Espectrofotômetro

Alguns componentes são comuns a todos os espectrofotômetros, como é verificado a seguir. A luz, habitualmente fornecida por uma lâmpada, é fracionada pelo prisma ou rede de difração (monocromador) nos comprimentos de onda que a compõem (luzes monocromáticas). O comprimento de onda selecionado é dirigido para a solução contida em um recipiente transparente (cubeta). Parte da luz é absorvida e parte é transmitida. A redução da intensidade luminosa é medida pelo detector (célula fotelétrica) porque o sinal elétrico de saída do detector depende da intensidade da luz que incidiu sobre ele. O sinal elétrico amplificado e visualizado no galvanômetro em números, é lido como uma absorbância e é proporcional à concentração da substância absorvene existente na cubeta. A precisão dos comprimentos de onda para análise são chamados de bandas de passagem, mais comum na ordem de 10nm. O espectro da análise mais comum é de 330nm a 1100nm para a faixa visível.

Antes de utilizar um espectrofotômetro sempre é feita uma calibração, que é fundamental para garantir que as medições obtidas no aparelho sejam precisas. Esta calibração pode variar em vários espectrofotômetros. A maioria dos fabricantes fornece um guia sobre como calibrar o aparelho.
É muito importante ao colocar a amostra a ser analisada, não tocar no tubo de ensaio na parte do meio, para evitar manchas de dedo que alteram a leitura do aparelho. Assim, o ideal é pegar na parte superior do tubo e colocá-lo no aparelho para que ele faça a leitura e dê o resultado almejado. Além disto, para que um espectrofotômetro funcione corretamente, deve ser aquecido antes de usar. Muitos dispositivos demoram cerca de 10 minutos para aquecer.

Esquema óptico dos principais componentes do espectrofotômetro. As letras representam: (a) fonte de luz, (b) colimador, (c) prisma ou rede de difração, (d) fenda seletora de X, (e) compartimento de amostras com cubeta contendo solução, (f) célula fotelétrica, (g) amplificador.



Os espectrofotômetros são instrumentos de análise que permitem:
  • Selecionar o comprimento de onda (lâmbda) da radiação adequado à análise de um determinado componente
  • Medir a intensidade I do feixe emergente que corresponde a um determinado feixe incidente Io, convertendo o sinal recebido no detector em medida de Absorvância para o comprimento de onda da análise. Em outras palavras, criar o "Branco" e em seguida fazer as medidas com a amostra.
  • Determinar a concentração de uma espécie em solução a partir do gráfico da variação de absorvância (ou transmitância) em função da concentração de várias soluções-padrão.

Natureza da Cor e Absorção de Luz

O conhecimento da absorção de luz pela matéria é a forma mais usual de determinar a concentração de compostos presentes em solução. A maioria dos métodos utilizados em bioquímica clínica envolve a determinação espectrofotométrica de compostos corados (cromóforo) obtidos pela reação entre o composto a ser analisado e o reagente (reagente cromogênico), originando um produto colorido. Os métodos que se baseiam nesse princípio são denominados métodos colorimétricos, os quais geralmente são específicos e muito sensíveis. A grande vantagem em utilizar compostos coloridos deve-se ao fato de eles absorverem luz visível (região visível do espectro eletromagnético).
A espectrofotometria — medida de absorção ou transmissão de luz — é uma das mais valiosas técnicas analíticas amplamente utilizadas em laboratórios de área básica, bem como em análises clínicas. Por meio da espectrofotometria, componentes desconhecidos de uma solução podem ser identificados por seus espectros característicos ao ultravioleta, visível, ou infravermelho.
Quando um feixe de luz monocromática atravessa uma solução com moléculas absorventes, parte da luz é absorvida pela solução e o restante é transmitido. A absorção de luz depende basicamente da concentração das moléculas absorventes e da espessura da solução – caminho óptico (veja Figura 1.1).




A intensidade da cor de uma solução é proporcional à concentração das moléculas absorventes de luz. Quanto mais concentrada for a solução, maior será a absorção de luz. Por outro lado, a cor da solução é determinada pela cor da luz transmitida (Veja a Figura 1.2).

Concluindo, uma solução aparece como branca porque transmite luzes de todas as cores; quando absorve luzes de todas as cores, a solução é preta. Finalmente, a solução é verde quando absorve luz vermelha e transmite luz verde (amarelo + azul), a qual é denominada luz complementar. A Tabela 1.1 relaciona a cor da luz com a cor da luz complementar. 

Tabela 1.1 Comprimento de ondas de diversas cores.


 Quando recebemos raios de luz de diferentes frequências podemos perceber cores diferentes destas, como combinações. A luz branca que percebemos vinda do Sol, por exemplo, é a combinação de todas as sete cores do espectro visível.

