Vias de Administração de medicamentos

A via de administração é o caminho pelo qual um fármaco é colocado em contato com o organismo. Várias vias de administração envolvem um processo de absorção no qual o fármaco precisa cruzar uma ou mais membranas tissulares antes de entrar na corrente sanguínea. A via intravenosa é uma exceção, porque o fármaco é colocado diretamente na circulação. Quando administrada subcutânea ou intramuscularmente, a maioria dos fármacos podem entrar na circulação através de aberturas ou fenestras nas paredes capilares e não penetrar membrana alguma. As vias de administração de fármacos podem ser divididas em:

  • Tópica: efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja sua ação ou seja, quando se deseja efeito local.
  • Trato gastro-intestinal: efeito sistêmico (não local); recebe-se a substância via trato digestivo
  • Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo.
  • Outras vias
Tópica
  • Epidérmica (aplicação sobre a pele), p. ex. teste de alergia, anestesia local tópica
  • Inalável, p. ex. medicamentos para asma
  • Enema, p. ex. meio de contraste para imagem digestiva
  • Colírios (sobre a conjuntiva), p. ex. antibióticos para conjuntivite
  • Gotas otológicas, como antibióticos e corticoides para otite externa

Trato Gastro-intestinal (TGI)
  • Via oral: pela boca (oralmente). Ex.: Comprimidos, cápsulas, soluções, suspensões. Como a administração oral de medicamentos é segura, mais conveniente e menos dispendiosa, a maior parte das medicações é normalmente administrada por esta via. As medicações orais são algumas vezes prescritas em doses maiores que seus equivalentes parenterais, porque após absorção através do trato gastrointestinal, elas são imediatamente metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação sistêmica, diminuindo assim efeitos adversos (CASTRO & COSTA, 1999). A administração oral é contraindicada em pacientes inconscientes, náuseas e vômitos, bem como naqueles incapazes de engolir. Pode ser também por tubo gástrico, tubo de alimentação duodenal ou gastrostomia, diversos fármacos e nutrição enteral.
  • Via Sublingual: Permite a retenção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia absorção rápida de pequenas doses de alguns fármacos, devido ao suprimento sanguíneo e a pouca espessura da mucosa absortiva, permitindo a absorção direta na corrente sanguínea. O dinitrato de Isossorbida (5mg) é uma medicação administrada via sublingual em casos de Crise de Angina do Peito, situação de emergência que pode acometer alguns pacientes durante uma intervenção odontológica. As formas farmacêuticas são geralmente comprimidos que devem ser dissolvidos inteiramente pela saliva, não devendo ser deglutidos.
  • Via Retal: É utilizada em pacientes que apresentam vômitos, estão inconscientes ou não sabem deglutir. As formas farmacêuticas empregadas são soluções, suspensões e supositórios. Suas maiores limitações de uso são incomodidade de administração, possibilidade de efeitos irritativos para a mucosa e absorção errática devido à pequena superfície absorciva e incerta retenção no reto.

Parenteral
O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros” (tubo digestivo), significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato gastrointestinal (CASTRO & COSTA, 1999). Esta via é indicada para administração de medicamentos a pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e nos pacientes impossibilitados de engolir. É indicada ainda quando se espera uma ação mais rápida, na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo (HORTA et al, 1973)
  • Injeção intravenosa (na veia), p. ex. várias drogas, nutrição parenteral total
  • Injeção intra-arterial (na artéria), p. ex. drogas vasodilatadoras para o tratamento de vasoespasmos e fármacos trombolíticas para o tratamento de embolia
  • Injeção intramuscular (no músculo), p. ex. várias vacinas, antibióticos e agentes psicoativos de longa duração.
  • Injeção intracardíaca (diretamente no músculo cardíaco). É uma técnica médica reservada para emergências. Consiste em administrar medicação diretamente no coração. Ex.: Epinefrina na parada cardíaca;
  • Injeção subcutânea (sob a pele), p. ex. insulina
  • Infusão intraóssea (na medula óssea) é um acesso intravenoso indireto porque a medula óssea acaba no sistema circulatório. Esta via é usada ocasionalmente para fármacos e fluidos na medicina de emergência e na pediatria, quando o acesso intravenoso é difícil
  • Injeção intradérmica, (na própria pele) é usada para teste de pele de alguns alergênicos e também para tatuagens
  • Injeção intraperitoneal, (no peritônio) é predominantemente usada na medicina veterinária e no teste de animais para a administração de medicamentos sistêmicos e fluidos, devido à facilidade de administração comparada com outros métodos parenterais.
  • Epidural (sinônimo: peridural) (injeção ou infusão no espaço epidural). Ex. anestesia epidural
  • Intratecal (injeção ou infusão no fluido cerebroespinhal), p. ex. antibióticos, anestesia espinhal ou anestesia geral

