Campanha de Vacinação contra o HPV

A primeira etapa da Campanha Nacional de combate ao HPV começa no dia 10 de março. A partir deste ano, a vacina que previne contra o câncer de colo de útero passa a ser incorporada no calendário de vacinação de meninas de 11 a 13 anos.
Com exceção do Tocantins, na Região Norte, e de Pernambuco, na Região Nordeste, todos os demais estados já estão desenvolvendo atividades preparatórias à implantação da Campanha de Imunização contra o HPV.

A vacina

A vacina a ser utilizada será a quadrivalente, que dá proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) de HPV. Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no país. É o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por essa razão, não tiveram nenhum contato com o vírus.
O órgão adverte, porém, que a vacina não substitui o exame preventivo (Papanicolau) a cada ano, nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

A campanha de imunização prevê mais duas fases. A segunda dose será aplicada seis meses depois, ou seja, em setembro, nas unidades de saúde, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. Com a adoção do esquema estendido, como é chamado, será possível ampliar a oferta da vacina, a partir de 2015, para as pré-adolescentes entre 9 e 11 anos de idade, sem custo adicional.

Os pais que não quiserem que suas filhas sejam vacinadas terão que assinar um termo de recusa.

Ministério da Saúde reforça a importância da vacina contra o HPV para prevenir o câncer de colo do útero

Leia também sobre o HPV

FONTE

  • http://www.brasil.gov.br/saude/2013/09/cobertura-da-vacina-hpv-sera-ampliada-a-partir-de-2014
  • http://blog.planalto.gov.br/vacina-contra-hpv-passa-a-fazer-parte-do-calendario-de-vacinacao/trackback/
  • http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2687
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-02/maioria-dos-estados-se-prepara-para-imunizacao-contra-o-hpvhttp://boaforma.abril.com.br/comportamento/saude-mulher/tira-duvidas-vacina-hpv-635297.shtml

Medicamentos nas residências: uma arma contra o cidadão e um risco para o meio ambiente.

Medicamentos a vencer ou sem utilidades, pensamos que deve ser dispensados no lixo comum, e é feito pela maioria da população. Os medicamentos vencidos ou não podem ser interpretados como uma arma por estar matando pessoas lentamente ou rapidamente, pois o Brasil é um país com índice de intoxicação por medicamentos superior a agrotóxicos e por animais peçonhentos e temos que cuidar um pouco desta situação.

A maior preocupação com relação a estes medicamentos vencidos é o caminho que ele faz até chegar à água. O medicamento chega em casa também por córregos, a lagoa ou infiltrado no solo atingindo o lençol freático devido o incorreto descarte. O medicamento deveria ser encarado hoje com consciência para descarte onde exista uma forma correta, verdadeira e instituída, de forma segura fora das nossas casas. Hoje, ele é jogado em lixo comum embalados, vencidos e os meio utilizados por abandono do tratamento ou por sobras que são jogados no lixo comum, ou ainda colocados na pia com água corrente por hábito para não jogar no lixo por falta de conhecimento ou ainda dar descarga no vaso sanitário deste medicamento, tendo contato com nossa água contaminando-a por via esgoto diretamente.

Nosso organismo, quando ingerimos um medicamento ou produto químico ele faz um caminho, que é entrar e ser absorvido como fármaco, passando por todo nosso organismo faz as ações que deve fazer, é metabolizado, vai para o fígado, vai para os rins sendo eliminado, esta seria a cinética do medicamento, e após parte é combinada com outros produtos químicos e parte sai do jeito que entrou, ou seja um antibiótico é excretado do corpo através das fezes, lágrima, urina, suor pois o fármaco não fica para sempre no organismo. Assim, não é só jogando diretamente na água que a contaminamos, mas também a contaminamos pelas vias excretórias naturais. Por isso o uso racional do medicamento. 

