose de reforço tão logo seja possível, em qualquer período gestacional;
  • esquema completo, com a última dose feita há menos de 5 anos: não vacinar.
Vacina Hepatite B (recombinante)
Também são três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira. Na impossibilidade de realizar a sorologia anti-HBs, deve-se sempre avaliar o estado vacinal da gestante e vacinar.
Por considerar os riscos da gestante não vacinada de contrair a doença o Programa Nacional de Imunizações reforça a importância da mesma receber a vacina hepatite B em qualquer período gestacional, independente da faixa etária.
Recomendação de acordo com a situação apresentada:
  • gestantes com esquema incompleto: completar esquema;
  • gestantes com esquema completo: não vacinar.
Vacina Influenza
A vacina influenza é recomendada a todas as gestantes em qualquer período gestacional. O Programa Nacional de Imunizações disponibiliza a vacina na rede pública de saúde a todas as gestantes, durante a campanha anual contra influenza sazonal. Esta recomendação deve-se ao ocorrido anteriormente durante a epidemia da influenza sazonal, pandemias anteriores e com a pandemia pela influenza A (H1N1) 2009, nas quais a gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a necessidade da vacinação.

Vacinas que o Benefício é maior que o Risco:

Algumas vacinas não fazem parte do calendário do pré-natal, mas podem ser solicitadas caso o médico entenda que existe algum risco para a mãe ou para o bebê.

 Essas vacinas somente devem ser realizadas com a indicação clara do médico
 

São elas:  

  • Hepatite A e Hepatite A e B: a Hepatite B faz parte do calendário padrão, mas a Hepatite A pode ser considerada se a gestante estiver muito exposta às situações de risco.
  • Pneumocócicas: esse conjunto de vacinas, realizadas em sequência, protegem contra doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae como pneumonia, otite média aguda, sinusite, meningite, e bacteremia. Devem ser aplicadas em gestantes de risco.
  • Meningocócica Conjugada ACWY e Meningocócica B: as vacinas que protegem contra a meningite meningocócica poderá ser aplicada na gestante caso ela viva em uma região de risco epidemiológico e se houver recomendação médica.
  • Febre Amarela: a vacina contra febre amarela é, geralmente, contraindicada para gestantes. No entanto, se o risco de infecção for maior que o risco potencial da vacina, o médico poderá indicar a aplicação.
  • DTPa: vacina tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é a única vacina contra coqueluche que pode ser administrada de maneira segura em adultos. A vacina DTP tradicional e a vacina pentavalente, que inclui a DTP, só podem ser administradas até os seis anos de idade.
  • Vacina contra raiva humana: em situações de pós-exposição ao vírus.

Vacinas que a gestante NÃO pode tomar:

Vacinas de vírus e bactérias vivos:
  • Tríplice Viral – que combate o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola
  • Varicela (Catapora)
  • Febre Amarela
  • BCG (contra a Tuberculose). 
Essas vacinas são elaboradas a partir do vírus ou da bactéria (no caso da BCG) vivos e atenuados, por isso há o risco, mesmo que seja baixo, de a mulher grávida, que já está com a imunidade alterada por conta da gestação, desenvolver a doença
No entanto, há exceções para a vacinação dessa mulher quando, por exemplo, ela mora em uma região com foco de transmissão (como nos casos de febre amarela), de modo que é o médico que deve avaliar o risco. Se a mulher tomar a vacina sem saber que está grávida, deve comunicar imediatamente o seu médico para ser acompanhada



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Referências