Outras vias
  • Transdérmica (difusão através da pele intacta) Podendo ser local ou sistêmico, p. ex. emplastro de opioide transdérmico para terapia da dor
  • Transmucosa (difusão através de uma membrana mucosa), p. ex. inalação de cocaína, nitroglicerina sublingual.
  • Trato respiratório: Inalável, p. ex. inalação de anestésicos.
  • Intraperitoneal (infusão ou injeção na cavidade peritoneal), p. ex. diálise peritoneal
  • Trato Genito-urinário: Vaginal e uretral

Leia mais:

NAME
DEFINITION
SHORT NAME
FDA CODE
NCI CONCEPT ID
AURICULAR (OTIC)
Administration to or by way of the ear.
OTIC
013
C38192
BUCCAL
Administration directed toward the cheek, generally from within the mouth.
BUCCAL
030
C38193
CONJUNCTIVAL
Administration to the conjunctiva, the delicate membrane that lines the eyelids and covers the exposed surface of the eyeball.
CONJUNC
068
C38194
CUTANEOUS
Administration to the skin.
CUTAN
130
C38675
DENTAL
Administration to a tooth or teeth.
DENTAL
038
C38197
ELECTRO-OSMOSIS
Administration of through the diffusion of substance through a membrane in an electric field.
EL-OSMOS
357
C38633
ENDOCERVICAL
Administration within the canal of the cervix uteri.  Synonymous with the term intracervical..
E-CERVIC
131
C38205
ENDOSINUSIAL
Administration within the nasal sinuses of the head.
E-SINUS
133
C38206
ENDOTRACHEAL
Administration directly into the trachea.
E-TRACHE
401
C38208
ENTERAL
Administration directly into the intestines.
ENTER
313
C38209
EPIDURAL
Administration upon or over the dura mater.
EPIDUR
009
C38210
EXTRA‑AMNIOTIC
Administration to the outside of the membrane enveloping the fetus
X-AMNI
402
C38211
EXTRACORPOREAL
Administration outside of the body.
X-CORPOR
057
C38212
HEMODIALYSIS
Administration through hemodialysate fluid.
HEMO
140
C38200
INFILTRATION
Administration that results in substances passing into tissue spaces or into cells.
INFIL
361
C38215
INTERSTITIAL
Administration to or in the interstices of a tissue.
INTERSTIT
088
C38219
INTRA-ABDOMINAL
Administration within the abdomen.
I-ABDOM
056
C38220
INTRA-AMNIOTIC
Administration within the amnion.
I-AMNI
060
C38221
INTRA-ARTERIAL
Administration within an artery or arteries.
I-ARTER
037
C38222
INTRA-ARTICULAR
Administration within a joint.
I-ARTIC
007
C38223
INTRABILIARY
Administration within the bile, bile ducts or gallbladder.
I-BILI
362
C38224
INTRABRONCHIAL
Administration within a bronchus.
I-BRONCHI
067
C38225
INTRABURSAL
Administration within a bursa.
I-BURSAL
025
C38226
INTRACARDIAC
Administration with the heart.
I-CARDI
027
C38227
INTRACARTILAGINOUS
Administration within a cartilage; endochondral.
I-CARTIL
363
C38228
INTRACAUDAL
Administration within the cauda equina.
I-CAUDAL
413
C38229
INTRACAVERNOUS
Administration within a pathologic cavity, such as  occurs in the lung in tuberculosis.
I-CAVERN
132
C38230
INTRACAVITARY
Administration within a non-pathologic cavity, such as that of the cervix, uterus, or penis, or such as that which is formed as the result of a wound.
I-CAVIT
023
C38231
INTRACEREBRAL
Administration within the cerebrum.
I-CERE
404
C38232
INTRACISTERNAL
Administration within the cisterna magna cerebellomedularis.
I-CISTERN
405
C38233
INTRACORNEAL
Administration within the cornea (the transparent structure forming the anterior part of the fibrous tunic of the eye).
I-CORNE
406
C38234
INTRACORONAL, DENTAL
Administration of a drug within a portion of a tooth which is covered by enamel and which is separated from the roots by a slightly constricted region known as the neck.
I-CORONAL
117
C38217
INTRACORONARY
Administration within the coronary arteries.
I-CORONARY
119
C38218
INTRACORPORUS CAVERNOSUM
Administration within the dilatable spaces of the corporus cavernosa of the penis.
I-CORPOR
403
C38235
INTRADERMAL
Administration within the dermis.
I-DERMAL
008
C38238
INTRADISCAL
Administration within a disc.
I-DISCAL
121
C38239
INTRADUCTAL
Administration within the duct of a gland.
I-DUCTAL
123
C38240
INTRADUODENAL
Administration within the duodenum.
I-DUOD
047
C38241
INTRADURAL
Administration within or beneath the dura.
I-DURAL
052
C38242
INTRAEPIDERMAL
Administration within the epidermis.
I-EPIDERM
127
C38243
INTRAESOPHAGEAL
Administration within the esophagus.
I-ESO
072
C38245
INTRAGASTRIC
Administration within the stomach.
I-GASTRIC
046
C38246
INTRAGINGIVAL
Administration within the gingivae.
I-GINGIV
307
C38247
INTRAILEAL
Administration within the distal portion of the small intestine, from the jejunum to the cecum.
I-ILE
365
C38249
INTRALESIONAL
Administration within or introduced directly into a localized lesion.
I-LESION
042
C38250
INTRALUMINAL
Administration within the lumen of a tube.
I-LUMIN
310
C38251
INTRALYMPHATIC
Administration within the lymph.
I-LYMPHAT
352
C38252
INTRAMEDULLARY
Administration within the marrow cavity of a bone.
I-MEDUL
408
C38253
INTRAMENINGEAL
Administration within the meninges (the three membranes that envelope the brain and spinal cord).
I-MENIN
409
C38254
INTRAMUSCULAR
Administration within a muscle.
IM
005
C28161
INTRAOCULAR
Administration within the eye.
I-OCUL
036
C38255