Na rede de tratamento de água, na represa, córrego ou rio a água é captada passando por processo de Decantação onde são colocados produtos químicos nesta água que agrega partículas menores em partículas maiores que descem ao fundo (decantação da água). Após a água é filtrada onde a água sai limpa seguindo para adição de sistema químico como cloro e Flúor para limpeza de microorganismos que saem dos reservatórios direto para nossas casas. Em todo este processo, que acontece no mundo inteiro, observamos que não há retirada de produtos químicos presentes na água como hormônios, produtos químicos despejados na água, isso é um alerta pois nós que temos este conhecimento devemos disseminar esta informação para que as outra pessoas saibam do por que estamos preocupados com o descarte de medicamentos. 

Quando abrimos a torneira da nossa casa, temos a água potável que aparentemente é limpa, isenta de microrganismos, porém com antibióticos, hormônios, antiinflamatórios e toda esta carga de agrotóxicos que são jogados pela população. Não visualizamos os medicamentos presentes nesta água. Quando dizemos que a água do planeta está acabando, é uma grande mentira, nossa água não acaba nunca, mas é uma grande verdade que uma água limpa, pura e descontaminada , é que está chegando ao fim pois quase já não existe no mundo água isenta de produto químico. Estes produtos que são jogados na água fazem todo o processo para chegada em nossas casas, seja os medicamentos descartados incorretamente no lixo comum, no vaso sanitário ou na pia de casa, todos chegarão a água. Esta água será captada e estaremos ingerindo água contaminada com produtos químicos. Ou seja, a cada copo de água tomado estamos ingerindo sair minerais, hormônios, antibióticos e outros produtos indesejáveis.

Quando falamos em medicamentos vencidos pensamos em farmácia, hospitais, clínicas onde o medicamento está postado, mas pelo contrário, isso é aproximadamente 20% do montante dos produtos vencidos. É uma minoria os presentes nestes locais. A maioria como pouco mais de 80% estão nas residências, estes produtos estão dentro das nossas casas como uma arma, esperando para ser jogada fora para atingir a nossa água. Mais de 70% das pessoas não se importaram ou não se importam neste assunto, as pessoas acham que é um exagero e não querem saber, mas o poder público (vereadores, prefeitos, governadores) devem ter a verdadeira noção do que falamos e a preocupação em proteger o ambiente do que será dado aos nossos filhos, netos e a nós mesmos. Quando você joga um produto destes na água, no lixo ou em qualquer lugar você está se auto contaminando, pois ele vai embora por um tempo, mas ele voltará para casa.

POR QUE OCORRE SOBRA DE MEDICAMENTOS NAS RESIDÊNCIAS?

Brasileiros gostam de comprar medicamentos para estocar em casa, a Anvisa na RDC 44 proibiu a disponibilidade dos medicamentos como supermercado, não se pode mais pegar a “cestinha” e comprar tudo o que acha que falta em casa, pois o brasileiro gosta de comprar medicamentos para estoque em casa. Além disso, há farmácias que continuam com a prática da “empurroterapia” que são especialistas em vender para melhoria de suas comissões. Os farmacêuticos ainda estão um pouco afastados da linha de frente da farmácia para evitar estes “especialistas em empurroterapia”, que deveria ser uma prática abolida das farmácias por que não é vender muito, mas sim fazer com que as pessoas entrem na farmácia pelo trabalho que ela faz e não pela “empurroterapia” que ela apresenta para o cidadão.