Absorção de Luz

A luz é urna forma de radiação eletromagnética que possui características de onda e de partícula (fóton). O movimento ondulatório é caracterizado pelo comprimento de onda (), o qual corresponde à distância linear entre duas cristas, medido em nanômetros (nm), que corresponde a 10-9 m .
O conteúdo energético da luz é inversamente proporcional ao comprimento de onda, de tal forma que a luz violeta de = 380 nm é bem mais energética do que a luz vermelha de = 700 nm. Dentro do exposto podemos dizer que a luz é constituída de partículas de energia denominadas fótons, em que o conteúdo energético está intimamente relacionado com o comprimento de onda. A absorção de luz pela matéria envolve a incorporação da energia contida no fóton à estrutura das moléculas absorventes.
Quando isso acontece, as moléculas absorventes passam do estado fundamental (estado energético mais baixo) para o estado excitado (estado energético mais alto).
Contudo, a duração do estado excitado normalmente é breve, e a molécula retorna ao estado fundamental após aproximadamente 10-8 segundos. Geralmente, o retorno ao estado fundamental libera energia na forma de calor. Portanto, quando um feixe de luz monocromática (1 comprimento de onda) atravessa uma solução que contém moléculas absorventes, parte das ondas eletromagnéticas seriam absorvidas pelas moléculas presentes na solução, assumindo o estado excitado, as quais retornariam a seguir ao estado fundamental, liberando a energia na forma de calor (veja Figura 1.3).
Figura 1.3 Onda eletromagnética. 

O fenômeno de absorção implica que o conteúdo energético do fóton seja igual à quantidade de energia necessária para que a molécula ou átomo passe do estado fundamental para o excitado. Quando o conteúdo energético do fóton for maior ou menor do que a quantidade de energia necessária para o composto passar do estado fundamental para o excitado, o fenômeno de absorção não ocorre.
Assim, deve-se utilizar um feixe de luz monocromática de comprimento de onda adequado, capaz de excitar o composto estudado, nos métodos de dosagem colorimétrica. O procedimento para escolha do melhor comprimento de onda é simples e consiste em submeter uma solução a feixes de luzes monocromáticas de diferentes comprimentos de onda e verificar qual deles é mais absorvido pela solução.


Fonte:

http://www.ufrgs.br/leo/site_espec/naturezadacor.html
http://www.ufrgs.br/leo/site_espec/index.html
http://www.ufrgs.br/leo/site_espec/absorcaodacor.html

Metabolismo do Ferro

Além de sua função essencial na formação da hemoglobina, o Ferro tem um papel importante na formação adequada dos ossos, na cicatrização, na síntese do RNA, na pigmentação da pele e do cabelo, e no metabolismo das proteínas.
As doenças e desordens relacionadas com a deficiência desse mineral são: diminuição na formação de hemoglobina, distúrbio na função da medula óssea, depressão na produção de eritrócitos e possível dano à membrana celular.
No final da sobrevida, ou seja, 120 dias, os eritrócitos são destruídos nos macrófagos do sistema reticuloendotelial (SRE) dentro do baço; o ferro é liberado da hemoglobina, entra no plasma e fornece a maioria do ferro da transferrina. Somente uma pequena porção do ferro da transferrina plasmática vem da dieta, absorvido no duodeno e no jejuno.
Quase todo o ferro da hemoglobina é reaproveitado, assim as necessidades diárias de ferro novo são pequenas. 

ABSORÇÃO

A absorção intestinal (duodeno e jejuno) é da ordem de 1 mg/dia, embora a quantidade ingerida seja pelo menos 10 vezes maior. O ferro absorvido repõe o que é perdido em células descamadas (que sempre contêm algum ferro, p. ex. em citocromos) e no sangue menstrual. Nas mulheres, a necessidade diária é cerca do dobro da dos homens.
O ferro pode ser encontrado sob 2 formas: ferrosa (Fe++) e férrica (Fe+++)
  • Fe+++: encontrado nos vegetais (verduras de coloração verde escura, feijão, soja, entre outros), transforma-se em Fe++ no organismo. Somente 2% é reaproveitado.
  • Fe++: ou ferro elementar, encontrado nos alimentos de origem animal (carnes de todos os tipos, leite e ovos), está pronto para ser absorvido.  

A absorção do ferro, especialmente de origem animal, é aumentada com a ingestão conjunta de alimentos levemente ácidos (ou proteínas) e também por alimentos ricos em ácido ascórbico (vitamina C).
O transporte e armazenamento do ferro é mediado por três proteínas: transferrina, receptor de transferrina e ferritina.