INTRAOVARIAN
Administration within the ovary.
I-OVAR
354
C38256
INTRAPERICARDIAL
Administration within the pericardium.
I-PERICARD
314
C38257
INTRAPERITONEAL
Administration within the peritoneal cavity.
I-PERITON
004
C38258
INTRAPLEURAL
Administration within the pleura.
I-PLEURAL
043
C38259
INTRAPROSTATIC
Administration within the prostate gland.
I-PROSTAT
061
C38260
INTRAPULMONARY
Administration within the lungs or its bronchi.
I-PULMON
414
C38261
INTRASINAL
Administration within the nasal or periorbital sinuses.
I-SINAL
010
C38262
INTRASPINAL
Administration within the vertebral column.
I-SPINAL
022
C38263
INTRASYNOVIAL
Administration within the synovial cavity of a joint.
I-SYNOV
019
C38264
INTRATENDINOUS
Administration within a tendon.
I-TENDIN
049
C38265
INTRATESTICULAR
Administration within the testicle.
I-TESTIC
110
C38266
INTRATHECAL
Administration within the cerebrospinal fluid at any level of the cerebrospinal axis, including injection into the cerebral ventricles.
IT
103
C38267
INTRATHORACIC
Administration within the thorax (internal to the ribs); synonymous with the term endothoracic.
I-THORAC
006
C38207
INTRATUBULAR
Administration within the tubules of an organ.
I-TUBUL
353
C38268
INTRATUMOR
Administration within a tumor.
I-TUMOR
020
C38269
INTRATYMPANIC
Administration within the aurus media.
I-TYMPAN
366
C38270
INTRAUTERINE
Administration within the uterus.
I-UTER
028
C38272
INTRAVASCULAR
Administration within a vessel or vessels.
I-VASC
021
C38273
INTRAVENOUS
Administration within or into a vein or veins.
IV
002
C38276
INTRAVENOUS BOLUS
Administration within or into a vein or veins all at once.
IV BOLUS
138
C38274
INTRAVENOUS DRIP
Administration within or into a vein or veins over a sustained period of time.
IV DRIP
137
C38279
INTRAVENTRICULAR
Administration within a ventricle.
I-VENTRIC
048
C38277
INTRAVESICAL
Administration within the bladder.
I-VESIC
128
C38278
INTRAVITREAL
Administration within the vitreous body of the eye.
I-VITRE
311
C38280
IONTOPHORESIS
Administration by means of an electric current where ions of soluble salts migrate into the tissues of the body.
ION
055
C38203
IRRIGATION
Administration to bathe or flush open wounds or body cavities.
IRRIG
032
C38281
LARYNGEAL
Administration directly upon the larynx.
LARYN
364
C38282
NASAL
Administration to the nose; administered by way of the nose.
NASAL
014
C38284
NASOGASTRIC
Administration through the nose and into the stomach, usually by means of a tube.
NG
071
C38285
NOT APPLICABLE
Routes of administration are not applicable.
NA
312
C48623
OCCLUSIVE DRESSING TECHNIQUE
Administration by the topical route which is then covered by a dressing which occludes the area.
OCCLUS
134
C38286
OPHTHALMIC
Administration  to the external eye.
OPHTHALM
012
C38287
ORAL
Administration to or by way of the mouth.
ORAL
001
C38288
OROPHARYNGEAL
Administration directly to the mouth and pharynx.
ORO
410
C38289
OTHER
Administration is different from others on this list.
OTHER
135
C38290
PARENTERAL
Administration by injection, infusion, or implantation.
PAREN
411
C38291
PERCUTANEOUS
Administration through the skin.
PERCUT
113
C38676
PERIARTICULAR
Administration around a joint.
P-ARTIC
045
C38292
PERIDURAL
Administration to the outside of the dura mater of the spinal cord..
P-DURAL
050
C38677
PERINEURAL
Administration surrounding a nerve or nerves.
P-NEURAL
412
C38293
PERIODONTAL
Administration around a tooth.
P-ODONT
040
C38294
RECTAL
Administration to the rectum.
RECTAL
016
C38295
RESPIRATORY (INHALATION)
Administration within the respiratory tract by inhaling orally or nasally for local or systemic effect.
RESPIR
136
C38216
RETROBULBAR
Administration behind the pons or behind the eyeball.
RETRO
034
C38296
SOFT TISSUE
Administration into any soft tissue.
SOFT TIS
109
C38198
SUBARACHNOID
Administration beneath the arachnoid.
S-ARACH
066
C38297
SUBCONJUNCTIVAL
Administration beneath the conjunctiva.
S-CONJUNC
096
C38298
SUBCUTANEOUS
Administration beneath the skin; hypodermic.  Synonymous with the term SUBDERMAL.
SC
003
C38299
SUBLINGUAL
Administration beneath the tongue.
SL
024
C38300
SUBMUCOSAL
Administration beneath the mucous membrane.
S-MUCOS
053
C38301
TOPICAL
Administration to a particular spot on the outer surface of the body.  The E2B term TRANSMAMMARY is a subset of the term TOPICAL.
TOPIC
011
C38304
TRANSDERMAL
Administration through the dermal layer of the skin to the systemic circulation by diffusion.
T-DERMAL
358
C38305
TRANSMUCOSAL
Administration across the mucosa.
T-MUCOS
122
C38283
TRANSPLACENTAL
Administration through or across the placenta.
T-PLACENT
415
C38307
TRANSTRACHEAL
Administration through the wall of the trachea.
T-TRACHE
355
C38308
TRANSTYMPANIC
Administration across or through the tympanic cavity.
T-TYMPAN
124
C38309
UNASSIGNED
Route of administration has not yet been assigned.
UNAS
400
C38310
UNKNOWN
Route of administration is unknown.
UNKNOWN
139
C38311
URETERAL
Administration into the ureter.
URETER
112
C38312
URETHRAL
Administration into the urethra.
URETH
017
C38271
VAGINAL
Administration into the vagina.
VAGIN
015
C38313