Por que sobra medicamentos?
Temos a lei do fracionamento de medicamentos que é uma lei importantíssima que a pessoa somente levaria para casa a quantidade necessária para o tratamento. Terminou o tratamento, terminou o comprimido para não ocorrer sobras que futuramente serão descartadas no ambiente pelo cidadão. As indústrias ainda não são obrigadas a produzir as embalagens fracionáveis , vendido por unidades, pois não é o dono da farmácia ou o farmacêutico que são os responsáveis por isso, que irão cortar os medicamentos em quantidade como solicitado na receita, ele somente pode fazer este fracionamento na farmácia se houver a dispensação de fracionáveis onde deverá vir com número de lote, validade, nome do medicamento para todos, mas isso ainda não é validado apesar de a lei já ter sido aprovada, mas esta pratica ainda não existe em nosso país. A necessidade da atenção farmacêutica para adesão ao tratamento, quando o médico prescreve um medicamento e dá um prazo para o cidadão doente tomar, a pessoa normalmente começa a tomar o medicamento mas no 2º ou 3º dia em que apresenta melhoras, a pessoa para de tomá-lo, tendo consequências mais grave a resistência bacteriológica a este medicamento. Sendo que há necessidade da correta prescrição por médicos, dentistas e médicos veterinários, evitando sobras. Além disso, a população deve perder o hábito da automedicação.

Medicamentos na água
O medicamento quando em contato com a água se dilui. Mesmo havendo grande quantidade de água em pequena quantidade de antibióticos presente na água serão diluídos, e há as bactérias em contato com estes antibióticos, gerando as superbactérias. Estamos próximos de grandes epidemias causadas por infecções não tratáveis por medicamentos nenhum, pois as indústrias não conseguem acompanhar o desenvolvimento e o crescimento destas resistências bacterianas.  Novos antibióticos são produzidos e as bactérias já estão resistentes aos antibióticos em estudo.

CONSEQUÊNCIAS

A contaminação dos lençóis freáticos pela infiltração destes medicamentos que vão para o lixo, as águas pluviais por efluentes não tratadas serão contaminadas, e a atmosfera pelos gases que são colocadas no ar que são contaminadas pelos gases na queda de chuva na precipitação pluviométrica também contaminarão o solo e vão atingir nossas casas. A fertilidade do solo começa a ser afetada, as nossas plantas e o crescimento da agricultura serão contaminados através de agrotóxicos e medicamentos que também são trazidos pela chuva, aparecimento de problemas de saúde como alergias e outras doenças que cada vez aparecem em grande quantidade pela ação silenciosa destes produtos ingeridos todos os dias, aparecimento de bactérias de múltiplas resistências e a incapacidade de a indústria acompanhar este crescimento.

A SOLUÇÃO

  • O estabelecimento de políticas e conscientização da população sobre o uso racional de medicamentos, não somente da população mas de médicos e profissionais de saúde e políticos também para que entendam a importância da seriedade para ação neste assunto.
  • Que os governos e prefeituras abram Postos de coleta voluntária para retirada de medicamentos das residências e recolhimento adequado, que devem estar nas mãos de farmacêuticos para que sejam tratados de forma diferenciada de pilhas, óleos etc. E como idéia poderiam ser descartados nas próprias farmácias.
  • Destinação correta para este medicamento, que deve ser colocado em incineração que não é somente jogar no forno ou em uma caldeira qualquer, mas em fornos apropriados para reduzir os medicamentos a 3% de cinzas para serem levadas a aterros sanitários apropriados longe de nossas vias e para não contaminação do solo.

(Ronaldo Abrão - presidente do CRF/MS)




FONTE

- http://www.portaleducacao.com.br/palestras/detalhes-palestra/51/medicamentos-nas-residencias-uma-arma-contra-o-cidadao-e-um-risco-para-o-meio-ambiente

Estoque doméstico de Medicamentos

É comprovado que o impacto que os resíduos de medicamentos causam ao meio ambiente é um problema grave. Muitas pessoas, por falta de alternativas e de informação, ainda jogam medicamentos vencidos ou que não serão mais usados no lixo comum ou na rede de esgoto. Os medicamentos contêm substâncias químicas que contaminam o solo, a água e colocam em risco o meio ambiente. Alguns, ainda, inalterados, irão ser utilizados indevidamente por outras pessoas e animais.
Riscos do descarte inadequado de medicamentos:
  • Riscos à saúde de crianças ou pessoas carentes que possam reutilizá-los;
  • Reuso indevido de sobras de medicamentos: reações adversas graves, intoxicações, entre outros problemas.
 Saiba como jogar fora os medicamentos vencidos


POR QUE SOBRAM MEDICAMENTOS?