FERRITINA

Nas células da mucosa intestinal, o ferro absorvido fica armazenado como Fe+++ em uma proteína chamada ferritina (proteína fixadora de ferro). Para tal, o ferro forma micelas de hidroxifosfato férrico e se liga a uma proteína, a apoferritina, cuja molécula é constituída de várias subunidades que circundam a micela. O complexo de subunidades proteicas de apoferritina e da micela de Fe+++ é que constitui a ferritina. Até cerca de 4.300 átomos de Fe+++ podem ser estocados desta forma por uma partícula de ferritina.
A ferritina é visível só ao microscópio eletrônico como uma partícula eletrodensa que pode ser usada como marcador.

TRANSFERRINA 

A transferrina é uma proteína do plasma responsável pelo transporte do ferro do seu sítio de absorção no nível intestinal ou nos sítios de catabolismo da hemoglobina para os precursores de células vermelhas na medula óssea ou para os sítios de estocagem de ferro no sistema reticuloendotelial na medula óssea, no fígado e no baço.
Para transporte no plasma, o Fe+++ é removido da ferritina (que fica sempre no interior de células) e transferido para a transferrina, que carreia 2 átomos de Fe+++ por molécula.
A ligação com o ferro é estável em condições fisiológicas, mas a dissociação pode ocorrer em meio ácido.

DESTINO DO FERRO 

Este ferro é distribuído às células do organismo, onde é necessário para síntese de citocromos e, principalmente, às células da série vermelha da medula óssea, no estágio de normoblasto, onde será usado na síntese de hemoglobina.
O restante é depositado em células do SRE, principalmente nas células reticulares do baço e da medula óssea, e nas células de Kupffer do fígado, onde fica armazenado também na forma de ferritina (como nas células da mucosa intestinal). A ferritina é uma forma de armazenamento que permite fácil mobilização do ferro para síntese de hemoglobina.

Hemoglobina Total

A Hemoglobina (C2952H4664O812S8Fe4 ) é o principal componente das hemácias. Esta proteína é quase esférica, tendo aproximadamente 55 Å de diâmetro e massa molecular de aproximadamente 64000. De coloração avermelhada, é a substância corante da hemácia, por conter átomos de ferro. 
A hemoglobina é uma proteína conjugada, cuja função é transportar O2 e CO2 pelos diferentes tecidos do corpo humano.  Transporta também uma pequena quantidade de gás carbônico.
A hemoglobina combina-se com o oxigênio na velocidade de 1/100 de segundos e dissocia-se a 1/20 de segundo. 
Trata-se de uma cromoproteína contendo 96% de uma albumina denominada globina e 4% de um grupamento prostético Heme. 

Tipos de Hemoglobina

A globina tem 4 cadeias proteicas, 2α e 2β, cada uma com aproximadamente 140 aminoácidos. Cada cadeia está dobrada de forma a constituir uma ‘bolsa’ na parte externa da molécula, onde se aloja o heme.
Embrionária:
  • Gower 1 (ξ2ε2)
  • Gower 2 (α2ε2)
  • Hemoglobina de Portland (ζ2γ2)
Fetal:
  • Hemoglobina F (α2γ2)
Adultos:
  • Hemoglobina A (α2β2) - O tipo mais comum, correspondendo a 96 - 98% da hemoglobina total.
  • Hemoglobina A2 (α2δ2) - cadeias δ são sintetizadas no último trimestre após o parto, seu nível normal é de aproximadamente 2.3 - 3.8%.
  • Hemoglobina F (α2γ2) - No adultos a Hemoglobina F é restrita a uma população de células vermelhas (hemácias) chamadas células F, este tipo de hemoglobina corresponde a cerca de 0 -1% da hemoglobina total.
Cada molécula de hemoglobina possui quatro grupos Heme de estrutura porfirínica possuindo, cada um, um átomo de Fe++ ligado à parte proteica da molécula. 
No catabolismo normal de hemoglobina, o ferro e a globina são reaproveitados, e a porfirina é descartada.  Isto ocorre em células fagocitárias, principalmente no baço, onde hemácias velhas, com cerca de 120 dias, são degradadas. 
Anel tetrapirrólico (4 pirrol)  ligados entre si por um átomo de ferro. Esse anel tetrapirrólico permanece unido por pontes de meteno (=CH-), formando a protoporfirina.



Hb Total

Este teste é usado para medir a quantidade de hemoglobina (Hb) encontrada em um decilitro (100 ml) de sangue total. Usualmente ele é parte de um hemograma completo.
A concentração de hemoglobina correlaciona-se estreitamente com a contagem de hemácias.

Objetivos

  • Medir a gravidade de anemia ou policitemia e monitorar a resposta à terapia.
  • Obter dados para o cálculo da hemoglobina corpuscular média e concentração de hemoglobina corpuscular média.