Fonte
  • http://www.fda.gov/Drugs/DevelopmentApprovalProcess/FormsSubmissionRequirements/ElectronicSubmissions/DataStandardsManualmonographs/ucm071667.htm
  • http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAks4AH/vias-admistracao-medicamentos
  • http://www.oocities.org/veterinariobr/materias/farmacologia/viasdeadministracao.htm

Vacinas recomendadas para as gestantes

Além de garantir a prevenção da mulher com o calendário de vacinação recomendado para todas as pessoas em idade adulta, o esquema de imunização das gestantes beneficia o bebê ainda no útero, já que ele recebe os anticorpos preparados da mãe. 
Se a carteira estiver atualizada antes da gestação, não é necessário tomar outra dose ao engravidar. Nesse caso, as mães só tomariam as vacinas específicas para o público, como acontece com a vacina contra a Influenza, por exemplo.
 
(Westend61/Getty Images)


Veja, abaixo, a tabela de vacinação recomendada para as gestantes.

Vacinas recomendadas para gestantes
IntervaloVacinaEsquema
Início
Dupla adulto: dT

Hepatite B
 1ª dose

 1ª dose
 2 meses depois do início
Dupla adulto: dT

Hepatite B
 2ª dose

 2ª dose
6 meses depois do início
Dupla adulto: dT

Hepatite B
 3ª dose

 3ª dose
Em qualquer fase da gestaçãoInfluenza - 
A cada dez anosDupla adulto: dT Reforço    

