Estoque doméstico de Medicamentos

É comprovado que o impacto que os resíduos de medicamentos causam ao meio ambiente é um problema grave. Muitas pessoas, por falta de alternativas e de informação, ainda jogam medicamentos vencidos ou que não serão mais usados no lixo comum ou na rede de esgoto. Os medicamentos contêm substâncias químicas que contaminam o solo, a água e colocam em risco o meio ambiente. Alguns, ainda, inalterados, irão ser utilizados indevidamente por outras pessoas e animais.
Riscos do descarte inadequado de medicamentos:
  • Riscos à saúde de crianças ou pessoas carentes que possam reutilizá-los;
  • Reuso indevido de sobras de medicamentos: reações adversas graves, intoxicações, entre outros problemas.
 Saiba como jogar fora os medicamentos vencidos


POR QUE SOBRAM MEDICAMENTOS?


Os medicamentos são classificados como resíduos do grupo B, que engloba substâncias químicas que podem apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente dependendo de suas características, de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Vários Estados e Municípios possuem legislação própria específica sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, estabelecendo normas para classificação, segregação, armazenamento, coleta, transporte e disposição final destes resíduos. Contudo as legislações em vigor não são claras e muitas vezes são conflitantes, gerando dúvidas e impossibilitando a adoção de normas práticas e eficazes em todo o País. E ainda, esta legislação se torna deficiente por não mencionar a destinação final adequada de resíduos líquidos que direciona a estabelecimentos de saúde e não engloba a população no geral e não possui uma coleta adequada destes resíduos por parte das prefeituras de nada adiantando as normas se esta não é aplicada. 


ESTOQUE DOMÉSTICO


É importante refletir sobre os possíveis fatores relacionados ao estoque doméstico de medicamentos, pois é daí que se originam os produtos para o descarte. Entre eles, podemos citar:

  • Apresentação inadequada do produto: por exemplo, o usuário necessita e 21 comprimidos para um determinado tratamento com antibiótico e a caixa a ser vendida contém 28 cápsulas, logo, após terminar o tratamento restam 7 cápsulas que não devem ser utilizadas;
  • Reações adversas ao medicamento: neste caso, o indivíduo necessita interromper o uso do medicamento, se este não for descartado, a pessoa pode vir a utilizar novamente e sofrer os mesmos efeitos;
  • Falha/interrupção no tratamento: ocorre principalmente no caso de medicamentos de uso crônico, como anti-hipertensivos, antirretrovirais, entre outros;
  • Automedicação: é o uso de medicamentos sem prescrição médica ou auxílio de qualquer profissional da saúde, que pode acarretar em diversos problemas, e está diretamente relacionado com o item abaixo;
  • Farmácia caseira: é o “estoque” de medicamentos armazenados em casa, que ocorre principalmente quando a pessoa compra medicamentos para dor de cabeça, febre, dor de barriga, para ser usado de acordo com a necessidade, ou quando a pessoa utiliza medicamentos de uso contínuo e compra o tratamento para diversos meses;
  • Amostras grátis muitas vezes (quando não são medicamentos de uso crônico), acabam sendo esquecidos na farmácia caseira.


“uso racional de medicamentos”, de acordo com a OMS, quando "os pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.



FONTE

  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/81588400474586d89032d43fbc4c6735/Apresentac%CC%A7a%CC%83o+Anvisa.ppt?MOD=AJPERES (Acesso em 12/11/13 às 10h45min) 
  • http://www.uff.br/sbqrio/novidades/Novidades03_10_2008.html (Acesso em 10/11/13 às 23h12min) 
  • http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/132/014a016_artigo_dr_walter.pdf 
  • (Acesso em 12/11/13 às 12h35min) 
  • http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=9187&n_link=revista_artigos_leitura (Acesso em 10/11/13 às 11h35min) 
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-06/anvisa-alerta-para-riscos-do-descarte-incorreto-de-medicamentos (Acesso em 10/11/13 às 14h45min) 
  • http://www.descarteconsciente.com.br (Acesso em 12/11/13 às 13h45min) 
  • http://www.academia.edu/1844377/caracterizacao_dos_medicamentos_descartados_por_usuarios_da_farmacia_popular_do_brasil_farmacia-escola_da_ufrgs (Acesso em 10/11/13 às 10h45min)

Cromatografia

A cromatografia é um método físico-químico de separação. O objetivo da cromatografia é separar individualmente os diversos constituintes de uma mistura de substâncias seja para identificação, quantificação ou obtenção da substância pura para os mais diversos fins.
A separação é por migração da amostra através de uma fase estacionária por intermédio de um fluido (fase móvel).
Após a introdução da amostra no sistema cromatográfico, os componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e viajam mais lentamente que a fase móvel devido ao efeito retardante da fase estacionária.O equilíbrio de distribuição determina a velocidade com a qual cada componente migra através do sistema.


História e Significado

O nome Cromatografia (χρωματογραφία) é de origem grega:
  • χρώμα: chroma, cor;
  • γραφειν: grafein, grafia.
No início do século XX, o Botânico russo M.S. Tsver encontrou  uma maneira de separar os vários pigmentos de flores e folhas. Ele moeu as plantas e dissolveu os pigmentos e, então, despejou a solução no topo de um tubo vertical cheio de giz moído. os diferentes pigmentos percorreram a coluna de giz em diferentes velocidades, produzindo bandas coloridas no tubo e inspirando o nome cromatografia (escrita em cores). A separação ocorreu porque o giz absorveu os diferentes pigmentos em diferentes graus.

Cromatografia em Coluna Aberta
Experimento de Tswett



Princípio Básico

  • A separação depende da interação dos componentes da mistura com a fase móvel (líquida ou gás) e com a fase estacionária (líquida ou sólida);
  • A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, dipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade;
  • A fase estacionária é a força resistiva e a fase móvel é a força propulsiva.
  • A identificação se dá mediante a comparação da interação de padrões com as fases estacionárias;
  • A quantificação é feita também pela comparação com padrões de concentrações conhecidas, através de curvas analíticas.


Classificação

A classificação da cromatografia é de acordo com:
  • O objetivo (analítica ou preparativa)
  • O sistema cromatográfico (em coluna ou planar);
  • A Fase Móvel (líquido, gás ou gás pressurizado: com composição constante ou variável);
  • A Fase Estacionária (líquida, sólida ou quimicamente ligada);
  • O modo de separação (adsorção, partição, troca iônica, exclusão ou afinidade);
  • O modo de operação (frontal, deslocamento ou eluição).
Classificação da cromatografia


Aplicação

A cromatografia desempenha um papel importante em diversas áreas, como a química orgânica, bioquímica, química inorgânica, química ambiental e a química alimentícia. Utilizada em Investigação criminal, industria química, farmacêutica, do petróleo e de alimentos, entre outras, para:
  • Quantificação das impurezas de um produto;
  • Determinação da composição e da formulação de um produto;
  • Controle de qualidade de ativos e formas farmacêuticas;
  • Outros.


Fonte

  • Princípios de Química: Questionando A Vida Moderna e o Meio Ambiente/ Peter Atkins, Loretta Jones. - 5 ª Ed. - Porto Alegre: Bookman, 2012.
  • http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf
  • http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=451&id=103&option=com_content&task=view
  • http://cromatografialiquida.com.br/Clae/colunaaberta.htm