Valores de referência

Método: automatizado
As concentrações de Hb variam, dependendo do tipo de amostra retirada (amostras de sangue capilar para bebês e amostras de sangue venoso para todos os demais) e da idade e sexo do paciente, da seguinte maneira:

  • Recém-nascidos: 14 a 20 g/dl
  • 1 semana de idade: 15 a 23 g/dl
  • 6 meses de idade: 11 a 14 g/dlCrianças de 6 meses a 18 anos: 12 a 16 g/dl 
  • Homens: 14 a 18 g/dl 
  • Mulheres: 12 a 16 g/dl.

Achados anormais

  • Baixas concentrações de Hb podem indicar anemia, hemorragia recente ou retenção de líquido causando hemodiluição.
  • Hb elevada sugere hemoconcentração originária de policitemia ou desidratação.

Fonte:


Contagem de hemácias e índices hematimétricos

  • Contagem de hemácias

Este teste, também chamado de contagem de eritrócitos, é parte de uma contagem completa de sangue. É também usado para detectar a quantidade de hemácias em um microlitro (mm³ ou milímetro cúbico) de sangue total. 


  • Índices Hematimétricos
Servem à classificação morfológica das anemias. Fornecem valores médios da concentração de hemoglobina e volume de hemácias, sendo calculados a partir de determinações prévias do hematócrito, hemoglobina e número de hemácias por microlitro de sangue


Objetivos

  • Fornecer dados para o cálculo do volume corpuscular médio e da hemoglobina corpuscular média, que revelam o tamanho da hemácia e o conteúdo de hemoglobina.
  • Dar suporte a outros testes hematológicos para o diagnóstico ou monitoração de anemia ou policitemia.
  • Auxiliar no diagnóstico e classificação das anemias.

Preparação do paciente

Jejum de 4 horas.

Valores de referência

Método: automatizado com eventual estudo morfológico em esfregaços corados.
Os valores normais de hemácias variam, dependendo do tipo de amostra e da idade e sexo do paciente, da seguinte maneira:
Homens adultos: 4,6 a 6,2 milhões de hemácias/ml de sangue venoso
Mulheres adultas: 4,2 a 5,4 milhões de hemácias/ml de sangue venoso
Crianças: 3,8 a 5,5 milhões de hemácias/ml de sangue venoso
Bebês a termo: 4,4 a 5,8 milhões de hemácias/ml de sangue capilar ao nascimento, iminuindo para 3,8 milhões de hemácias/ml na idade de 2 meses, e aumentando lentamente daí em diante.


Os índices hematimétricos testados incluem:

  • volume corpuscular/globular médio (VGM/VCM)
Média do tamanho das hemácias (7 micras)
  VGM = hematócrito x 10                 82 -92 µ³(micras cúbicas)
                  hemácias
82 - 92 µ³ - Normocíticas
> 82 µ³ - Microcíticas
82 µ³ - Macrocíticas

  • hemoglobina corpuscular /globular média (HCM/HGM)
Quantidade média de hemoglobina na hemácia
  HGM = hemoglobina x 10               
                 hemácias  
27 - 32 pg

  •  concentração de hemoglobina corpuscular /globular  média (CHCM/ CHCM).
CHGM = hemoglobina x 100                             
                  hematócrito  
32-36% - Normocrômicas (coloração normal)
> 32% - Hipercrômicas (baixo teor de hemoglobina)
< 32% - Policromasia (Sensação visual. Perde lipídio sem perder hemoglobina. Não existe hipercrômicas)

Achados anormais

  • Uma contagem elevada de hemácias pode indicar policitemia absoluta ou relativa. Uma contagem deprimida de hemácias pode indicar anemia, sobrecarga de líquido ou hemorragia além de 24 horas. Teste adicionais, como, por exemplo, exame de célula colorida, hematócritos, hemoglobina, índices hematimétricos e estudos de glóbulos brancos são necessários para confirmar o diagnóstico.
  • Baixos VCM e CHCM indicam anemias microcíticas hipocrômicas causadas por anemia por deficiência de ferro, anemia sideroblástica ou talassemia. Um VCM alto sugere anemias macrocíticas causadas por anemias megaloblásticas, devido à deficiência de ácido fólico ou vitamina B12, desordens congênitas de DNA ou reticulocitose. Em razão do VCM refletir volume médio de muitas células, um valor dentro da faixa normal pode ocorrer em pacientes cujo tamanho de glóbulos vermelhos varia, e inclui células microcíticas e macrocíticas.


Fonte:


MS incorpora protocolo de tratamento da dor crônica

Pacientes que fazem tratamento para dor crônica passam a contar com mais um tipo de medicamento. O Ministério da Saúde atualizou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica, lançado em 2002, com a incorporação do medicamento gabapentina para o tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Portaria n° 1.083 traz a inclusão do medicamento, além de orientações aos profissionais quanto ao seu uso. As diretrizes trazem critérios de diagnósticos, tratamento, controle e avaliação e é de caráter nacional e dever ser utilizado pelos profissionais de saúde para garantir o acesso e qualidade no atendimento aos pacientes.