Descrição das vacinas
Vacina Dupla do tipo Adulto – dT
São três doses, com intervalo de 60 dias entre as doses . (Também é possível considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses, para não haver perda de oportunidade de vacinação). Caso a gestante tenha recebido a última há mais de 05 anos, deve-se antecipar o reforço tão logo seja possível. A última dose deve ser feita no máximo até 20 dias antes data provável do parto
O uso da vacina dT durante a gestação deve seguir o esquema recomendado nos calendários de vacinação do adolescente e do adulto:
  • gestante não vacinada e ou com situação vacinal desconhecida: iniciar esquema o mais precocemente possível, independente da idade gestacional;
  • esquema incompleto (1 ou 2 doses): em qualquer período gestacional, completar esquema, com intervalo de 60 dias entre as doses. Fazer a última dose no máximo até 20 dias antes da data provável do parto;
  • esquema completo, sendo a última dose feita há mais de 5 anos: administrar dose de reforço tão logo seja possível, em qualquer período gestacional;
  • esquema completo, com a última dose feita há menos de 5 anos: não vacinar.
Vacina Hepatite B (recombinante)
Também são três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira. Na impossibilidade de realizar a sorologia anti-HBs, deve-se sempre avaliar o estado vacinal da gestante e vacinar.
Por considerar os riscos da gestante não vacinada de contrair a doença o Programa Nacional de Imunizações reforça a importância da mesma receber a vacina hepatite B em qualquer período gestacional, independente da faixa etária.
Recomendação de acordo com a situação apresentada:
  • gestantes com esquema incompleto: completar esquema;
  • gestantes com esquema completo: não vacinar.
Vacina Influenza
A vacina influenza é recomendada a todas as gestantes em qualquer período gestacional. O Programa Nacional de Imunizações disponibiliza a vacina na rede pública de saúde a todas as gestantes, durante a campanha anual contra influenza sazonal. Esta recomendação deve-se ao ocorrido anteriormente durante a epidemia da influenza sazonal, pandemias anteriores e com a pandemia pela influenza A (H1N1) 2009, nas quais a gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a necessidade da vacinação.

Vacinas que o Benefício é maior que o Risco:

Algumas vacinas não fazem parte do calendário do pré-natal, mas podem ser solicitadas caso o médico entenda que existe algum risco para a mãe ou para o bebê.

 Essas vacinas somente devem ser realizadas com a indicação clara do médico
 

São elas:  

  • Hepatite A e Hepatite A e B: a Hepatite B faz parte do calendário padrão, mas a Hepatite A pode ser considerada se a gestante estiver muito exposta às situações de risco.
  • Pneumocócicas: esse conjunto de vacinas, realizadas em sequência, protegem contra doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae como pneumonia, otite média aguda, sinusite, meningite, e bacteremia. Devem ser aplicadas em gestantes de risco.
  • Meningocócica Conjugada ACWY e Meningocócica B: as vacinas que protegem contra a meningite meningocócica poderá ser aplicada na gestante caso ela viva em uma região de risco epidemiológico e se houver recomendação médica.
  • Febre Amarela: a vacina contra febre amarela é, geralmente, contraindicada para gestantes. No entanto, se o risco de infecção for maior que o risco potencial da vacina, o médico poderá indicar a aplicação.
  • DTPa: vacina tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é a única vacina contra coqueluche que pode ser administrada de maneira segura em adultos. A vacina DTP tradicional e a vacina pentavalente, que inclui a DTP, só podem ser administradas até os seis anos de idade.
  • Vacina contra raiva humana: em situações de pós-exposição ao vírus.

Vacinas que a gestante NÃO pode tomar:

Vacinas de vírus e bactérias vivos:
  • Tríplice Viral – que combate o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola
  • Varicela (Catapora)
  • Febre Amarela
  • BCG (contra a Tuberculose). 
Essas vacinas são elaboradas a partir do vírus ou da bactéria (no caso da BCG) vivos e atenuados, por isso há o risco, mesmo que seja baixo, de a mulher grávida, que já está com a imunidade alterada por conta da gestação, desenvolver a doença
No entanto, há exceções para a vacinação dessa mulher quando, por exemplo, ela mora em uma região com foco de transmissão (como nos casos de febre amarela), de modo que é o médico que deve avaliar o risco. Se a mulher tomar a vacina sem saber que está grávida, deve comunicar imediatamente o seu médico para ser acompanhada



Leia mais:

A partir do 2º semestre, gestantes serão vacinadas contra coqueluche


Referências

A partir do 2º semestre, gestantes serão vacinadas contra coqueluche


A vacina deve começar a ser ministrada a partir do segundo semestre. A chamada DTPa (vacina tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche) é a única vacina contra coqueluche que pode ser administrada de maneira segura em adultos. A vacina DTP tradicional e a vacina pentavalente, que inclui a DTP, só podem ser administradas até os seis anos de idade.