Os medicamentos são classificados como resíduos do grupo B, que engloba substâncias químicas que podem apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente dependendo de suas características, de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Vários Estados e Municípios possuem legislação própria específica sobre o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, estabelecendo normas para classificação, segregação, armazenamento, coleta, transporte e disposição final destes resíduos. Contudo as legislações em vigor não são claras e muitas vezes são conflitantes, gerando dúvidas e impossibilitando a adoção de normas práticas e eficazes em todo o País. E ainda, esta legislação se torna deficiente por não mencionar a destinação final adequada de resíduos líquidos que direciona a estabelecimentos de saúde e não engloba a população no geral e não possui uma coleta adequada destes resíduos por parte das prefeituras de nada adiantando as normas se esta não é aplicada. 


ESTOQUE DOMÉSTICO


É importante refletir sobre os possíveis fatores relacionados ao estoque doméstico de medicamentos, pois é daí que se originam os produtos para o descarte. Entre eles, podemos citar:

  • Apresentação inadequada do produto: por exemplo, o usuário necessita e 21 comprimidos para um determinado tratamento com antibiótico e a caixa a ser vendida contém 28 cápsulas, logo, após terminar o tratamento restam 7 cápsulas que não devem ser utilizadas;
  • Reações adversas ao medicamento: neste caso, o indivíduo necessita interromper o uso do medicamento, se este não for descartado, a pessoa pode vir a utilizar novamente e sofrer os mesmos efeitos;
  • Falha/interrupção no tratamento: ocorre principalmente no caso de medicamentos de uso crônico, como anti-hipertensivos, antirretrovirais, entre outros;
  • Automedicação: é o uso de medicamentos sem prescrição médica ou auxílio de qualquer profissional da saúde, que pode acarretar em diversos problemas, e está diretamente relacionado com o item abaixo;
  • Farmácia caseira: é o “estoque” de medicamentos armazenados em casa, que ocorre principalmente quando a pessoa compra medicamentos para dor de cabeça, febre, dor de barriga, para ser usado de acordo com a necessidade, ou quando a pessoa utiliza medicamentos de uso contínuo e compra o tratamento para diversos meses;
  • Amostras grátis muitas vezes (quando não são medicamentos de uso crônico), acabam sendo esquecidos na farmácia caseira.


“uso racional de medicamentos”, de acordo com a OMS, quando "os pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.



FONTE

  • http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/81588400474586d89032d43fbc4c6735/Apresentac%CC%A7a%CC%83o+Anvisa.ppt?MOD=AJPERES (Acesso em 12/11/13 às 10h45min) 
  • http://www.uff.br/sbqrio/novidades/Novidades03_10_2008.html (Acesso em 10/11/13 às 23h12min) 
  • http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/132/014a016_artigo_dr_walter.pdf 
  • (Acesso em 12/11/13 às 12h35min) 
  • http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=9187&n_link=revista_artigos_leitura (Acesso em 10/11/13 às 11h35min) 
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-06/anvisa-alerta-para-riscos-do-descarte-incorreto-de-medicamentos (Acesso em 10/11/13 às 14h45min) 
  • http://www.descarteconsciente.com.br (Acesso em 12/11/13 às 13h45min) 
  • http://www.academia.edu/1844377/caracterizacao_dos_medicamentos_descartados_por_usuarios_da_farmacia_popular_do_brasil_farmacia-escola_da_ufrgs (Acesso em 10/11/13 às 10h45min)

Cromatografia

A cromatografia é um método físico-químico de separação. O objetivo da cromatografia é separar individualmente os diversos constituintes de uma mistura de substâncias seja para identificação, quantificação ou obtenção da substância pura para os mais diversos fins.
A separação é por migração da amostra através de uma fase estacionária por intermédio de um fluido (fase móvel).
Após a introdução da amostra no sistema cromatográfico, os componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e viajam mais lentamente que a fase móvel devido ao efeito retardante da fase estacionária.O equilíbrio de distribuição determina a velocidade com a qual cada componente migra através do sistema.