O medicamento gabapentina é utilizado no tratamento da dor neuropática — localizada em qualquer ponto de uma via nervosa por lesão ou disfunção de estruturas do sistema nervoso periférico ou central — e que não responde aos antidepressivos e antiepilépticos. Os benefícios esperados são o alívio da dor, garantindo qualidade de vida aos pacientes. Estas medidas são resultados da consulta pública realizada em 2011, que previa a atualização do Protocolo Clínico.

O tratamento é iniciado na atenção básica, e o tempo varia de acordo com a necessidade de cada paciente. A ausência de efeitos do analgésico ou a presença de efeitos colaterais são critérios para sua interrupção ou substituição do tratamento.

GERAL – Entende-se por dor crônica a dor persistente por mais de três a seis meses, independentemente de qual seja a sua causa. De acordo com a International Association for the Study of Pain, dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada a danos para a saúde. A dor pode ser classificada como nociceptiva (visceral e medula espinhal), tendo como sintomas náuseas e vômitos; dor neuropática (sistema nervoso) e dor mista.

Medicamentos ofertados pelo SUS para dor crônica
TipoClasse
Codeína
Opiáceo
Morfina
Codeína
Opiáceo
Morfina
Ácido acetilsalicílico
Anti-inflamatório
Ibuprofeno
Dipirona
Analgésico
Paracetamol
Amitriptilina
Antidepressivo tricíclico
Nortriptilina
Clomipramina
Fenitoína
Antiepiléptico
Carbamazepina
Ácido valpróico
Gabapentina


Fonte:

  • http://www.blog.saude.gov.br/ms-incorpora-protocolo-de-tratamento-da-dor-cronica/

Biotina e Clobetazol gratuitos no SUS

O Ministério da Saúde ampliou o elenco de medicamentos gratuitos ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), a pasta acrescentou dois novos produtos à Relação Nacional de Medicamentos (Rename): a Biotina, indicada para o tratamento de pessoas com deficiência de biotinidase (falta de vitamina H), e o Clobetasol, recomendado contra a doença de pele psoríase. A expectativa é de que o impacto no orçamento para assistência farmacêutica básica, para o próximo ano, seja de aproximadamente R$ 7 milhões.

“O processo de incorporações atende a prioridade do ministério de garantir a universalidade do acesso da população a medicamentos gratuitos. Com isso, reduzimos complicações decorrentes das patologias, possibilitamos a melhora de vida desses pacientes, e reduzimos gastos do governo com internações”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Psoríase – A decisão da Conitec pela escolha do Clobetasol foi baseada em estudos a longo prazo com foco nos resultados sobre a efetividade e a segurança das tecnologias. Atualmente, no mercado, existem outros medicamentos usados para a doença, mas, segundo a Conitec, têm eficácia moderada, riscos altos de infecções e desenvolvimento de outras doenças graves, além de não apresentarem evidências comprovadas de eficácia em um longo     período          de       uso. Além do Clobetasol, o SUS disponibiliza, por oferta de algumas secretarias estaduais de saúde, outros quatro produtos para o tratamento tópico: dexametasona, ácido salicílico, alcatrão e calcipotriol, que agem na melhora das lesões cutâneas.
Para os casos mais graves da doença – a artrite psoriásica –, o SUS também oferta outras opções de tratamento. Ao todo, são sete medicamentos, em 13 diferentes apresentações. São eles: adalimumabe, etanercepte, Infliximabe – financiados e comprados pelo MS – Ciclosporina, Metotrexato, Sulfassalazina – financiados e comprados pelos estados - e o leflunomida – financiado pelo MS e comprado pelos estados.
Propionato de clobetasol
 O propionato de clobetasol (21-cloro-9-fluor -11b,17-dihidróxi -16b -metilpregna-1,4-diene-3,20-dione 17-propionato Fórmula molecular: C25H32ClFO5) é um corticóide

No caso da Biotina, é a primeira opção de tratamento ofertado para pacientes com deficiência de vitamina H. Os sintomas, como perda de força muscular, sonolência, convulsões e falta de equilíbrio, são os sinais clínicos mais frequentes. Pelo tratamento, a vitamina Biotina pode reverter e evitar esses efeitos. Atualmente, estima-se que aproximadamente 3.200 brasileiros sofram com a doença.


biotina recebe também o nome de vitamina Hvitamina B7 ou vitamina B8 e faz parte das vitaminas do complexo B. 
Os dois medicamentos para essas doenças são novidade na rede pública de saúde. A incorporação é fruto de ação conjunta entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) e de Atenção à Saúde (SAS), que elaborou protocolos clínicos para orientar profissionais da saúde sobre a linha de cuidados e o tratamento adequado para essas doenças no SUS. Os documentos estiveram em consulta pública até o início deste mês. Após as contribuições, serão finalizados e publicados no Diário Oficial.