O Brasil ainda não fabrica a vacina. De acordo com o ministério, a produção mundial é pequena, mas estão sendo feitos acordos com laboratórios internacionais para iniciar um processo de aquisição, envolvendo a possibilidade de transferência de tecnologia. Ainda segundo o órgão, o aumento de casos da doença faz parte de uma tendência que está sendo observada na Europa e nos Estados Unidos desde 2010.

O esquema vacinal ainda não foi definido, ou seja, o calendário de vacinação, o período de gestação recomendado para receber a dose e quantas doses serão necessárias para garantir a prevenção.

Coqueluche


De 2011 a 2012, o número de casos confirmados de coqueluche quase dobrou no país. Foram notificados 4.553 casos, 85% em crianças com menos de um ano de vida. Setenta e quatro bebês morreram no ano passado vítimas da doença. A principal forma de prevenção é a vacinação, que só é realizada a partir dois meses de vida, com doses complementares aos quatro e aos seis meses, chamada pentavalente.

Por isso, o Ministério da Saúde resolveu alterar a estratégia de imunização e incorporar um novo tipo de vacina ao calendário das gestantes. O objetivo é que os bebês já nasçam protegidos, por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o esquema básico de vacinação.
O que é?
A coqueluche é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Bordetella pertussis que compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios), e se caracteriza por crises de tosse seca. Por isso, também é conhecida como tosse comprida.

Como se pega?
A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com a pessoa doente, por meio de gotículas de secreção expelidas ao tossir, falar ou espirrar. É raro, mas a transmissão também pode ocorrer por objetos contaminados com secreções do doente.

Quais são os principais sintomas?
Os sintomas variam conforme a fase da doença. São três etapas sucessivas. A primeira inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, começam os acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na recuperação, as crises são de tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

Como prevenir?
A principal forma de prevenção é a vacinação. São três doses ministradas na primeira infância, aos dois, quatro e seis meses de vida. A imunização está incluída na pentavalente, que também protege contra Difteria, Tétano, Hemófilos e Poliomielite.

Como é tratada?
Com um antibiótico do tipo eritromicina, a ser indicado por um profissional de saúde.

Fonte


  • http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2013/02/coqueluche-entenda-a-doenca
  • http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2013/02/a-partir-de-junho-gestantes-serao-vacinadas-contra-coqueluche
  • Ministério da Saúde.

O sangue Humano

Uma imagem de microscópio eletrônico
de varredura da circulação normal do sangue humano
O sangue é um tecido conjuntivo líquido, produzido na medula óssea vermelha, que flui pelas veias, artérias e capilares sanguíneos dos animais vertebrados e invertebrados. O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório, os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. Talvez a característica que melhor distingue o sangue dos outros tecidos conjuntivos é o fato de ele possuir uma matriz extracelular abundante, o plasma, também chamado de parte líquida, que compõe cerca de 55 % do volume, ao passo que o restante, referente às células e partes de células, e por isso chamada de elementos figurados (de figures: conta, números), constitui cerca de 45 % do sangue.

Funções

Ele é responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo.


Composição do sangue


Como se pode perceber observando a figura ao lado, o sangue possui dois componentes: 

  1. Plasma:  responsável por 55% do volume sanguíneo, é a parte líquida, correspondente à matriz extracelular do tecido, onde as células estão imersas. É uma solução contendo 92 % de água, daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 8% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios, uréia, etc.
  2. Elementos figurados (de figures: conta, números) responsáveis por aproximadamente 45% do volume sanguíneo, é a parte sólida, constituída de células e plaquetas:
  • Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, são as células vermelhas do sangue,  cuja função principal é o transporte de oxigênio ligado à hemoglobina, proteína contendo Ferro, que ao ser oxidado, quando o O2 se liga a ele para ser transportado, adquire coloração avermelhada (procure uma barra de ferro velha pela rua e você verá que as porções oxidadas, “enferrujadas” também têm coloração alaranjada/avermelhada). Em mamíferos, durante o processo de diferenciação, essas células perdem o núcleo, de forma a adquirir um formato bicôncavo, mais delgado, e aumentar a área de superfície em relação ao volume, facilitando as trocas gasosas. Essas células duram aproximadamente 120 dias, após isso, são repostas pela medula óssea. Normalmente encontram-se na proporção de 4-6×106/mm3 de sangue. Denomina-se anemia a condição na qual o indivíduo têm um número reduzido de eritrócitos e/ou apresenta dificuldades em transportar o O2.
  • glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são responsáveis pela defesa de nosso corpo (defesa imunitária). Eles protegem nosso organismo contra a invasão de microorganismos indesejados (vírus, bactérias e fungos). Normalmente encontram-se na proporção de 5-6×103/mm3 de sangue. Pessoas cujo sistema imunitário não é capaz de combater microrganismos patogênicos adequadamente são ditas imunodeficientes. Isso pode ser devido a defeitos genéticos nas células ou insuficiência de células. Um exemplo é a AIDS, na qual o vírus HIV ataca e destrói os linfócitos T CD4+, comprometendo grandemente a eficiência das respostas imunes. 
  • As plaquetas: são fragmentos de células chamadas megacariócitos, presentes no sangue, e têm como função principal promover a coagulação (solidificação) do sangue a fim de evitar hemorragias, por exemplo. Elas geralmente agem quando os vasos sanguíneos sofrem danos. Um exemplo simples é o caso de uma picada de agulha, onde observa-se uma pequena e ligeira perda de sangue que logo é estancada, isto ocorre graças ao tampão plaquetário. Normalmente encontram-se na proporção de 2,5-4×105/mm3 de sangue. Pessoas que apresentam o processo de coagulação deficiente são ditas hemofílicas. Essa é uma condição genética e comumente se deve à incapacidade de produzir uma das proteínas envolvidas no processo de coagulação, o chamado fator VIII. Como o gene que codifica o fator VIII está localizado no cromossomo X e os homens só têm um X, a proporção de hemofílicos é muito maior nas pessoas do sexo masculino.