História e Significado

O nome Cromatografia (χρωματογραφία) é de origem grega:
  • χρώμα: chroma, cor;
  • γραφειν: grafein, grafia.
No início do século XX, o Botânico russo M.S. Tsver encontrou  uma maneira de separar os vários pigmentos de flores e folhas. Ele moeu as plantas e dissolveu os pigmentos e, então, despejou a solução no topo de um tubo vertical cheio de giz moído. os diferentes pigmentos percorreram a coluna de giz em diferentes velocidades, produzindo bandas coloridas no tubo e inspirando o nome cromatografia (escrita em cores). A separação ocorreu porque o giz absorveu os diferentes pigmentos em diferentes graus.

Cromatografia em Coluna Aberta
Experimento de Tswett



Princípio Básico

  • A separação depende da interação dos componentes da mistura com a fase móvel (líquida ou gás) e com a fase estacionária (líquida ou sólida);
  • A interação dos componentes da mistura com estas duas fases é influenciada por diferentes forças intermoleculares, incluindo iônica, dipolar, apolar, e específicos efeitos de afinidade e solubilidade;
  • A fase estacionária é a força resistiva e a fase móvel é a força propulsiva.
  • A identificação se dá mediante a comparação da interação de padrões com as fases estacionárias;
  • A quantificação é feita também pela comparação com padrões de concentrações conhecidas, através de curvas analíticas.


Classificação

A classificação da cromatografia é de acordo com:
  • O objetivo (analítica ou preparativa)
  • O sistema cromatográfico (em coluna ou planar);
  • A Fase Móvel (líquido, gás ou gás pressurizado: com composição constante ou variável);
  • A Fase Estacionária (líquida, sólida ou quimicamente ligada);
  • O modo de separação (adsorção, partição, troca iônica, exclusão ou afinidade);
  • O modo de operação (frontal, deslocamento ou eluição).
Classificação da cromatografia


Aplicação

A cromatografia desempenha um papel importante em diversas áreas, como a química orgânica, bioquímica, química inorgânica, química ambiental e a química alimentícia. Utilizada em Investigação criminal, industria química, farmacêutica, do petróleo e de alimentos, entre outras, para:
  • Quantificação das impurezas de um produto;
  • Determinação da composição e da formulação de um produto;
  • Controle de qualidade de ativos e formas farmacêuticas;
  • Outros.


Fonte

  • Princípios de Química: Questionando A Vida Moderna e o Meio Ambiente/ Peter Atkins, Loretta Jones. - 5 ª Ed. - Porto Alegre: Bookman, 2012.
  • http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf
  • http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=451&id=103&option=com_content&task=view
  • http://cromatografialiquida.com.br/Clae/colunaaberta.htm

Aula prática de Perda por Dessecagem (Volatilização)

Aula prática de Química Analítica

A volatilização é um método onde se medem os componentes da amostra que são ou podem ser Voláteis. Se evaporarmos o analito e pesarmos através de uma sustância absorvente que tenha sido previamente pesada, o método será direto, ou seja, o ganho de peso corresponderá ao analito analisado.
No caso de volatilizarmos o analito e pesarmos o resíduo posterior à volatilização, o método será indireto, pois assim a perda de peso sofrida corresponde ao analito que foi volatilizado.
O método de volatilização só é utilizado quando o analito é a única substância volátil, ou se o absorvente é seletivo para o analito.
 

Óxido de Zinco
A aula prática será sobre a perda por Dessecagem do Óxido de Zinco.

Materiais, Reagentes e Equipamentos:
  • Espátula
  • Balança analítica
  • Pesa filtro
  • Estufa
  • Dessecador
  • Óxido de zinco
  • Pinça Metálica Casteloy
Pinça Metálica Casteloy

 
 









Método:
  • Pegue o pesa filtro (Não coloque a mão diretamente na vidraria, pois a mesma absorve a umidade da mão), Coloque na balança analítica, destampe e pese. Anote o valor (P1)
 
  • Sem tarar a balança, pese por adição a amostra (óxido de zinco 10,0000g), com o auxílio da espátula, até o peso total (P2).
 
Peso total = amostra + pesa filtro
 
  •  Não fique por muito tempo com a porta da balança aberta para não absorver umidade e alterar o peso tanto da vidraria quanto da amostra.
  • Retire o pesa filtro com a amostra, tampe, limpe a balança e leve para a estufa por 1h.
 
  • Após 1h retire, com o auxílio da pinça, o pesa filtro sem tampar a vidraria, pois ao tampar, irá dilatar poderá ocorrer quebra do vidro ou não conseguira mais destampar.
  • Coloque o pesa filtro destampado no dessecador e aguarde por + - 15min.
 
  • Após o resfriamento total da amostra, tampe o pesa filtro, retire do dessecador e pese novamente na balança analítica. Anote o peso. (P3)
  • Obs: pesar na mesma balança no início e no fim para não dar alterações.
  • Repetir as operações de aquecimento e resfriamento até peso constante. 
 
Cálculo da % de perda por secagem:
  • P1 (Vidraria) = 45,0379
  • P2 (vidraria + amostra) = 55,2501g
  • P3 (vidraria + amostra após estufa) = 55,2498g
  • Pa (P2 – P1) = 10,2122

% Perda por secagem =  (P2)   –     (P3)  x 100
                                                   Pa (P2-P1)
 
 55,2501 – 55,2498 x 100 = 0,002937 = 0,003%
           10,2122

 

Determinação de Umidade

A determinação de Umidade é uma das medidas mais importantes e aplicadas na análise de alimentos, estando esse parâmetro relacionado com a estabilidade, qualidade e composição de produtos alimentícios. Presença de umidade/água em alimentos afeta a sua estocagem (por exemplo, grãos estocados com umidade excessiva estão sujeitos a rápida deterioração devido ao crescimento de fungos que desenvolvem toxinas como a aflatoxina), a sua embalagem (por exemplo, a velocidade de escurecimento em vegetais e frutas desidratadas ou a absorção de oxigênio em ovo em pó podem aumentar com o aumento da umidade, em embalagens permeáveis à luz e ao oxigênio) e o seu processamento (por exemplo, a umidade do trigo na fabricação de pão e produtos de padaria).
 
Em geral, a determinação de umidade, que parece um método simples, torna-se complicado em função da exatidão e precisão dos resultados. Na prática, tem-se preferido um método que determine um maior valor da umidade, proveniente da decomposição de componentes orgânicos e volatilização de compostos voláteis, do que aqueles em que a água é negligenciada ou removida incompletamente. Umidade determinada por secagem (perda por dessecação) corresponde à perda em peso sofrida pelo produto quando aquecido em condições nas quais a água é removida. Outras substâncias que se volatilizam nessas condições também são removidas juntamente com a água. O resíduo obtido no aquecimento direto é chamado de resíduo seco (matéria seca). O aquecimento direto à estufa a 10S°C é o processo mais usual para determinação de umidade ou resíduo seco. Nos produtos líquidos ou de alto teor de umidade, é muito usado considerar o resíduo seco (sólidos totais), para a avaliação dos sólidos existentes no produto.