Outras incorporações – Além das duas inclusões, o SUS vai oferecer outros medicamentos para ampliar a linha de cuidados às três diferentes patologias. Serão incorporados pela rede pública os medicamentos Sildenafila para o tratamento de esclerose sistêmica, Tacrolimo para síndrome nefrótica primária, e Naproxeno para espondilite ancilosante.

Ampliação – O governo federal vem ampliando o número de medicamentos gratuitos ofertados pelo SUS à população. De acordo com a Conitec, desde 2010, houve um crescimento de cresceu 47% da oferta, saltando de 550 para 810 medicamentos. Apenas este ano, dez produtos foram incorporados na Rename: Boceprevir (hepatite tipo C), Telaprevir (hepatite tipo C), Trastuzumabe (oncológico - câncer de mama), cinco biológicos para o tratamento da artrite reumatóide, além da Biotina e do Clobetasol. A lista inclui medicamentos da atenção básica, para doenças raras e complexas, insumos e vacinas. Além disso, 64 novas tecnologias estão em análise pela Conitec para possíveis incorporações e criações de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.

Informações sobre a incorporação destas e de outras tecnologias podem ser encontradas na página da Conitec, no portal do Ministério da Saúde.

Fonte:

  • http://www2.far.fiocruz.br/farmanguinhos/index.php?option=com_content&view=article&id=554:sus-amplia-lista-de-medicamentos&catid=53:outras-noticias&Itemid=94

Criado no Brasil, remédio contra a malária vira referência mundial


Comprimidos azuisUm remédio desenvolvido no Brasil vai expandir sua atuação como aliado na luta contra a malária no continente asiático. Trata-se da combinação de dose fixa de artesunato (AS) e mefloquina (MQ), tratamento contra a doença originalmente desenvolvido por Farmaguinhos, instituto da Fiocruz, em parceria com a organização de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês). O remédio foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tornando-se referência em todo o mundo. O reconhecimento também possibilita que seja oferecido por organizações que recebem financiamento de organismos internacionais, como Unicef e o Fundo Global de luta contra a Aids, Tuberculose e Malária.
O fármaco já é registrado na Malásia e na Índia, e é atualmente fabricado nas instalações da empresa farmacêutica Cipla, na região indiana de Patalganga. O acesso ao medicamento na Ásia foi facilitado pela transferência de tecnologia de Farmanguinhos à Cipla, em 2010. A instituição disponibilizou especialistas tanto para fazer a transferência das técnicas de controle de qualidade do produto quanto para a sua fabricação.   
A chamada "pré-qualificação" da OMS - único programa de garantia de qualidade de medicamentos no mundo - permite que o remédio seja mais facilmente adquirido no Sudeste Asiático, o que representa um grande passo rumo ao tratamento universal da doença. O anúncio da certificação foi feito nesta quarta-feira (3/10).
O ministro da Saúde da Malásia, Dato’ Sri Liow Tiong Lai (à direita) e o diretor-executivo da DNDi, Bernard Pecoul, fazem o anúncio oficial, no país asiático
O ministro da Saúde da Malásia, Dato’ Sri Liow Tiong Lai (à direita) e o diretor-executivo da DNDi, Bernard Pecoul, fazem o anúncio oficial, no país asiático

Fonte:

  • http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/criado-no-brasil-rem%C3%A9dio-contra-mal%C3%A1ria-vira-refer%C3%AAncia-mundial

Isótopos, Isóbaros e Isótonos

Número atômico e número de massa

Chama-se o número atômico de um elemento o número de prótons no seu núcleo. Para um âtomo neutro, este é também o número de elétrons que o átomo possui. O número atômico geralmente é representado pela letra Z.
Chama-se o número de massa de um elemento a soma do número de prótons com o número de neutrons, isto é, o número de partículas que constituem o núcleo. Representa-se geralmente pela letra A. Assim, sendo N o número de neutrons de um núcleo, é evidente que:

Isótopo

São variantes de um elemento químico particular. Enquanto todos os isótopos de um dado elemento compartilham o mesmo número de prótons, cada isótopo difere dos outros em seu número de nêutrons. 
O termo isótopo é formado a partir das raízes gregas isos (ἴσος "igual") e Topos ("lugar" τόπος). Assim: "o mesmo lugar", significando que diferentes isótopos de um único elemento ocupam a mesma posição na tabela periódica. O número de prótons dentro núcleo do átomo identifica unicamente um elemento, mas um determinado elemento pode, em princípio, ter qualquer número de nêutrons. 
O número de núcleos (soma de prótons e nêutrons) no núcleo é o número de massa (ou massa atômica), e cada isótopo de um determinado elemento tem um número de massa diferente. A diferença nos pesos atómicos resulta de diferenças no número de nêutrons nos núcleos atómicos, ou seja, os isótopos são átomos que possuem a mesma quantidade de prótons, mas não a mesma de neutrons. 