Fonte

Principais infecções associadas ao câncer

Atualmente, há evidências suficientes de que alguns tipos de vírus, bactérias e parasitos associados a infecções crônicas estão presentes no processo de desenvolvimento do câncer. No mundo, estima-se que 18% dos casos de câncer se devam a agentes infecciosos, percentual que os coloca, ao lado do fumo, como os mais importantes agentes cancerígenos, com destaque para o papilomavírus humano (HPV), o Helicobacter pylori, os vírus das hepatites B e C.

A prevenção de algumas infecções evitaria 26% dos casos de câncer no mundo em desenvolvimento.

A tabela abaixo apresenta os principais agentes cuja evidência de potencial carcinogênico é considerada adequada pela International Agency for Research on Cancer (IARC), a unidade da OMS para pesquisa em câncer, com sede na França.

Principais infecções associadas ao câncer
Agente  Tipo de câncer
Papilomavírus humano (HPV)  Carcinoma cervical
Helicobacter pylori (HP)  Carcinoma gástrico
Linfoma gástrico
Vírus da hepatite B (HBV); Vírus da Hepatite C (HCV)  Hepatocarcinoma
Vírus Epstein- Barr Linfoma de Burkitt Vírus Epstein- Barr Linfoma de Burkitt
Linfoma de Hodgkin
Carcinoma de nasofaringe
Herpes vírus tipo 8 (HHV8)  Sarcoma de Kaposi
Vírus T-linfotrópico humano tipo I (HTLV-I)  Linfoma de Células T do adulto
Opisthorchis viverrini Carcinoma de vias biliares
Schistosoma haematobium  Carcinoma de bexiga
 @cadernofarmacia


Fonte

  • http://www1.inca.gov.br/situacao/arquivos/causalidade_infeccao_cancer.pdf

Seja um doador de órgãos. Seja um doador de vidas

A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas.

"Doar não é um tabu. Conte para sua família. Conte com sua família". 

Para ser um doador de órgãos hoje, o principal passo a ser tomado é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito, nem a necessidade de um registro formal no RG ou CNH. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de que, a partir do momento da constatação da morte encefálica, uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante, possam ajudar outras pessoas. 

Lei sobre transplante de órgãos

A Lei que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante é a Lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, posteriormente alterada pela Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001, que substituiu a doação presumida pelo consentimento informado do desejo de doar.
Segundo a nova Lei, as manifestações de vontade à doação de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, após a morte, que constavam na Carteira de Identidade Civil e na Carteira Nacional de Habilitação, perderam sua validade a partir do dia 22 de dezembro de 2000. Isto significa que, hoje, a retirada de órgãos/tecidos de pessoas falecidas para a realização de transplante depende da autorização da família. Sendo assim, é muito importante que uma pessoa, que deseja após a sua morte, ser uma doadora de órgãos e tecidos comunique à sua família sobre o seu desejo, para que a mesma autorize a doação no momento oportuno.

Para ser doador é preciso:

  • Ter identificação e registro hospitalar;
  • Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
  • Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
  • Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
  • Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
  • Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Observação: Após diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.