Fonte


Controle de Qualidade de Comprimidos

Aula Prática da disciplina de Farmacotécnica Magistral 1

O controle de qualidade dos medicamentos é de suma importância, para que se possa checar a legitimidade da matéria-prima, dosar e pesar a quantidade do medicamento, comprovar que as características físicas e químicas são adequadas, possibilitando a maior qualidade e eficácia da terapêutica. Para realizar tais testes para o controle de qualidade foram formuladas as farmacopeias, que possuem a padronização dos requisitos de qualidade dos medicamentos e os procedimentos adequados. 

Além das características aparentes dos comprimidos, eles devem satisfazer outras especificações físicas e padrões de qualidade, tais como: aparência geral, espessura, propriedades organolépticas, dureza, friabilidade, desintegração e dissolução. O controle é feito durante a produção e verificado após a produção de cada lote, para assegurar que os padrões de qualidade do produto sejam atendidos.


Nessa aula prática foram verificados os seguintes itens: Aparência geral; Peso médio e porcentagem das variações; Friabilidade e Dureza.

Produto analisado: 


DIURISA
Lote: 115813      Fabricante: EUROFARMA                            Validade: 05/2009.
Cada comprimido contém: 
Furosemida....................................................................... 40 mg
Cloridrato de amilorida....................................................... 10 mg
Excipientes q.s.p. ............................................................... 1 cp
Excipientes: lactose, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, talco, amido.

Ação esperada do medicamento:
Diurisa Atua inibindo o transporte ativo de cloro na porção espessa da alça de Henle e desta maneira, promovendo um aumento na eliminação de água e sódio pelo rim.
Indicações: Edema de qualquer origem: circulatório, renal e hepático. Particularmente indicado nos edemas refratários aos tratamentos habituais e quando o uso prolongado de diurético é indicado.
Modo de ação: Diurisa (furosemida+cloridrato de amilorida) é uma associação de um diurético12 de grande potência natriurética e caliurética, furosemida, com outro de pequena ação natriurética e com capacidade de poupar potássio ao nível do túbulo distal, a amilorida, impedindo a troca de potássio e íons13 hidrogênio por sódio, a amilorida além de prevenir o aparecimento da hipocalemia14, ainda corrige a alcalose15 metabólica, principalmente a que decorre da perda urinária de potássio provocada quer por hiperaldosteronismo, quer por uso de diuréticos16 com intensa ação natriurética. A amilorida não tem efeito depressor sobre a filtração glomerular, o que permite seu emprego em indivíduos com função renal10 diminuída. Esta associação, pois se aproxima da ideal.

A furosemida é derivada do ácido antranílico, cuja fórmula é:

E cloridrato de amilorida que é pirazinoilguanidina cuja fórmula é:


Testes e resultados

Aparência geral

Superfície lisa, uniforme, sem rachaduras e íntegra.
Resultado: conforme

Peso médio

O peso médio é calculado pesando todos os comprimidos e dividindo pela quantidade de comprimidos pesados.
Foram separados 10 cp de Diurina e levados à balança analítica para pesagem individual e total. 
Comprimidos
Peso (g)
Regra de Três
Porcentagem 
1
0,26
0,26/0,20x100%
130%
2
0,15
0,15/0,20x100%
75%
3
0,17
0,17/0,20x100%
85%
4
0,27
0,27/0,20x100%
135%
5
0,25
0,25/0,20x100%
125%
6
0,35
0,35/0,20x100%
175%
7
0,16
0,16/0,20x100%
80%
8
0,24
0,24/0,20x100%
120%
9
0,27
0,27/0,20x100%
135%
10
0,27
0,27/0,20x100%
135%
Peso Total
2,39



                 Pesando todos os comprimidos juntos na balança: 2,47g
Obs.: Poderá ocorrer variação de peso entre individual e total.

Cálculo:
PM = Peso total/10 = 2,47/10 = 0,247g ou 247mg


  • Porcentagem de variações:
O cálculo individual dos comprimidos está na tabela acima.