Ex.: 
  • Isótopos de Hidrogênio: o Prótio (1 próton sem nêutron) o Deutério (1 próton e 1 nêutron) e o Trítio (1 próton e 2 nêutrons). 
  • Isótopos de Carbono: carbono-12, carbono-13 e carbono-14 são três isótopos do elemento carbono com os números de massa 12, 13 e 14, respectivamente. O número atômico do carbono é 6 (= número de prótons no núcleo), o que significa que cada átomo de carbono tem 6 prótons, de modo que os números de nêutrons destes isótopos são 6, 7 e 8, respectivamente.
  • Isótopos do oxigênio: Oxigênio-16; Oxigênio-17; Oxigênio-18
  • Isótopos do urânio: Urânio-235; Urânio-238
  • Isótopos do cloro: Cloro-35; Cloro-37

Na nomenclatura científica, os isótopos são designados pelo nome do elemento seguido por um hífen e pelo número de núcleons (prótons e nêutrons) no núcleo atômico (ex: ferro-57, urânio-238,hélio-3). Na forma simbólica, o número de núcleons é escrito como um prefixo subido do símbolo químico (ex: 57Fe, 238U, ³He). Existem 339 isótopos naturais na Terra. E mais de 3100 são conhecidos.

Resumindo: são átomos de um mesmo elemento que possuem propriedades químicas idênticas (visto apresentarem a mesma distribuição eletrônica), mas propriedades físicas diferentes.
Possuem o mesmo número atômico (Z), porém apresentam diferentes números de massa (A). 
Representa-se um isótopo pelo símbolo, nº atômico (Z) e massa atômica (A) ZEA

Isóbaros

São átomos de diferentes elementos químicos e, portanto, de diferentes números atômicos, que apresentam o mesmo número de massa

Alguns elementos isóbaros são:
  • 6C14 (A=14 e Z=6) e 7N14 (A=14 e Z=7)
  • 18Ar40 (A=40 e Z=18) e 20Ca40 (A=40 e Z=20)

Resumindo: são átomos que têm o mesmo número de massa (A),mas diferentes números atômicos (Z). Suas propriedades químicas são totalmente diferentes.
A propriedade de dois ou mais elementos apresentarem o mesmo número de massa é denominada "isobaria".
Observa-se que mesmo os isóbaros apresentando o mesmo número de massa, isso não significa que apresentem exatamente a mesma massa atômica.

Isótonos

Em química, isótonos são átomos que diferem no número atômico (número de prótons) e no número de massa, porém apresentam o mesmo número de nêutrons.
Exemplo: O Boro e o Carbono apresentam, cada um, 6 nêutrons:
  • Boro: Z=5 e A=11 contém 5 prótons e 6 neutrons
  • Carbono: Z=6 e A=12 contém 6 prótons e 6 neutrons

Resumindo: são átomos com diferentes números atômicos e de massa, porém com igual número de nêutrons.
A propriedade entre os átomos de elementos químicos diferentes que apresentam o mesmo número de nêutrons é denominada isotonia.


Resumo dos Isótopos, Isóbaros e Isótonos

      Prótons    Massa    Nêutrons  
 Isótopos      =               ≠              ≠         
 Isóbaros      ≠               =              ≠         
 Isótonos      ≠               ≠              =         

  • IsótoPos = mesmo núimero de Prótons (P);
  • IsótoNos = mesmo número de Nêutrons (N);
  • IsóbAros = mesmo número de massa (A).

Fonte:


Microscópio Óptico

O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas pequenas dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nú. O microscópio óptico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras.
Os primeiros microscópios ópticos datam de 1600, mas é incerto quem terá sido o autor do primeiro. A sua criação é atribuída a vários inventores: Zacharias Janssen, Galileo Galilei, entre outros. A popularização deste instrumento, no entanto, é atribuída a Anton van Leeuwenhoek (Fig.1).
Ficheiro:Mikroskop.png
Figura 1. Microscópio óptico de Anton van Leeuwenhoek
Os microscópios ópticos são constituídos por uma componente mecânica de suporte e de controlo da componente óptica que amplia as imagens. Os microscópios atuais que usam luz transmitida partilham os mesmo componentes básicos (Fig. 2).