O que pode ser doado:

  • Cartilagem (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca);
  • Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
  • Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
  • Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
  • Sangue;
  • Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
  • Pele(retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca);
  • Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
  • Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
  • Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);
  • Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
  • Valvas Cardíacas.
Também existe a doação de órgãos ainda vivo. O médico poderá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças anteriores. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. Os doadores vivos são aqueles que doam um órgão duplo como o rim, uma parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou um tecido como a medula óssea, para que se possa ser transplantado em alguém de sua família ou amigo. Este tipo de doação só acontece se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa que doa.

Para doar órgãos em vida é necessário:

  • Ser um cidadão juridicamente capaz;
  • Estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais;
  • Apresentar condições adequadas de saúde, avaliadas por um médico que afaste a possibilidade de existir doenças que comprometam a saúde durante e após a doação;
  • Querer doar um órgão ou tecido que seja duplo, como o rim, e não impeça o organismo do doador continuar funcionando; " Ter um receptor com indicação terapêutica indispensável de transplante; e 
  • Ser parente de até quarto grau ou cônjuge. No caso de não parentes, a doação só poderá ser feita com autorização judicial.

Órgãos e tecidos que podem ser doados em vida:

  • Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%);
  • Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
  • Pâncreas;
  • Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais); 
  • Rim.

Impedimentos para a doação:

  • Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular; 
  • Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados;
  • Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas; e
  • Pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, carcinoma basocelular e câncer de útero - e doenças degenerativas crônicas. 

Fonte

  • http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23628
  • http://noticias.r7.com/saude/ministerio+da+saude+lanca+campanha+para+incentivas+doacao+de+orgaos-27092012

Tipos de Água reagente

De acordo com as especificações publicadas pela ACS - American Chemical Society, ASTM-American Society for Testing and Materials, USP-United States Pharmacopeia, NCCLS-National Committee for Clinical Laboratory Standards e CAP-College of American Pathologists, existem os seguintes tipos de água reagente:

1 - Água reagente tipo I
2 - Água reagente tipo II
3 - Água reagente tipo III
4 - Água reagente especial.

ESPECIFICAÇÕES DA ÁGUA REAGENTE 

A água reagente, de acordo com o seu tipo, deve possuir determinadas especificações que são mostradas na Tabela 1.

Tabela 1:
 Água reagente
TIPO I
TIPO II
TIPO III
Bactéria – UFC/ml (a)
10
10.000
N.E.
PH
N.E.
N.E.
5,0/9,0
Resistência específica, megohm/cm a 25 °C (b)
= 10,0
>1,0
>0,1
Condutividade, micromho/cm (a)
= 0,1
<0,5
<10,0
Máximo de silicatos(Si)O2 - mg/l
0,05
0,1
1,0
Metais pesados - mg/l
0,01
0,01
0,01
Substâncias orgânicas – KMnO4 - minutos
60
60
60
CO2 - mg/l
3
3
3

N.E. = Não especificado          (a) – Máximo    (b) – Mínimo     UFC= Unidade formadora de colônias



UTILIZAÇÃO DA ÁGUA REAGENTE

ÁGUA REAGENTE TIPO I

Esta água é a ideal para a utilização geral em Laboratórios Clínicos. Quando obtida por processos adequados e estocada corretamente, não produz nenhuma interferência na preparação dos reagentes ou execução das metodologias mais sofisticadas no Laboratório Clínico.
Sua resistência específica deve ser = 10 megohm/cm. 

ÁGUA REAGENTE TIPO II

Esta água pode ser usada quando a presença de bactérias é tolerada, como nos testes de rotina que não necessitam água reagente do tipo I ou água reagente especial. 
É a água reagente que sempre temos em nossos laboratórios e pode ser usada para dissolver os nossos soros controles, preparar os reagentes e diluir as amostras. 
Sua resistência específica deve ser > 1,0 megohm/cm. 

ÁGUA REAGENTE TIPO III

Pode ser usada para rinsar frascos de vidro ou lavagens preliminares de outros recipientes que necessitem no final, tratamento com água tipo I ou II. Também pode ser utilizada como água original, para a obtenção de água de alto grau de pureza. 
Sua resistência específica deve ser > 0,1 megohm/cm.

ÁGUA REAGENTE ESPECIAL

Deve ser preparada e utilizada quando há necessidade de que sejam removidos determinados contaminantes, de acordo com a utilização proposta. Ex.: água para preparar soluções injetáveis, exames microssomais, HPLC, etc.
Este tipo de água é obtido com a utilização de dois ou mais processos de purificação, que permitam a eliminação de todo e qualquer contaminante da água. Ela não deve conter íons, substâncias orgânicas, silicatos, bactérias ou substâncias em suspensão.

Fonte

  • PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE - http://www.pncq.org.br/participantes/atualizacao_baixo_001.asp