Porcentagem para comparação:
0,200g ((peso descrito na caixa do produto)  ____100%
0,247g (peso médio) _______________________ X%                            
X= 123,50%

Obs: Apenas 2 comprimidos poderão estar fora do limite e nenhum pode estar fora do dobro do limite.
Resultado: Não conforme.


  • Limite de Variância (L.V.)

<80mg = 10% (+ ou -)
>80mg < 250mg =  L.V 7,5% (+ ou -)
>250mg =  L.V 5% (+ ou -)

247mg (PM) = L.V 7,5% (+ ou -)

247mg ____ 100%
Xmg _______7,5%

Xmg = 18,52mg (+ ou -)

Faixa:
247mg + 18,52mg = 265,52mg
247mg - 18,52mg = 228,48mg

O peso individual dos comprimidos pode variar de 228,48mg até 265,52mg.

Obs: Apenas 3 comprimidos poderão estar fora do limite e nenhum pode estar fora do dobro do limite.
Resultado: Não conforme.

Friabilidade

A friabilidade dos comprimidos é influenciada pelo teor de umidade do granulado e do comprimido final.
Os comprimidos são colocados no friabilômetro para determinar a durabilidade do comprimido.
Esse aparelho determina a friabilidade do comprimido, ou a tendência à erosão Mecânica, após permitir que ele role e sofra queda dentro de um tambor. Os comprimidos são pesados antes e após um número especificado de rotações (20rpm), e qualquer perda de peso indica a habilidade do comprimido para resistir ao atrito durante o manuseio, acondicionamento e transporte.
A perda máxima de não mais que 1,5% é considerada aceitável para a maioria dos produtos.

Cálculo:
Peso inicial: 2,47g  - Peso final: 2,42g = 0,05g

2,47g ___ 100%
0,05g ___  Xg                     
X = 2,02%

Resultado = Não conforme

Dureza

Em geral os comprimidos devem ser suficientemente duros para resistir à ruptura durante o manuseio e frágeis o bastante para se desintegrar após a digestão. O monitoramento da dureza do comprimido é especialmente importante para garantir a biodisponibilidade da droga.
Os comprimidos são colocados no aparelho chamado de durômetro. O comprimido deve estar bem centralizado e firme.
Aplique força (8-16Kgf), olhando sempre para o comprimido. Quando o comprimido se partir, faça a leitura. O comprimido deve se partir até 17Kgf, do contrário será reprovado.

Resultados obtidos de 10cp de Diurina após o uso do durômetro
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
8Kgf
9,5 Kgf
9 Kgf
8 Kgf
8,5 Kgf
9 Kgf
8 Kgf
9,5 Kgf
8,5 Kgf
8,5 Kgf

Resultado: Conforme.

Fotos da aula prática

Pesando os comprimidos individualmente
friabilômetro
            

            










durômetro
       
durômetro








Atenção:

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, por meio de resolução publicada no dia 26/02/2013 no Diário Oficial da União, a suspensão da fabricação, distribuição e do comércio em todo o território nacional do medicamento Diurisa, fabricado pela empresa Eurofarma Laboratórios Ltda, de São Paulo. Além de proibir a comercialização e o uso, a Anvisa determinou que a empresa recolha o produto do mercado.
Segundo a Anvisa, a suspensão ocorreu após análise que identificou a alteração do dissolvente, da embalagem e da fórmula do Diurisa sem a devida autorização. De acordo com a bula, o Diurisa promove um aumento na eliminação de água e sódio pelo rim e é indicado para reduzir inchaços de origem circulatória, renal e hepática.


Fonte

  • Formas farmacêuticas e sistema de liberação de fármacos. Loyd V. Allen Jr et al. 8ª ed. - Porto Alegre: Artmed, 2007.
  • http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-02-26/anvisa-suspende-venda-do-medicamento-diurisa-e-de-cosmeticos
  • http://www.bulas.med.br/bula/5908/diurisa.htm