Ficheiro:300px-Optical microscope nikon alphaphot.jpg
Figura 2. Microscópio óptico
1. Lentes oculares 
2. Revólver 
3. Lentes objetivas 
4. Parafuso macrométrico 
5. Parafuso micrométrico  
6. Platina  
7. Foco luminoso (Lâmpada ou espelho)  
8. Condensador e diafragma  
9. Braço



Componentes mecânicos

  • pé ou base – apoio a todos os componentes do microscópio
  • braço – fixo à base, serve de suporte às lentes e à platina
  • platina – base de suporte e fixação da preparação, tem uma abertura central (sobre a qual é colocada a preparação) que deixa passar a luz. As pinças ajudam à fixação da preparação. A platina pode ser deslocada nos microscópios mais modernos, nos antigos tinha que se mover a própria amostra, segura pelas pinças.
  • revólver – suporte das lentes objetivas, permite trocar a lente objetiva rodando sobre um eixo
  • tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior
  • parafuso macrométrico – permite movimentos verticais da grande amplitude da platina
  • parafuso micrométrico – permite movimentos verticais lentos de pequena amplitude da platina para focagem precisa da imagem

Componentes ópticos

  • condensador – sistema de duas lentes (ou mais) convergentes que orientam e distribuem a luz emitida de forma igual pelo campo de visão do microscópio
  • diafragma – regula a quantidade de luz que atinge o campo de visão do microscópio, através de uma abertura que abre ou fecha em diâmetro (semelhante às máquinas fotográficas)
  • fonte luminosa – atualmente utiliza-se luz artificial emitida por uma lâmpada incluída no próprio microscópio com um interruptor e algumas vezes com um reóstato que permite regular a intensidade da luz. Os modelos antigos tinham um espelho de duas faces: a face plana para refletir luz natural e a face côncava para refletir luz artificial.
  • lente ocular – cilindro com duas ou mais lentes que permitem ampliar a imagem real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual mais próxima dos olhos do observador. As oculares podem ser de diferentes ampliações sendo a mais comum de 10x. A imagem criada pela ocular é ampliada, direita e virtual.
  • lente objetiva – conjunto de lentes fixas no revolver, que girando permite alterar a objetiva consoante a ampliação necessária. É a lente que fica mais próxima do objecto a observar, projetando uma imagem real, ampliada e invertida do mesmo. As objetivas secas, geralmente com ampliação de 10x, 40x e 50x, são assim designadas porque entre a sua extremidade e a preparação existe somente ar. As objetivas de imersão (ampliação até 100x), pelo contrário, têm a sua extremidade mergulhada em óleo com o intuito de aumentar o poder de resolução da objetiva: como o índice de refração de óleo é semelhante ao do vidro o feixe de luz não é tão desviado para fora da objetiva.

Como funciona o microscópio óptico?

A intensidade da luz pode ser regulada diretamente através do reóstato que atua na própria fonte luminosa ou indiretamente através do condensador e do diafragma: a intensidade aumenta de se subir o condensador e abrir o diafragma e diminui se se descer o condensador e fechar o diafragma.
A ampliação – número de vezes que a imagem é aumentada em relação ao objeto real – é função conjunta do poder de ampliação da objetiva e ocular utilizadas. A ampliação total é o produto da ampliação da objetiva pela ampliação da ocular (exemplo, ampliação da ocular 10x, ampliação da objetiva 20x, ampliação total é 10 x 20 = 200x.
A imagem observada depende também do poder de resolução, isto é, a capacidade que as lentes têm de discriminar objetos muito próximos. O poder de resolução depende do comprimento de onda da luz utilizada, e o seu valor teórico para um microscópio óptico é de cerca de 0,2 µm – ou seja, dois objetos têm de estar pelo menos a uma distância um do outro de 0,2 µm para poderem ser discriminados ao microscópio óptico. Este valor, contudo, só é alcançável com lentes de elevada qualidade e preço!
A preparação é colocada na platina e fixa com o auxílio das pinças. Com os parafusos existentes na platina move-se a preparação até esta estar sobre a abertura por onde passa a luz. Olhando através da ocular (monocular ou binocular, respectivamente com uma ou duas lentes) e com a objetiva de menor ampliação foca-se a imagem, preferencialmente no centro do campo de visão, utilizando os parafusos macrométrico e micrométrico. Após esta primeira focagem, podem-se utilizar objectivas de maior poder de ampliação, de forma sequencial repetindo todo o processo já descrito. A imagem final observada será ampliada, virtual e invertida. Dependendo do microscópio, em alguns casos, a imagem final pode ser direita e não invertida.
Por exemplo, se utilizarmos uma preparação da letra F, tal como na figura, as imagens formadas pela objectiva e pela ocular são como descritas (Fig.3).
Ficheiro:ImagemMicro.jpg
Figura 3. Imagens obtidas por uma lente objectiva e ocular a partir de uma preparação com a letra F.
As posições relativas da letra F são como se observariam ao microscópio.

Retirado de: